A cor púrpura - Djonga (música): mudanças entre as edições
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"A Cor Púrpura" é uma canção de autoria do artista Djonga. Nas canções "A Cor Púrpura" e "Em Quase Tudo", o rapper, escritor e compositor reflete sobre a masculinidade a partir das relações com seu pai e seu filho, tentando desmontar padrões de comportamento nocivos. | |||
Autoria: Equipe do Dicionário de Favelas Marielle Franco<ref>Trechos reproduzidos das fontes: [[Wikipedia]]</ref> | |||
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== Sobre == | == Sobre o artista == | ||
Fonte: [https://pt.wikipedia.org/wiki/Djonga_(rapper) Wikipedia] | |||
'''Gustavo Pereira Marques''' (Belo Horizonte, 4 de junho de 1994), mais conhecido pelo nome artístico '''Djonga''', é um rapper, escritor e compositor brasileiro. Considerado um dos nomes mais influentes do rap na atualidade, o artista chama a atenção por sua lírica afiada, marginalizada e agressiva e por suas fortes críticas sociais nas letras. | '''Gustavo Pereira Marques''' (Belo Horizonte, 4 de junho de 1994), mais conhecido pelo nome artístico '''[[Djonga - Rapper|Djonga]]''', é um rapper, escritor e compositor brasileiro. Considerado um dos nomes mais influentes do rap na atualidade, o artista chama a atenção por sua lírica afiada, marginalizada e agressiva e por suas fortes críticas sociais nas letras. | ||
Nascido na Favela do Índio, em Belo Horizonte, Djonga foi criado nas ruas dos bairros São Lucas e Santa Efigênia, na Região Leste da capital mineira. É filho de Ronaldo Marques e Rosângela Pereira Marques. Sua avó Maria Eni Viana é tida como uma grande referência em sua vida. | |||
Com grande influência da família, Djonga tomou gosto por música desde cedo, tendo crescido ouvindo diversos estilos musicais e artistas — de Milton Nascimento aos [[Racionais MC's|Racionais MCs]], de Cartola à Mariah Carey. Com o tempo, foi tomando suas predileções musicais — principalmente por funk e rap — e se inspirando na obra de Cazuza, Janis Joplin, Elis Regina, Elza Soares, Jimi Hendrix, MC Smith e, sobretudo, Mano Brown. | |||
Chegou a cursar história na Universidade Federal de Ouro Preto até o sétimo período, ficando próximo de se formar. No entanto, começou a fazer sucesso como rapper e decidiu seguir a carreira, abandonando a faculdade. | |||
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Produção: Gabriel Pacheco e Paulo Correa | Produção: Gabriel Pacheco e Paulo Correa | ||
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* [[Favela Vive 2 (Cypher) – ADL, BK, Funkero e MV Bill (Prod. Índio) - (Música)|Favela Five]] | |||
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Edição atual tal como às 19h45min de 13 de setembro de 2024
"A Cor Púrpura" é uma canção de autoria do artista Djonga. Nas canções "A Cor Púrpura" e "Em Quase Tudo", o rapper, escritor e compositor reflete sobre a masculinidade a partir das relações com seu pai e seu filho, tentando desmontar padrões de comportamento nocivos.
Autoria: Equipe do Dicionário de Favelas Marielle Franco[1]
Sobre o artista[editar | editar código-fonte]
Fonte: Wikipedia
Gustavo Pereira Marques (Belo Horizonte, 4 de junho de 1994), mais conhecido pelo nome artístico Djonga, é um rapper, escritor e compositor brasileiro. Considerado um dos nomes mais influentes do rap na atualidade, o artista chama a atenção por sua lírica afiada, marginalizada e agressiva e por suas fortes críticas sociais nas letras.
Nascido na Favela do Índio, em Belo Horizonte, Djonga foi criado nas ruas dos bairros São Lucas e Santa Efigênia, na Região Leste da capital mineira. É filho de Ronaldo Marques e Rosângela Pereira Marques. Sua avó Maria Eni Viana é tida como uma grande referência em sua vida.
Com grande influência da família, Djonga tomou gosto por música desde cedo, tendo crescido ouvindo diversos estilos musicais e artistas — de Milton Nascimento aos Racionais MCs, de Cartola à Mariah Carey. Com o tempo, foi tomando suas predileções musicais — principalmente por funk e rap — e se inspirando na obra de Cazuza, Janis Joplin, Elis Regina, Elza Soares, Jimi Hendrix, MC Smith e, sobretudo, Mano Brown.
