Rap da Felicidade (música): mudanças entre as edições

Por equipe do Dicionário de Favelas Marielle Franco
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'''Autores''': Cidinho e Doca.
== Sobre ==
Rap da Felicidade é uma canção de funk carioca da dupla Cidinho & Doca, lançada em 1994 e produzida por DJ Marlboro.
Rap da Felicidade é uma canção de funk carioca da dupla Cidinho & Doca, lançada em 1994 e produzida por DJ Marlboro.
Autoria: Cidinho e Doca.


Foi umas das primeiras gravações oficiais do gênero funk carioca no início dos anos 90. A canção alcançou sucesso repentino nas paradas musicais e rádios de todo o Brasil. Além das batidas 150 BPM características do funk carioca, ela leva um estilo de poesia rítmica (rap), se tornando um clássico do funk em geral.
== Sobre ==
Foi umas das primeiras gravações oficiais do gênero [[Baile Funk|funk carioca]] no início dos anos 90. A canção alcançou sucesso repentino nas paradas musicais e rádios de todo o Brasil. Além das batidas 150 BPM características do funk carioca, ela leva um estilo de poesia rítmica (rap), se tornando um clássico do funk em geral.


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Além do sucesso, a música trás uma letra clara e objetiva, abordando temas como [[Violência, Criminalidade, Segurança Pública e Justiça Criminal no Brasil: Uma Bibliografia (resenha)|violência]], [[Racismo na Favela: Como os Moradores Entendem o Preconceito Racial (artigo)|racismo]] e desigualdades sociais no Brasil. Assuntos que vão desde a violência nas favelas do Rio de Janeiro até a má administração de qualquer poder governamental no país.


Além do sucesso, a música trás uma letra clara e objetiva, abordando temas como violência, racismo e desigualdades sociais no Brasil. Assuntos que vão desde a violência nas favelas do Rio de Janeiro até a má administração de qualquer poder governamental no país.
Por outro lado, desde seu título, Cidinho & Doca reforçam a ideia de um lugar perfeito para se viver, ou seja, a própria favela onde nasceram e desejam ser feliz. Eles fazem um pedido ou apelo as autoridades governamentais que ali "não fazem nada". Segundo Cidinho e Doca, o funk é um estilo musical muito discriminado por ser um gênero totalmente de periferia e ainda afirma que, na época do sucesso da canção, cantaram o que muita gente não queria ouvir. Além disso, ainda reforçam a ideia que, depois de mais de 20 anos, a canção continua sendo um claro retrato dos dias atuais, não só para as favelas do Rio de Janeiro, mas para qualquer outro lugar do Brasil.


Por outro lado, desde seu título, Cidinho & Doca reforçam a ideia de um lugar perfeito para se viver, ou seja, a própria favela onde nasceram e desejam ser feliz. Eles fazem um pedido ou apelo as autoridades governamentais que ali "não fazem nada". Segundo Cidinho e Doca, o funk é um estilo musical muito discriminado por ser um gênero totalmente de periferia e ainda afirma que, na época do sucesso da canção, cantaram o que muita gente não queria ouvir. Além disso, ainda reforçam a ideia que, depois de mais de 20 anos, a canção continua sendo um claro retrato dos dias atuais, não só para as favelas do Rio de Janeiro, mas para qualquer outro lugar do Brasil.
== Clip ==
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== Ficha técnica ==
== Ficha técnica ==
Lançamento 1994
Lançamento 1994
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Duração 5:12
Duração 5:12


