Brota na Laje: mudanças entre as edições
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Inconformados com a realidade social vivenciada no Rio de Janeiro | Inconformados com a realidade social vivenciada no Rio de Janeiro e atravessados por um cotidiano precarizado pela falta de Políticas Públicas do Estado, o Brota na Laje surge, a partir de encontros entre jovens de favelas da Tijuca, em especial do [[Favela do Borel|Morro do Borel]], onde houve/há um histórico de resistência e insurreições populares para discutir a vida política e as violações de direitos no cotidiano das pessoas. O Brota é composto por jovens que foram os primeiros de suas famílias a entrar em universidades, mas não os últimos de seu território, como diz Conceição Evaristo. Assim, identificando a falta de oportunidades aos outros jovens de favelas decidimos em 2019 direcionar as atividades do coletivo na criação do primeiro Pré-vestibular Comunitário no Borel, em parceria com a Escola Oga Mitá. | ||
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O Brota construiu o | O Brota construiu o pré-vestibular comunitário em parceria com a Escola Oga Mitá, por acreditar que a educação é um dos caminhos que auxiliam no processo de entendimento e tomada de direitos. Procuramos, nesse sentido, não apenas colocar mais jovens favelados nas universidades, mas criar vínculos com os alunos, professores e colaboradores para formular uma rotina de discussões e debates acerca do exercício da cidadania. O projeto teve inicio em 2019 e até hoje (2024) resiste em discutir e desenvolver atividades que envolvem a cidadania ativa e o acesso à direitos. | ||
Para materializar nosso projeto político, desenvolvemos atividades na cidade do Rio de Janeiro, onde não só estimulamos a ocupação e o Direito à Cidade, mas o Direito à Participação Social a partir de debates e aulas públicas nos espaços de cultura e lazer no Rio. Desse modo, pelo Rolé de Direitos vamos desenvolvendo a crítica, a sugestão, a contribuição e a ação que fazem parte do processo democrático. | |||
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Os dados levantados são produtos da parceria do Projeto Tamo Junto e o | Os dados levantados são produtos da parceria do Projeto Tamo Junto e o Coletivo Brota na Laje. Eles foram colhidos no último mês do ano de 2021, utilizando um formulário online, onde os jovens preencheram, exercitando sua participação na produção, na relação e no desenvolvimento de dados que expressam suas realidades. A parceria com o Tamo Junto contou com formações divididas em módulos, sendo o quarto módulo, o desenvolvimento de uma pesquisa, onde os coletivos participantes puderam exercitar a construção de questões para confirmar suas hipóteses sobre os seus objetos de estudos. | ||
A hipótese que o Brota na laje buscou confirmar foi se houve alterações na vida dos jovens de favelas, no período de Covid-19. O Brota na laje colheu cerca de 25 respostas vindas das favelas do Complexo do Borel, Formiga, Salgueiro. Também tivemos respostas vinda da favela do Turano e Benfica. As fotos a seguir tratam-se de um exercício acolhido pelo Brota na Laje a fim de | A hipótese que o Brota na laje buscou confirmar foi se houve alterações na vida dos jovens de favelas, no período de Covid-19. O Brota na laje colheu cerca de 25 respostas vindas das favelas do Complexo do Borel, Formiga, Salgueiro. Também tivemos respostas vinda da favela do Turano e Benfica. As fotos a seguir tratam-se de um exercício acolhido pelo Brota na Laje a fim de desenvolver a produção de dados que parte de nós para nós. | ||
Espera-se que os jovens e organizações sociais das Favelas da Tijuca, se apropriem dos dados levantados e possam complementar suas informações na luta pela garantia de direitos da juventude. Neste levantamento encontram-se elementos que apontam | Espera-se que os jovens e organizações sociais das Favelas da Tijuca, se apropriem dos dados levantados e possam complementar suas informações na luta pela garantia de direitos da juventude. Neste levantamento encontram-se elementos que apontam para a redução da renda durante a pandemia de covid-19 e seu prejuízo aos projetos sociais de jovens favelados, principalmente nas áreas de educação e cultura. Diversas juventudes locais contribuíram com a consolidação de informações desta pesquisa, que esperamos que sejam apropriadas em suas ações e atividades no território. A construção coletiva sempre foi um fator fundamental nas nossas ações, e desejamos que esse documento seja o início de um processo legítimo, que fortaleça o avanço de um projeto de sociedade que garanta à juventude direitos fundamentais. | ||
Edição atual tal como às 17h38min de 1 de abril de 2024
Inconformados com a realidade social vivenciada no Rio de Janeiro, atravessados por um cotidiano precarizado por conta da ausência do Estado. O Brota na Laje surge a partir de encontros entre jovens de favelas da Tijuca, em especial o Morro do Borel, onde existe um histórico de resistência e insurreições, para discutir a vida política cotidiana e as violações de direitos nestes territórios.
