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'''Vila Aliança''' (também chamada de '''V.A''' ou '''Vila''' por seus moradores) é uma favela do município do Rio de Janeiro, que oficialmente faz parte de Bangu. Devido a circunstâncias históricas e culturais, a Vila Aliança é considerada por muitos como uma favela, ainda que seja totalmente urbanizada, tendo serviços de água, luz, esgoto e coleta de lixo. A localidade possui diversos comércios, entre mercados, lojas de roupas, padarias, bares, chocolateria, sorveteria,loja de informática, loja de reparo de telefones,farmácias, hortifrutti e a Nave do Conhecimento de Vila Aliança. | '''Vila Aliança''' (também chamada de '''V.A''' ou '''Vila''' por seus moradores) é uma favela do município do Rio de Janeiro, que oficialmente faz parte de Bangu. Devido a circunstâncias históricas e culturais, a Vila Aliança é considerada por muitos como uma favela, ainda que seja totalmente urbanizada, tendo serviços de água, luz, esgoto e coleta de lixo. A localidade possui diversos comércios, entre mercados, lojas de roupas, padarias, bares, chocolateria, sorveteria,loja de informática, loja de reparo de telefones,farmácias, hortifrutti e a Nave do Conhecimento de Vila Aliança. | ||
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O terreno onde a Vila Aliança foi construída era parte da Fazenda Bangu, fundada em 1673, destinava-se ao plantio de cana de açúcar e seus derivados. Em 1889 a Companhia Progresso Industrial do Brasil, de indústria têxtil, mais conhecida como Fábrica Bangu, foi instalada onde funcionava a fazenda, por ser bem localizada e favorecida pela fartura de recursos hídricos, além da construção da estrada de ferro de Bangu, em 1890. A partir de sua instalação, a Companhia Progresso Industrial do Brasil (CPIB) promoveu o desenvolvimento da região, urbanizando e construindo moradias (vilas operárias) no centro do bairro. Também estimulou o plantio e atividades de agricultura em parte de suas terras, com a finalidade de promoção do mercado consumidor que ali se constituía. | O terreno onde a Vila Aliança foi construída era parte da Fazenda Bangu, fundada em 1673, destinava-se ao plantio de cana de açúcar e seus derivados. Em 1889 a Companhia Progresso Industrial do Brasil, de indústria têxtil, mais conhecida como Fábrica Bangu, foi instalada onde funcionava a fazenda, por ser bem localizada e favorecida pela fartura de recursos hídricos, além da construção da estrada de ferro de Bangu, em 1890. A partir de sua instalação, a Companhia Progresso Industrial do Brasil (CPIB) promoveu o desenvolvimento da região, urbanizando e construindo moradias (vilas operárias) no centro do bairro. Também estimulou o plantio e atividades de agricultura em parte de suas terras, com a finalidade de promoção do mercado consumidor que ali se constituía. | ||
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Além da cana de açúcar, também eram cultivados, nas terras onde são hoje Nova Aliança e Vila Aliança, café, algodão e a laranja, que se destaca neste cenário, chegando a entrar para a literatura, na descrição feita por José Mauro de Vasconcelos, em seu romance “O Meu Pé de Laranja Lima” (Grêmio Literário José Mauro de Vasconcelos). | Além da cana de açúcar, também eram cultivados, nas terras onde são hoje Nova Aliança e Vila Aliança, café, algodão e a laranja, que se destaca neste cenário, chegando a entrar para a literatura, na descrição feita por José Mauro de Vasconcelos, em seu romance “O Meu Pé de Laranja Lima” (Grêmio Literário José Mauro de Vasconcelos). | ||
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A Vila Aliança é citada em canções de diferentes artistas, como Saudação às Favelas do Marcelo D2, Nosso sonho do Claudinho e Buchecha, Sem Esquecer As Favelas do Mv Bill e Lugar de pagode de Jair Rodrigues; | |||
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Edição das 17h37min de 29 de setembro de 2020
Informações retiradas da internet pela equipe do Dicionário de Favelas Marielle Franco.
Sobre a favela
Vila Aliança (também chamada de V.A ou Vila por seus moradores) é uma favela do município do Rio de Janeiro, que oficialmente faz parte de Bangu. Devido a circunstâncias históricas e culturais, a Vila Aliança é considerada por muitos como uma favela, ainda que seja totalmente urbanizada, tendo serviços de água, luz, esgoto e coleta de lixo. A localidade possui diversos comércios, entre mercados, lojas de roupas, padarias, bares, chocolateria, sorveteria,loja de informática, loja de reparo de telefones,farmácias, hortifrutti e a Nave do Conhecimento de Vila Aliança.
Sua extensão é motivo de controvérsia, pois, aos poucos, outras localidades próximas passaram a ser consideradas como parte da Vila Aliança, por seus moradores. Em sua maior extensão, estaria localizada na divisa com o bairro de Senador Camará, entre as ruas Belila, Antenor Correia, Coronel Tamarindo e a Estrada do Taquaral.
História
O terreno onde a Vila Aliança foi construída era parte da Fazenda Bangu, fundada em 1673, destinava-se ao plantio de cana de açúcar e seus derivados. Em 1889 a Companhia Progresso Industrial do Brasil, de indústria têxtil, mais conhecida como Fábrica Bangu, foi instalada onde funcionava a fazenda, por ser bem localizada e favorecida pela fartura de recursos hídricos, além da construção da estrada de ferro de Bangu, em 1890. A partir de sua instalação, a Companhia Progresso Industrial do Brasil (CPIB) promoveu o desenvolvimento da região, urbanizando e construindo moradias (vilas operárias) no centro do bairro. Também estimulou o plantio e atividades de agricultura em parte de suas terras, com a finalidade de promoção do mercado consumidor que ali se constituía.
