Ocupa Alemão: mudanças entre as edições
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No dia 5 de dezembro de 2012, às 21h, iniciaram-se, simultaneamente, na [[favela do Borel]] e Nova Brasília - situadas na região da Tijuca e do [[Complexo do Alemão]], respectivamente, no Rio de Janeiro - atos contra a violência do Estado e o racismo nestas favelas, atraindo a curiosidade dos moradores locais. No dia 26 de novembro de 2012, o jovem Mário Lucas, 18 anos, morador do Morro da Fazendinha, no Complexo do Alemão, havia sido assassinado por policiais militares à paisana dentro da própria casa. Dois dias depois, houve um toque de recolher na favela do Borel. Estes dois episódios foram o estopim para os movimentos Ocupa Alemão e [[Ocupa Borel]]. | |||
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O Ocupa Alemão nasceu pela morte, pela dor, causadas pelo [[Racismo na Favela: Como os Moradores Entendem o Preconceito Racial (artigo)|racismo]] institucional, pela violência do Estado ao negro e ao favelado. Na manhã do dia 26 de novembro de 2012, o jovem Mário Lucas, 18 anos, morador do Morro da Fazendinha, no Complexo do Alemão, foi cruelmente assassinado por dois PMs à paisana dentro de sua própria casa.<ref name=":0">LIMA, João. Ocupa Alemão: Coletivo de Jovens Luta Contra a Criminalização do Espaço Público nas Favelas. '''[https://rioonwatch.org.br/?p=7282 RioOnWatch]''', 15 ago. 2013. Acesso em 28 set. 2023.</ref> Dois dias depois, veio o toque de recolher na favela do Borel. Estes dois episódios foram o estopim para que o jovem empresário e estudante de publicidade Luciano Garcia, morador do Complexo do Alemão, se reunisse a um grupo de amigos do Borel e do Alemão e, juntos, promovessem um evento de repúdio à violência policial das UPPs.<ref name=":0" /> | |||
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No dia 5 de dezembro de 2012, às 21h, iniciou-se simultaneamente na favela do Borel e Nova Brasília um ato contra o toque de recolher imposto, atraindo a curiosidade dos moradores locais, sobretudo os mais jovens. O ato contou com conscientização política, microfone aberto a quem desejasse falar e a entrega de uma carta aberta ao comando da [[Unidade de Polícia Pacificadora|UPP]].<ref name=":0" /> Com livre inspiração nas mobilizações internacionais surgidas após o Occupy Wall Street, o Ocupa Alemão e o Ocupa Borel tornaram-se as primeiras iniciativas do gênero organizadas por jovens de favelas cariocas. Logo depois o Ocupa Alemão, de movimento virou um coletivo centrado nas questões de [[Direitos Humanos Grupos Vulneráveis e Violências|direitos humanos]] a fim de (re)virar um movimento organizado de favela de maioria negra.<ref name=":0" /> | |||
O Ocupa Alemão visa resgatar o caráter público dos territórios da favela através de iniciativas. Uma dessas iniciativas é a criação de bibliotecas livres, que são espaços de compartilhamento de conhecimento administradas pelos moradores, incorporando a arquitetura e geografia da comunidade. A primeira biblioteca livre foi inaugurada em maio de 2013 no [[Morro dos Mineiros]], no [[Complexo do Alemão]].<ref name=":0" /> | |||
== Notas e Referências == | |||
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Edição atual tal como às 12h43min de 26 de janeiro de 2024
No dia 5 de dezembro de 2012, às 21h, iniciaram-se, simultaneamente, na favela do Borel e Nova Brasília - situadas na região da Tijuca e do Complexo do Alemão, respectivamente, no Rio de Janeiro - atos contra a violência do Estado e o racismo nestas favelas, atraindo a curiosidade dos moradores locais. No dia 26 de novembro de 2012, o jovem Mário Lucas, 18 anos, morador do Morro da Fazendinha, no Complexo do Alemão, havia sido assassinado por policiais militares à paisana dentro da própria casa. Dois dias depois, houve um toque de recolher na favela do Borel. Estes dois episódios foram o estopim para os movimentos Ocupa Alemão e Ocupa Borel.
História[editar | editar código-fonte]
O Ocupa Alemão nasceu pela morte, pela dor, causadas pelo racismo institucional, pela violência do Estado ao negro e ao favelado. Na manhã do dia 26 de novembro de 2012, o jovem Mário Lucas, 18 anos, morador do Morro da Fazendinha, no Complexo do Alemão, foi cruelmente assassinado por dois PMs à paisana dentro de sua própria casa.[1] Dois dias depois, veio o toque de recolher na favela do Borel. Estes dois episódios foram o estopim para que o jovem empresário e estudante de publicidade Luciano Garcia, morador do Complexo do Alemão, se reunisse a um grupo de amigos do Borel e do Alemão e, juntos, promovessem um evento de repúdio à violência policial das UPPs.[1]
Autoria: Ocupa Alemão
O Movimento[editar | editar código-fonte]
No dia 5 de dezembro de 2012, às 21h, iniciou-se simultaneamente na favela do Borel e Nova Brasília um ato contra o toque de recolher imposto, atraindo a curiosidade dos moradores locais, sobretudo os mais jovens. O ato contou com conscientização política, microfone aberto a quem desejasse falar e a entrega de uma carta aberta ao comando da UPP.[1] Com livre inspiração nas mobilizações internacionais surgidas após o Occupy Wall Street, o Ocupa Alemão e o Ocupa Borel tornaram-se as primeiras iniciativas do gênero organizadas por jovens de favelas cariocas. Logo depois o Ocupa Alemão, de movimento virou um coletivo centrado nas questões de direitos humanos a fim de (re)virar um movimento organizado de favela de maioria negra.[1]
O Ocupa Alemão visa resgatar o caráter público dos territórios da favela através de iniciativas. Uma dessas iniciativas é a criação de bibliotecas livres, que são espaços de compartilhamento de conhecimento administradas pelos moradores, incorporando a arquitetura e geografia da comunidade. A primeira biblioteca livre foi inaugurada em maio de 2013 no Morro dos Mineiros, no Complexo do Alemão.[1]