Inteligência Bandida: mudanças entre as edições
(O artigo que segue é resultado do amálgama de 50 anos de “Leitura de Mundo” com pelo menos 30 anos de experiência com a Educação Popular em favelas e escolas. Trata-se de uma formulação teórica banhada na potência criativa (VIGOTSKI, 1984) que emerge de vivências e experiência de classe nesses espaços.) |
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Edição das 08h17min de 5 de julho de 2023
Autoria, Professores: Rodrigo Torquato (ALFAVELA – UFF); Fábio Rodrigues (SESI – RJ); Willian Alencar (SEEDUC– RJ)
Resumo
O artigo que segue é resultado do amálgama de 50 anos de “Leitura de Mundo” com pelo menos 30 anos de experiência com a Educação Popular em favelas e escolas. Trata-se de uma formulação teórica banhada na potência criativa (VIGOTSKI, 1984) que emerge de vivências e experiência de classe nesses espaços.
Autores
Os autores, além de professores de distintas Instituições de Ensino, são “Crias” de três favelas do Rio de Janeiro: Rocinha, Nova Holanda e Baixa do Sapateiro. As suas trajetórias os levaram a se constituírem como Professores - Pesquisadores dos três Níveis de Ensino Brasileiro (Fundamental, Médio e Superior), atravessados pela Educação Popular em Favelas.
No entanto, ao problematizarem e teorizarem sobre as próprias práticas de pesquisas, constataram, em estudos anteriores já publicados, que estavam diante de um conceito novo, ao qual se denominou “Pesquisas Viscerais”.
Esboço de uma epistemologia das favelas em diálogo com Paulo Freire e Vigotski
O presente artigo é o resultado de um desdobramento, com aprofundamento, dos supracitados estudos e Pesquisas. É deste aprofundamento teórico que emerge a problemática que será apresentada a seguir, ora denominada de INTELIGÊNCIA BANDIDA. É importante ressaltar que não se trata de uma ode à bandidagem das favelas e sim, do resultado de experiências de classes, que se forjaram à revelia das conformações mais cruéis impostas às Classes Trabalhadoras das Favelas, pelo capitalismo brasileiro, um capitalismo dinamizado pela “Dialética da Dependência” (MARINI, 2000) e por uma educação bancária (FREIRE, 1987).
Abstract
The following article is the result of the combination of 50 years of “Reading the World” with at least 30 years of experience with Popular Education in favelas and schools. It is a theoretical formulation immersed in the creative power (VIGOTSKI, 1984) that emerges from experiences and class experience in these spaces. The authors are not only teachers from distinct Teaching Institutions, but “crias” from three favelas in Rio de Janeiro: Rocinha, Nova Holanda and Baixa do Sapateiro.
Their trajectories led them to constitute themselves as teachers - Researchers of the three Levels of Brazilian Education (Fundamental, Middle and Higher Education), associated with Popular Education in Favelas. However, questioning and theorizing about their research practices, they found themselves as teachers - Researchers of the three Levels of Brazilian Education (Fundamental, Middle and Higher Education), associated with Popular Education in Favelas.
However, questioning and theorizing about their research practices, they found, in previous studies already published, which were facing a new concept, called “Visceral Research”. This article is the result of the deepening of these studies and researches. It is from this theoretical deepening that emerges the issue that will be presented below, now called BANDIT INTELLIGENCE. It’s important to emphasize that this is not about the exaltation of the banditry of the favelas, but the result of class experiences, which they were forged despite the cruelest conformations imposed on the Working Classes, by Brazilian capitalism, capitalism dynamized by the “Dialectic of Dependence” (MARINI, 2000) and the banking education (FREIRE, 1987).