Além da cana de açúcar, também eram cultivados, nas terras onde são hoje Nova Aliança e Vila Aliança, café, algodão e a laranja, que se destaca neste cenário, chegando a entrar para a literatura, na descrição feita por José Mauro de Vasconcelos, em seu romance “O Meu Pé de Laranja Lima” (Grêmio Literário José Mauro de Vasconcelos).
A Vila Aliança e a Vila Kennedy são os primeiros Conjuntos Habitacionais da América Latina, provenientes do Projeto “Aliança para o Progresso”, resultado da parceria estratégica e preventiva do governo americano com o brasileiro, por receio do maior país da América Latina se render ao Comunismo. De posse deste investimento, o governador Carlos Lacerda, iniciou em 1960, o processo de desfavelização das áreas valorizadas pela especulação imobiliária, deslocando os moradores das Favelas do Centro e Zona Sul para os conjuntos construídos no subúrbio e Zona Oeste da cidade do Rio de janeiro. Contudo, a falta de políticas públicas voltadas para esta população segregada causou transtornos irreversíveis à cidade em consequência da favelização do entorno, onde proliferaram sucessivas ocupações nas áreas adjacentes aos conjuntos habitacionais.
As primeiras favelas removidas para formar este conjunto foram oriundas do Morro do Pasmado, no bairro de Botafogo; da Praia do Pinto, zona sul do Rio de Janeiro; favela do Esqueleto, onde hoje se encontra o prédio da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ); também veio de Brás de Pina, Penha, zona norte da cidade.
Curiosamente, os nomes de Vila Aliança e Vila Progresso (hoje Vila Kennedy) fariam alusão à parceria, entretanto, com o falecimento do presidente americano John Kennedy, em 1963, foi realizada a homenagem póstuma pondo o seu nome neste conjunto habitacional.
A Vila Aliança, contrariando conceitos noticiados pela imprensa, não é uma favela. O seu território é devidamente urbanizado, com saneamento básico e as residências não formam conglomerados conforme a conceituação do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
São ao todo 43 ruas que receberam nomes de profissões em homenagem ao trabalhador brasileiro e 3 praças: Fabricante, Topógrafo e Aviador, sendo esta última a principal utilizada como ponto de encontro e eventos localizados no centro do conjunto. É cortada pelo Rio do Lúcio, onde muito antes da formação de Vila Aliança e Senador Camará era um dos canais de recursos hídricos até ser completamente poluído pela ausência de saneamento básico na época de expansão demográfica.
Memórias
Memórias do surgimento da Vila Aliança contada pelos seus moradores:
Localidades
Na Vila Aliança, os nomes das ruas são nomes de profissões, em homenagem ao trabalhador brasileiro
Originalmente, a Vila Aliança estava compreendida entre a rua Dr. Augusto Figueiredo, rua do Farmacêutico, estrada do Taquaral, avenida do Corretor e rua Antenor Correia. Contudo, as populações das vizinhanças começaram a estender o nome "Vila Aliança" às suas próprias localidades próximas. Assim, algumas pessoas consideram que também existam sub-localidades dentro da Vila Aliança, sendo elas:
- Nova Aliança que é a Antiga Boca do Mato.
- Caminho do Lúcio.
- Iraque.
- Beira Linha ou Minha Deusa.
- Vacaria.
- Pantanal (Bairro São José).
- Mangueiral ou Retiro das Mangueiras.
- Bairro Araújo.
Cultura e esporte
Centro Cultural A História Que Eu Conto
Criado para ser um provedor de oportunidades à Vila Aliança e comunidades vizinhas da Zona Oeste do Rio, o Centro Cultural A História Que Eu Conto (CCHC), tem como base difundir educação e arte por meio da Cultura de Paz, metodologia criada pelo psicólogo e educador francês Pierre Weil. O CCHC, é fruto do sonho de um homem que no final da década de 80 foi um dos criminosos mais procurados no Rio de Janeiro: Samuel Muniz, o Samuca. Na cadeira, ele teve contato com duas vertentes que mudaram sua vida para sempre: fé e música.
Vídeo sobre o projeto:
ONG Craques da Vila Aliança
Fundada em 1999, na comunidade da Vila Aliança, em Bangu, o objetivo do projeto é a inclusão de crianças e adolescentes na sociedade de uma forma digna através do futebol. Com atividade esportiva desenvolvida no projeto (o futebol), os jovens têm aulas de reforço escolar, orientação profissional e encorajamento para uma maior socialização na comunidade.
Vídeo sobre o projeto:
Outros pontos
No bairro fica situado o bloco carnavalesco GRBC Boêmios de Vila Aliança.
Além disso, foi berço do grupo musical Mistura Fina, do grupo caipira Show Da Progresso, além de outras atividades culturais, como a "Blecota", o "Frevo Mulher" e a festa junina da Praça do Aviador.
A Vila Aliança é citada em canções de diferentes artistas, como Saudação às Favelas do Marcelo D2, Nosso sonho do Claudinho e Buchecha, Sem Esquecer As Favelas do Mv Bill e Lugar de pagode de Jair Rodrigues;
Educação
A Vila Aliança conta com cerca de 7 escolas públicas:
- Escola Municipal Ayrton Senna Da Silva;
- Escola Municipal Marieta da Cunha da Silva;
- Escola Municipal Rubem Berta;
- Brizolão Olof Palme;
- Escola Municipal Edson Carneiro;
- Casa da Criança Taquaral;
- Escola Municipal Pracinha João da Silva;
Fotos
Referência
Orgulho de Ser da Vila Aliança: Nossa história.
ONG Craques da Vida: A ONG.
Wikipédia: Vila Aliança.