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A presença do pentecostalismo nas favelas não é recente. Desde a década de 1960, as igrejas pentecostais chegaram nesses territórios, porém sua participação na sociabilidade local não era expressiva. O processo de expansão urbana das igrejas evangélicas, deslanchado a partir da década de 90, ampliou o crescimento das igrejas neopentecostais, que passaram a disputar o território com as igrejas pentecostais, as igrejas católicas e as religiões de matriz africana. | A presença do pentecostalismo nas favelas não é recente. Desde a década de 1960, as igrejas pentecostais chegaram nesses territórios, porém sua participação na sociabilidade local não era expressiva. O processo de expansão urbana das igrejas evangélicas, deslanchado a partir da década de 90, ampliou o crescimento das igrejas neopentecostais, que passaram a disputar o território com as igrejas pentecostais, as [[:Categoria:Igreja católica|igrejas católicas]] e as religiões de matriz africana. | ||
Muitas das igrejas neopentecostais são pequenas denominações fundadas por moradores, que ocupam os lugares, onde antes funcionavam pequenos comércios ou mesmos residências. Essas igrejas reativam a moralidade tradicional, articulando os “juízos do lugar” com a mentalidade evangélica, que atribui motivos religiosos às agruras da realidade, enfatizando a responsabilidade individual, concebida a partir da relação direta crente-Deus, cujo fundamento é a fé. | Muitas das igrejas neopentecostais são pequenas denominações fundadas por moradores, que ocupam os lugares, onde antes funcionavam pequenos comércios ou mesmos residências. Essas igrejas reativam a moralidade tradicional, articulando os “juízos do lugar” com a mentalidade evangélica, que atribui motivos religiosos às agruras da realidade, enfatizando a responsabilidade individual, concebida a partir da relação direta crente-Deus, cujo fundamento é a fé. | ||
Diante desta batalha espiritual, orientam a conduta dos fiéis para vida, conseguindo combinar os valores cristão com os princípios do empreendedorismo nas favelas, permitindo reacender a esperança, numa conjuntura de desemprego estrutural e ausência de políticas públicas. | Diante desta batalha espiritual, orientam a conduta dos fiéis para vida, conseguindo combinar os valores cristão com os princípios do [[Empreendedorismo favelado|empreendedorismo]] nas favelas, permitindo reacender a esperança, numa conjuntura de desemprego estrutural e ausência de [[:Categoria:Políticas Públicas|políticas públicas]]. | ||
== Ver também == | |||
* [[Pentecostalismo e o sofrimento do (ex) bandido - testemunhos, mediações, modos de subjetivação e projetos de cidadania nas periferias (resenha)]] | |||
* [[Racismo Religioso]] | |||
* [[Qual o papel das instituições públicas na superação do racismo religioso? (artigo)]] | |||
* [[Drogas e religião nas favelas]] | |||
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Edição atual tal como às 19h38min de 27 de março de 2024
O pentecostalismo é um movimento do Cristianismo evangélico que dá ênfase especial numa experiência direta e pessoal de Deus através do Batismo no Espírito Santo. O termo pentecostal é derivado de Pentecostes, um termo grego que descreve a festa judaica das semanas.
Diversas pesquisas, de caráter quantitativo e qualitativo, indicam que o pentecostalismo se consolidou, especialmente ao longo dos últimos quarenta anos, como um segmento religioso de bastante destaque nas favelas e periferias das grandes áreas metropolitanas do país.
Autoria: Wania Mesquita
Pentecostalismo nas favelas[editar | editar código-fonte]
A presença do pentecostalismo nas favelas não é recente. Desde a década de 1960, as igrejas pentecostais chegaram nesses territórios, porém sua participação na sociabilidade local não era expressiva. O processo de expansão urbana das igrejas evangélicas, deslanchado a partir da década de 90, ampliou o crescimento das igrejas neopentecostais, que passaram a disputar o território com as igrejas pentecostais, as igrejas católicas e as religiões de matriz africana.
Muitas das igrejas neopentecostais são pequenas denominações fundadas por moradores, que ocupam os lugares, onde antes funcionavam pequenos comércios ou mesmos residências. Essas igrejas reativam a moralidade tradicional, articulando os “juízos do lugar” com a mentalidade evangélica, que atribui motivos religiosos às agruras da realidade, enfatizando a responsabilidade individual, concebida a partir da relação direta crente-Deus, cujo fundamento é a fé.
Diante desta batalha espiritual, orientam a conduta dos fiéis para vida, conseguindo combinar os valores cristão com os princípios do empreendedorismo nas favelas, permitindo reacender a esperança, numa conjuntura de desemprego estrutural e ausência de políticas públicas.