Gravadora(s) Columbia
Gravadora: AudioBass records
 
Composição: Julinho Rasta, Katia


Composição MC Cidinho, MC Doca
Intérpretes: Cidinho e Doca


Produção DJ Marlboro
Produção: ADRIANO DJ (Audiobass records)
== Letra ==
== Letra ==
<div class="ujudUb">Eu só quero é ser feliz<br>Andar tranquilamente na favela onde eu nasci, é<br>E poder me orgulhar<br>E ter a consciência que o pobre tem seu lugar<br>Fé em Deus, DJ</div><div class="ujudUb">Eu só quero é ser feliz<br>Andar tranquilamente na favela onde eu nasci, é<br>E poder me orgulhar<br>E ter a consciência que o pobre tem seu lugar<br>Mas eu só quero é ser feliz, feliz, feliz, feliz, feliz<br>Onde eu nasci, han<br>E poder me orgulhar<br>E ter a consciência que o pobre tem seu lugar</div><div class="ujudUb">Minha cara autoridade, eu já não sei o que fazer<br>Com tanta violência eu sinto medo de viver<br>Pois moro na favela e sou muito desrespeitado<br>A tristeza e alegria aqui caminham lado a lado<br>Eu faço uma oração para uma santa protetora<br>Mas sou interrompido à tiros de metralhadora<br>Enquanto os ricos moram numa casa grande e bela<br>O pobre é humilhado, esculachado na favela<br>Já não aguento mais essa onda de violência<br>Só peço a autoridade um pouco mais de competência</div><div class="ujudUb">Eu só quero é ser feliz<br>Andar tranquilamente na favela onde eu nasci, han<br>E poder me orgulhar<br>E ter a consciência que o pobre tem seu lugar<br>Mas eu só quero é ser feliz, feliz, feliz, feliz, feliz<br>Onde eu nasci, é<br>E poder me orgulhar<br>E ter a consciência que o pobre tem seu lugar</div><div class="ujudUb">Diversão hoje em dia não podemos nem pensar<br>Pois até lá nos bailes, eles vem nos humilhar<br>Fica lá na praça que era tudo tão normal<br>Agora virou moda a violência no local<br>Pessoas inocentes que não tem nada a ver<br>Estão perdendo hoje o seu direito de viver<br>Nunca vi cartão postal que se destaque uma favela<br>Só vejo paisagem muito linda e muito bela<br>Quem vai pro exterior da favela sente saudade<br>O gringo vem aqui e não conhece a realidade<br>Vai pra zona sul pra conhecer água de côco<br>E o pobre na favela vive passando sufoco<br>Trocaram a presidência, uma nova esperança<br>Sofri na tempestade, agora eu quero abonança<br>O povo tem a força, precisa descobrir<br>Se eles lá não fazem nada, faremos tudo daqui</div><div class="ujudUb">Eu só quero é ser feliz<br>Andar tranquilamente na favela onde eu nasci, é<br>E poder me orgulhar<br>E ter a consciência que o pobre tem seu lugar, eu<br>Eu só quero é ser feliz, feliz, feliz, feliz, feliz<br>Onde eu nasci, han<br>E poder me orgulhar, é<br>O pobre tem o seu lugar</div><div class="ujudUb">Diversão hoje em dia, nem pensar<br>Pois até lá nos bailes, eles vem nos humilhar<br>Fica lá na praça que era tudo tão normal<br>Agora virou moda a violência no local<br>Pessoas inocentes que não tem nada a ver<br>Estão perdendo hoje o seu direito de viver<br>Nunca vi cartão postal que se destaque uma favela<br>Só vejo paisagem muito linda e muito bela<br>Quem vai pro exterior da favela sente saudade<br>O gringo vem aqui e não conhece a realidade<br>Vai pra zona sul pra conhecer água de côco<br>E o pobre na favela, passando sufoco<br>Trocada a presidência, uma nova esperança<br>Sofri na tempestade, agora eu quero abonança<br>O povo tem a força, só precisa descobrir<br>Se eles lá não fazem nada, faremos tudo daqui</div><div class="ujudUb WRZytc">Eu só quero é ser feliz<br>Andar tranquilamente na favela onde eu nasci, é<br>E poder me orgulhar<br>E ter a consciência que o pobre tem seu lugar, é<br>Eu só quero é ser feliz, feliz, feliz, feliz, feliz<br>Onde eu nasci, han<br>E poder me orgulhar<br>E ter a consciência que o pobre tem seu lugar<br>E poder me orgulhar<br>E ter a consciência que o pobre tem seu lugar</div><div class="ujudUb WRZytc"></div><div class="ujudUb WRZytc">[[Category:Música]] [[Category:Temática - Cultura]] [[Category:Funk]]</div>
