Itamar Silva (entrevista): mudanças entre as edições
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[[Itamar Silva (entrevista)]] é uma entrevista realizada com este líder comunitário do Morro Santa Marta (localizado na Zona Sul do Rio de Janeiro) desde a década de 1980, onde ele discute o impacto da pandemia, destacando a hipocrisia social em relação às favelas. Itamar aborda a história da urbanização no Rio, marcada por remoções nas décadas de 1960 e 1970 que deslocaram trabalhadores para áreas distantes do centro da cidade. E enfatiza a necessidade de enfrentar o racismo, além de discutir o legado dessa discussão na sociedade contemporânea em uma entrevista de 30 minutos, que oferece uma reflexão sobre civilidade. | |||
Autoria: Tatynne Lauria | |||
== Sobre == | == Sobre == | ||
A revolução está acontecendo!<br/> Conversar com Itamar Silva é sempre uma aula ou uma conversa que poderia durar horas e mais horas, um conteúdo necessário para repensarmos nosso lugar como cidadãos hoje. Conheci Itamar na comunidade do Santa Marta | A revolução está acontecendo!<br/>Conversar com Itamar Silva é sempre uma aula ou uma conversa que poderia durar horas e mais horas, um conteúdo necessário para repensarmos nosso lugar como cidadãos hoje. Conheci Itamar na comunidade do [[Santa Marta Favela|Santa Marta]] 10 anos atrás. Sempre muito gentil, me permitiu estar por perto e ser parceira em algumas ações do [[Grupo ECO (Santa Marta)|Grupo Eco]] ao longo desses anos. O Grupo Eco nasce no final de 1976 como um grupo comunitário e em 1981 se tornam a chapa vencedora que vai atuar na liderança da [[Associação de moradores e Movimentos Sociais|associação de moradores]] na comunidade. Desde muito cedo a liderança e a militância estão presentes na sua história. A [[Coronavírus (eixo de análise)|pandemia]] chegou e com isso um certo incômodo “Me incomoda uma frase que se repete, conta Itamar: A pandemia escancarou a realidade das favelas. Uma hipocrisia de uma sociedade que não quer enxergar a realidade", pondera. | ||
E sim, lá na década de 80 já se anunciava que 1/3 da população carioca vivia em favelas. Dentro do processo de remoções que foi muito forte na cidade entre 1965 e 1973, muitas famílias foram deslocadas para uma zona oeste onde não existia nada. Essa massa de trabalhadores, enfrentava com dificuldade o transporte, a educação, a saúde, a dificuldade de terem sido deslocadas para longe do centro da cidade onde trabalhavam nas construções e nas casas de família. Assim se constrói a história da urbanização no Rio. | E sim, lá na década de 80, já se anunciava que 1/3 da população carioca vivia em favelas. Dentro do processo de remoções que foi muito forte na cidade entre 1965 e 1973, muitas famílias foram deslocadas para uma zona oeste onde não existia nada. Essa massa de trabalhadores, enfrentava com dificuldade o transporte, a educação, a saúde, a dificuldade de terem sido deslocadas para longe do centro da cidade onde trabalhavam nas construções e nas casas de família. Assim se constrói a história da urbanização no Rio. | ||
O enfrentamento do racismo, todo esse discurso incomodo sobre a “branquitude”, é necessário para nós entendermos que não haverá mais retrocesso. “Não dá mais para falar da gente sem nos incluir! ”, diz Itamar. Mas qual é o verdadeiro legado dessa discussão na sociedade hoje? O que de fato estamos avistando como mudança? Tudo isso falamos em 30 minutos de bate papo, venham aproveitar esta aula de civilidade. | O enfrentamento do racismo, todo esse discurso incomodo sobre a “branquitude”, é necessário para nós entendermos que não haverá mais retrocesso. “Não dá mais para falar da gente sem nos incluir! ”, diz Itamar. Mas qual é o verdadeiro legado dessa discussão na sociedade hoje? O que de fato estamos avistando como mudança? Tudo isso falamos em 30 minutos de bate papo, venham aproveitar esta aula de civilidade. | ||