Chegou a cursar história na Universidade Federal de Ouro Preto até o sétimo período, ficando próximo de se formar. No entanto, começou a fazer sucesso como rapper e decidiu seguir a carreira, abandonando a faculdade.
Vídeo[editar | editar código-fonte]
Letra[editar | editar código-fonte]
Querido Deus
Uma pessoa me tocou sem eu querer
E ainda me convenceu que eu gostava
Molhou com seu suor minha pele infantil
E secou minhas lágrimas sempre que eu chorava
É, numa tarde chuvosa tudo começou
Ó, um sorriso amarelo sempre que acabava
E temente ao Senhor, gente que sempre louva
Igual quem roubou o Luva, mano, sem palavras
Ei, querido Deus
Uma pessoa me tocou sem eu querer
Usava farda e foi um tapa na cara
É, 15 anos depois e ainda não sei porquê
Tava eu e mó bondão, tinha uma mão pra cada
Pra mim foi tipo: Acorda, isso aqui num é sua casa
Foi tipo: Entende, neguin, nem sua casa é sua casa
Foi tipo: Entende bem, ó, você pra nós é coisa
Vai tá sempre no erro e não importa a causa
É, querido Deus
Um homem matou outro homem por coisas que mamãe diz que são coisas de homem
Esse foi o primeiro contato verdadeiro
Que eu tive com o que me parece que é ser um homem
Um garoto me tocou e era um chute, um soco
Disse: Meu pai que me ensinou, achei aquilo um saco
Até tentei resolver de um jeito um pouco fofo
Quando pude perceber, tinha me adaptado
E foi assim que eu me vi
Tu é igual nós
Dói igual em todo mundo, mano
E foi assim que eu me vi
Tu é igual nós
Dói igual em todo mundo, mano
E querido Deus
Hoje eu sou o bala, o rumo dos flash
O dono da bola, no meu bolso, cash
No meu pulso, um Aqua, Lange meia Lua
No pé, o 12 mola, joga aqui, que é olé
As paty dando: Olá, balão com Marlboro é
O que traz a braba
Pra elas, o preto, pra eles, o cara
Não curei minhas ferida, eu só escondi as marca
Hoje nós não pipoca e resolve no pipoco
Num gosta de fofoca, num olha mulher dos outro
Tipo nem cumprimenta, mas se fica bem louco
É uma olhada nojenta, piada de mau gosto
No meio de tanta puta, eu escolhi a dedo
Aquela que mais me olhava com olhar de medo
Manos que não questionem a minha hierarquia
Prefiram morrer que correr e saibam guardar segredo
É, querido Deus
Aqui em casa, somos três agora
Nós somos quatro agora
E um de nós me disse que alguém o tocou
Foi uma mordida, ele tava na escola
É, foi gente querida, foi tipo gente nossa
Foi gente igual ele, tipo, foi gente nova
Mas pega esse moleque e faz seu nome, neguin
Filho meu não vai ficar de piada na roda
Ele mexe a cabeça em sinal de negativo
O silêncio fala, o mundo chama pra fora
Nasci de novo, será o fim de um ciclo?
Querido Deus
Acho que alguém me tocou agora
E foi assim que eu me vi
Tu é igual nós
Dói igual em todo mundo, mano
E foi assim que eu me vi
Tu é igual nós
Dói igual em todo mundo, mano
Ficha Técnica - Vídeo[editar | editar código-fonte]
Voz: Djonga e Sarah Guedes
Produção: Rapaz do Dread
Mix/Master: Arthur Luna Beccaris
Produção Executiva: A Quadrilha
Direção Criativa: Djonga e Alvaro Benevente (Alvinho) Lyric
Vídeo: Alvaro Benevente (Alvinho)
Capa: Foto: Marconi Henrique (@coniiin)
Assistente de Fotografia: Hugo Blender (@estadodamente) e Leonardo Mota (@psicopapa)
Modelos: Gabriela Martins (@grl.gaby) e Rayane Caldeira (@raycaldeira)
Produção: Gabriel Pacheco e Paulo Correa
Assistente de Produção: Maria Luiza Tamietti (@malutamietti), Luiza Alves (@luavs_) e Leonardo Roberto (@leogordo244)
Figurino : Eduardo Dhug(@dhug2_zl)
Assistente de figurino: Amanda agomide (@mandssmands), Sophia Zorzi (@zorzisophia) e Gisele Reis (@giselereisx)
Cabelo: Gisele Reis (@giselereisx) Maquiagem: Gisele Reis (@giselereisx)