<div class="ujudUb">Eu só quero é ser feliz<br>Andar tranquilamente na favela onde eu nasci, é<br>E poder me orgulhar<br>E ter a consciência que o pobre tem seu lugar<br>Fé em Deus, DJ</div>
<div class="ujudUb">Eu só quero é ser feliz<br>Andar tranquilamente na favela onde eu nasci, é<br>E poder me orgulhar<br>E ter a consciência que o pobre tem seu lugar<br>Mas eu só quero é ser feliz, feliz, feliz, feliz, feliz<br>Onde eu nasci, han<br>E poder me orgulhar<br>E ter a consciência que o pobre tem seu lugar</div>
<div class="ujudUb">Minha cara autoridade, eu já não sei o que fazer<br>Com tanta violência eu sinto medo de viver<br>Pois moro na favela e sou muito desrespeitado<br>A tristeza e alegria aqui caminham lado a lado<br>Eu faço uma oração para uma santa protetora<br>Mas sou interrompido à tiros de metralhadora<br>Enquanto os ricos moram numa casa grande e bela<br>O pobre é humilhado, esculachado na favela<br>Já não aguento mais essa onda de violência<br>Só peço a autoridade um pouco mais de competência</div>
<div class="ujudUb">Eu só quero é ser feliz<br>Andar tranquilamente na favela onde eu nasci, han<br>E poder me orgulhar<br>E ter a consciência que o pobre tem seu lugar<br>Mas eu só quero é ser feliz, feliz, feliz, feliz, feliz<br>Onde eu nasci, é<br>E poder me orgulhar<br>E ter a consciência que o pobre tem seu lugar</div>
<div class="ujudUb">Diversão hoje em dia não podemos nem pensar<br>Pois até lá nos bailes, eles vem nos humilhar<br>Fica lá na praça que era tudo tão normal<br>Agora virou moda a violência no local<br>Pessoas inocentes que não tem nada a ver<br>Estão perdendo hoje o seu direito de viver<br>Nunca vi cartão postal que se destaque uma favela<br>Só vejo paisagem muito linda e muito bela<br>Quem vai pro exterior da favela sente saudade<br>O gringo vem aqui e não conhece a realidade<br>Vai pra zona sul pra conhecer água de côco<br>E o pobre na favela vive passando sufoco<br>Trocaram a presidência, uma nova esperança<br>Sofri na tempestade, agora eu quero abonança<br>O povo tem a força, precisa descobrir<br>Se eles lá não fazem nada, faremos tudo daqui</div>
<div class="ujudUb">Eu só quero é ser feliz<br>Andar tranquilamente na favela onde eu nasci, é<br>E poder me orgulhar<br>E ter a consciência que o pobre tem seu lugar, eu<br>Eu só quero é ser feliz, feliz, feliz, feliz, feliz<br>Onde eu nasci, han<br>E poder me orgulhar, é<br>O pobre tem o seu lugar</div>
<div class="ujudUb">Diversão hoje em dia, nem pensar<br>Pois até lá nos bailes, eles vem nos humilhar<br>Fica lá na praça que era tudo tão normal<br>Agora virou moda a violência no local<br>Pessoas inocentes que não tem nada a ver<br>Estão perdendo hoje o seu direito de viver<br>Nunca vi cartão postal que se destaque uma favela<br>Só vejo paisagem muito linda e muito bela<br>Quem vai pro exterior da favela sente saudade<br>O gringo vem aqui e não conhece a realidade<br>Vai pra zona sul pra conhecer água de côco<br>E o pobre na favela, passando sufoco<br>Trocada a presidência, uma nova esperança<br>Sofri na tempestade, agora eu quero abonança<br>O povo tem a força, só precisa descobrir<br>Se eles lá não fazem nada, faremos tudo daqui</div>
<div class="ujudUb WRZytc">Eu só quero é ser feliz<br>Andar tranquilamente na favela onde eu nasci, é<br>E poder me orgulhar<br>E ter a consciência que o pobre tem seu lugar, é<br>Eu só quero é ser feliz, feliz, feliz, feliz, feliz<br>Onde eu nasci, han<br>E poder me orgulhar<br>E ter a consciência que o pobre tem seu lugar<br>E poder me orgulhar<br>E ter a consciência que o pobre tem seu lugar</div>
 