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== Entrevista == | == Entrevista == | ||
Um projeto idealizado por Tatynne Lauria, Amaury Sousa e Raphael Andreozzi. Fotografia: Tatynne Lauria Ass. de direção Amaury Sousa Vídeo e edição Raphael Andreozzi | Um projeto idealizado por Tatynne Lauria, Amaury Sousa e Raphael Andreozzi. | ||
Fotografia: Tatynne Lauria | |||
Ass. de direção Amaury Sousa | |||
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== | == Ver também == | ||
*[ | *[[Grupo ECO (Santa Marta)]] | ||
*[ | *[[Dona Marta ou Santa Marta|Dona Marta ou Santa Marta?]] | ||
*[ | *[[Favela Santa Marta – 70 anos]] | ||
*[ | *[[Folia de Reis - Os Penitentes do Santa Marta]] | ||
*[ | *[[Memórias do Morro Santa Marta]] | ||
[[Category:Santa Marta]] [[Category:Temática - Lideranças]] [[Category:Entrevista]] | [[Category:Santa Marta]] [[Category:Temática - Lideranças]] [[Category:Entrevista]] | ||
[[Categoria:Rio de Janeiro]] [[Categoria:Urbanização]] |
Edição atual tal como às 12h07min de 23 de fevereiro de 2024
Itamar Silva (entrevista) é uma entrevista realizada com este líder comunitário do Morro Santa Marta (localizado na Zona Sul do Rio de Janeiro) desde a década de 1980, onde ele discute o impacto da pandemia, destacando a hipocrisia social em relação às favelas. Itamar aborda a história da urbanização no Rio, marcada por remoções nas décadas de 1960 e 1970 que deslocaram trabalhadores para áreas distantes do centro da cidade. E enfatiza a necessidade de enfrentar o racismo, além de discutir o legado dessa discussão na sociedade contemporânea em uma entrevista de 30 minutos, que oferece uma reflexão sobre civilidade.
Autoria: Tatynne Lauria
Sobre[editar | editar código-fonte]
A revolução está acontecendo!
Conversar com Itamar Silva é sempre uma aula ou uma conversa que poderia durar horas e mais horas, um conteúdo necessário para repensarmos nosso lugar como cidadãos hoje. Conheci Itamar na comunidade do Santa Marta 10 anos atrás. Sempre muito gentil, me permitiu estar por perto e ser parceira em algumas ações do Grupo Eco ao longo desses anos. O Grupo Eco nasce no final de 1976 como um grupo comunitário e em 1981 se tornam a chapa vencedora que vai atuar na liderança da associação de moradores na comunidade. Desde muito cedo a liderança e a militância estão presentes na sua história. A pandemia chegou e com isso um certo incômodo “Me incomoda uma frase que se repete, conta Itamar: A pandemia escancarou a realidade das favelas. Uma hipocrisia de uma sociedade que não quer enxergar a realidade", pondera.
E sim, lá na década de 80, já se anunciava que 1/3 da população carioca vivia em favelas. Dentro do processo de remoções que foi muito forte na cidade entre 1965 e 1973, muitas famílias foram deslocadas para uma zona oeste onde não existia nada. Essa massa de trabalhadores, enfrentava com dificuldade o transporte, a educação, a saúde, a dificuldade de terem sido deslocadas para longe do centro da cidade onde trabalhavam nas construções e nas casas de família. Assim se constrói a história da urbanização no Rio.
O enfrentamento do racismo, todo esse discurso incomodo sobre a “branquitude”, é necessário para nós entendermos que não haverá mais retrocesso. “Não dá mais para falar da gente sem nos incluir! ”, diz Itamar. Mas qual é o verdadeiro legado dessa discussão na sociedade hoje? O que de fato estamos avistando como mudança? Tudo isso falamos em 30 minutos de bate papo, venham aproveitar esta aula de civilidade.
Entrevista[editar | editar código-fonte]
Um projeto idealizado por Tatynne Lauria, Amaury Sousa e Raphael Andreozzi.
Fotografia: Tatynne Lauria
Ass. de direção Amaury Sousa
Vídeo e edição Raphael Andreozzi