Sobre [editar | editar código-fonte]
Inconformados com a realidade social vivenciada no Rio de Janeiro e atravessados por um cotidiano precarizado pela falta de Políticas Públicas do Estado, o Brota na Laje surge, a partir de encontros entre jovens de favelas da Tijuca, em especial do Morro do Borel, onde houve/há um histórico de resistência e insurreições populares para discutir a vida política e as violações de direitos no cotidiano das pessoas. O Brota é composto por jovens que foram os primeiros de suas famílias a entrar em universidades, mas não os últimos de seu território, como diz Conceição Evaristo. Assim, identificando a falta de oportunidades aos outros jovens de favelas decidimos em 2019 direcionar as atividades do coletivo na criação do primeiro Pré-vestibular Comunitário no Borel, em parceria com a Escola Oga Mitá.
O pré-vestibular[editar | editar código-fonte]
O Brota construiu o pré-vestibular comunitário em parceria com a Escola Oga Mitá, por acreditar que a educação é um dos caminhos que auxiliam no processo de entendimento e tomada de direitos. Procuramos, nesse sentido, não apenas colocar mais jovens favelados nas universidades, mas criar vínculos com os alunos, professores e colaboradores para formular uma rotina de discussões e debates acerca do exercício da cidadania. O projeto teve inicio em 2019 e até hoje (2024) resiste em discutir e desenvolver atividades que envolvem a cidadania ativa e o acesso à direitos.
Para materializar nosso projeto político, desenvolvemos atividades na cidade do Rio de Janeiro, onde não só estimulamos a ocupação e o Direito à Cidade, mas o Direito à Participação Social a partir de debates e aulas públicas nos espaços de cultura e lazer no Rio. Desse modo, pelo Rolé de Direitos vamos desenvolvendo a crítica, a sugestão, a contribuição e a ação que fazem parte do processo democrático.
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Os dados levantados são produtos da parceria do Projeto Tamo Junto e o Coletivo Brota na Laje. Eles foram colhidos no último mês do ano de 2021, utilizando um formulário online, onde os jovens preencheram, exercitando sua participação na produção, na relação e no desenvolvimento de dados que expressam suas realidades. A parceria com o Tamo Junto contou com formações divididas em módulos, sendo o quarto módulo, o desenvolvimento de uma pesquisa, onde os coletivos participantes puderam exercitar a construção de questões para confirmar suas hipóteses sobre os seus objetos de estudos.
A hipótese que o Brota na laje buscou confirmar foi se houve alterações na vida dos jovens de favelas, no período de Covid-19. O Brota na laje colheu cerca de 25 respostas vindas das favelas do Complexo do Borel, Formiga, Salgueiro. Também tivemos respostas vinda da favela do Turano e Benfica. As fotos a seguir tratam-se de um exercício acolhido pelo Brota na Laje a fim de desenvolver a produção de dados que parte de nós para nós.
Espera-se que os jovens e organizações sociais das Favelas da Tijuca, se apropriem dos dados levantados e possam complementar suas informações na luta pela garantia de direitos da juventude. Neste levantamento encontram-se elementos que apontam para a redução da renda durante a pandemia de covid-19 e seu prejuízo aos projetos sociais de jovens favelados, principalmente nas áreas de educação e cultura. Diversas juventudes locais contribuíram com a consolidação de informações desta pesquisa, que esperamos que sejam apropriadas em suas ações e atividades no território. A construção coletiva sempre foi um fator fundamental nas nossas ações, e desejamos que esse documento seja o início de um processo legítimo, que fortaleça o avanço de um projeto de sociedade que garanta à juventude direitos fundamentais.