 
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Edição atual tal como às 12h28min de 7 de junho de 2024

Rap da Felicidade é uma canção de funk carioca da dupla Cidinho & Doca, lançada em 1994 e produzida por DJ Marlboro.

Autoria: Cidinho e Doca.

Sobre[editar | editar código-fonte]

Foi umas das primeiras gravações oficiais do gênero funk carioca no início dos anos 90. A canção alcançou sucesso repentino nas paradas musicais e rádios de todo o Brasil. Além das batidas 150 BPM características do funk carioca, ela leva um estilo de poesia rítmica (rap), se tornando um clássico do funk em geral.

Além do sucesso, a música trás uma letra clara e objetiva, abordando temas como violência, racismo e desigualdades sociais no Brasil. Assuntos que vão desde a violência nas favelas do Rio de Janeiro até a má administração de qualquer poder governamental no país.

Por outro lado, desde seu título, Cidinho & Doca reforçam a ideia de um lugar perfeito para se viver, ou seja, a própria favela onde nasceram e desejam ser feliz. Eles fazem um pedido ou apelo as autoridades governamentais que ali "não fazem nada". Segundo Cidinho e Doca, o funk é um estilo musical muito discriminado por ser um gênero totalmente de periferia e ainda afirma que, na época do sucesso da canção, cantaram o que muita gente não queria ouvir. Além disso, ainda reforçam a ideia que, depois de mais de 20 anos, a canção continua sendo um claro retrato dos dias atuais, não só para as favelas do Rio de Janeiro, mas para qualquer outro lugar do Brasil.

Clip[editar | editar código-fonte]

Ficha técnica[editar | editar código-fonte]

Lançamento 1994

Gravação 1994

Gênero(s) Funk carioca, miami bass e rap

Duração 5:12

Gravadora: AudioBass records

Composição: Julinho Rasta, Katia

Intérpretes: Cidinho e Doca

Produção: ADRIANO DJ (Audiobass records)

Letra[editar | editar código-fonte]

Eu só quero é ser feliz
Andar tranquilamente na favela onde eu nasci, é
E poder me orgulhar
E ter a consciência que o pobre tem seu lugar
Fé em Deus, DJ
Eu só quero é ser feliz
Andar tranquilamente na favela onde eu nasci, é
E poder me orgulhar
E ter a consciência que o pobre tem seu lugar
Mas eu só quero é ser feliz, feliz, feliz, feliz, feliz
Onde eu nasci, han
E poder me orgulhar
E ter a consciência que o pobre tem seu lugar
Minha cara autoridade, eu já não sei o que fazer
Com tanta violência eu sinto medo de viver
Pois moro na favela e sou muito desrespeitado
A tristeza e alegria aqui caminham lado a lado
Eu faço uma oração para uma santa protetora
Mas sou interrompido à tiros de metralhadora
Enquanto os ricos moram numa casa grande e bela
O pobre é humilhado, esculachado na favela
Já não aguento mais essa onda de violência
Só peço a autoridade um pouco mais de competência
Eu só quero é ser feliz
Andar tranquilamente na favela onde eu nasci, han
E poder me orgulhar
E ter a consciência que o pobre tem seu lugar
Mas eu só quero é ser feliz, feliz, feliz, feliz, feliz
Onde eu nasci, é
E poder me orgulhar
E ter a consciência que o pobre tem seu lugar
Diversão hoje em dia não podemos nem pensar
Pois até lá nos bailes, eles vem nos humilhar
Fica lá na praça que era tudo tão normal
Agora virou moda a violência no local
Pessoas inocentes que não tem nada a ver
Estão perdendo hoje o seu direito de viver
Nunca vi cartão postal que se destaque uma favela
Só vejo paisagem muito linda e muito bela
Quem vai pro exterior da favela sente saudade
O gringo vem aqui e não conhece a realidade
Vai pra zona sul pra conhecer água de côco
E o pobre na favela vive passando sufoco
Trocaram a presidência, uma nova esperança
Sofri na tempestade, agora eu quero abonança
O povo tem a força, precisa descobrir
Se eles lá não fazem nada, faremos tudo daqui
Eu só quero é ser feliz
Andar tranquilamente na favela onde eu nasci, é
E poder me orgulhar
E ter a consciência que o pobre tem seu lugar, eu
Eu só quero é ser feliz, feliz, feliz, feliz, feliz
Onde eu nasci, han
E poder me orgulhar, é
O pobre tem o seu lugar
Diversão hoje em dia, nem pensar
Pois até lá nos bailes, eles vem nos humilhar
Fica lá na praça que era tudo tão normal
Agora virou moda a violência no local
Pessoas inocentes que não tem nada a ver
Estão perdendo hoje o seu direito de viver
Nunca vi cartão postal que se destaque uma favela
Só vejo paisagem muito linda e muito bela
Quem vai pro exterior da favela sente saudade
O gringo vem aqui e não conhece a realidade
Vai pra zona sul pra conhecer água de côco
E o pobre na favela, passando sufoco
Trocada a presidência, uma nova esperança
Sofri na tempestade, agora eu quero abonança
O povo tem a força, só precisa descobrir
Se eles lá não fazem nada, faremos tudo daqui
Eu só quero é ser feliz
Andar tranquilamente na favela onde eu nasci, é
E poder me orgulhar
E ter a consciência que o pobre tem seu lugar, é
Eu só quero é ser feliz, feliz, feliz, feliz, feliz
Onde eu nasci, han
E poder me orgulhar
E ter a consciência que o pobre tem seu lugar
E poder me orgulhar
E ter a consciência que o pobre tem seu lugar