Educação de meninas e Covid-19 no conjunto de favelas da Maré (relatório): mudanças entre as edições
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Com a suspensão das aulas presenciais, em março de 2020, e com o prolongamento do isolamento social, ficou clara a necessidade de registrar como estava se dando o processo educativo de meninas e mulheres, já que o cotidiano nos mostrava diferentes barreiras: falta de acesso à internet, falta de equipamentos adequados (computadores, celulares), dificuldades das escolas em adaptarem os conteúdos para o meio digital, falta de supervisão dos pais (para os menores). Nesse sentido, foi desenhado um modelo de pesquisa que buscou identificar, através de 28 perguntas, dados de identificação pessoal, acesso à internet, empregabilidade de familiares e contexto familiar. | Com a suspensão das aulas presenciais, em março de 2020, e com o prolongamento do isolamento social, ficou clara a necessidade de registrar como estava se dando o processo educativo de meninas e mulheres, já que o cotidiano nos mostrava diferentes barreiras: falta de acesso à internet, falta de equipamentos adequados (computadores, celulares), dificuldades das escolas em adaptarem os conteúdos para o meio digital, falta de supervisão dos pais (para os menores). Nesse sentido, foi desenhado um modelo de pesquisa que buscou identificar, através de 28 perguntas, dados de identificação pessoal, acesso à internet, empregabilidade de familiares e contexto familiar. | ||
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Edição atual tal como às 00h53min de 20 de setembro de 2023
A pesquisa Educação de meninas e COVID-19 no Conjunto de Favelas da Maré tem por objetivo identificar os impactos da COVID-19, na educação de meninas e mulheres da Maré, visando contribuir para a garantia do direito à educação dessa população.
Autoria: Redes da Maré.
Apresentação[editar | editar código-fonte]
Com a suspensão das aulas presenciais, em março de 2020, e com o prolongamento do isolamento social, ficou clara a necessidade de registrar como estava se dando o processo educativo de meninas e mulheres, já que o cotidiano nos mostrava diferentes barreiras: falta de acesso à internet, falta de equipamentos adequados (computadores, celulares), dificuldades das escolas em adaptarem os conteúdos para o meio digital, falta de supervisão dos pais (para os menores). Nesse sentido, foi desenhado um modelo de pesquisa que buscou identificar, através de 28 perguntas, dados de identificação pessoal, acesso à internet, empregabilidade de familiares e contexto familiar.
O objetivo da pesquisa Educação de meninas e COVID-19 no Conjunto de Favelas da Maré é identificar os impactos da COVID-19, na educação de meninas e mulheres da Maré, visando contribuir para a garantia do direito à educação dessa população.
A pesquisa foi realizada no âmbito da parceria, iniciada em abril de 2020, entre a Redes da Maré e o Malala Fund. O objetivo maior dessa parceria é elaborar um processo de incidência em políticas públicas que impactem na redução do número de meninas fora da escola entre 11 e 17 anos de idade, residentes no conjunto de favelas da Maré, mediante a promoção do acesso e o combate a infrequência e à evasão escolar.
A Redes da Maré é uma instituição da sociedade civil que tem como missão garantir que os direitos da população que reside no conjunto de 16 favelas da Maré sejam efetivados. Para tal, busca-se defender os direitos dos moradores, reconhecendo as potencialidades socioculturais, educacionais e econômicas da Maré. Nesse sentido, realiza projetos dentro de quatro eixos de atuação: Educação; Arte, Cultura, Memórias e Identidades; Desenvolvimento Territorial; e Direito à Segurança Pública e Acesso à Justiça. Na gênese da Redes da Maré, o Eixo de Educação contribuiu para a compreensão de demandas estruturais dos moradores da Maré. Com objetivo central de fortalecer e ampliar o acesso à educação, são realizados 14 projetos educativos que atendem, diretamente, cerca de mil moradores por ano, que vão de cursos preparatórios para Pré-Vestibular, Ensino Médio e 6º ano até Educação de Jovens e Adultos, passando pela reinserção de crianças, curso de idiomas e qualificação profissional. Nesse sentido, os projetos e iniciativas realizadas contribuem para formação dos moradores no campo formal e não formal da educação.
Malala Fund é uma organização internacional, sem fins lucrativos, que apoia iniciativas que desafiem sistemas, políticas e práticas para que todas as meninas possam ter acesso a 12 anos de educação gratuita, segura e de qualidade. Fundado em 2013 por Malala Yousafzai, a ativista paquistanesa pela educação feminina e a mais jovem laureada com o Prêmio Nobel e seu pai, Ziauddin Yousafzai, o fundo atua em oito países: Afeganistão, Brasil, Etiópia, Índia, Líbano, Nigéria, Paquistão e Turquia. No Brasil, apoia sete instituições distribuídas nos estados de Pernambuco, Bahia, Rio de Janeiro e São Paulo.
Os resultados da pesquisa passam a ser apresentados no relatório abaixo.
