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Edição das 14h30min de 15 de setembro de 2023
Cocôzap é um projeto do data_labe de geração cidadã de dados a partir de denúncias sobre os problemas de saneamento básico no conjunto de favelas da Maré, Rio de Janeiro.
Autoria: Arthur William Cardoso Santos e R Ramires
Origem do projeto
O "Cocôzap" é uma iniciativa promovida pelo data_labe, voltada para mapeamento, incidência e promoção da participação cidadã no âmbito do saneamento básico nas favelas. O projeto tem sua atuação centralizada no Complexo de favelas da Maré, uma localidade da Zona Norte do Rio de Janeiro que abriga aproximadamente 140 mil habitantes.
Desde 2018, o grupo executor do projeto, em colaboração com instituições como a Casa Fluminense e a Redes de Desenvolvimento da Maré, tem trabalhado para estabelecer, por meio de um número específico no aplicativo WhatsApp, uma plataforma dedicada para recepção de denúncias, além de promover debates e proposições relativas ao saneamento básico, abastecimento de água e gestão de resíduos sólidos na região.
Funcionamento do Cocôzap
O mecanismo de funcionamento da iniciativa é estruturado de maneira simplificada: os moradores enviam fotos, vídeos e descrições narrativas sobre problemas relacionados ao lixo e ao esgoto para o número do Cocôzap. Esta estratégia permite uma identificação precisa e ilustrativa dos desafios enfrentados diariamente em razão das desigualdades no acesso a serviços públicos essenciais. Com isso, o projeto visa construir uma base de dados robusta, servindo como ferramenta complementar para diagnósticos que auxiliem no desenvolvimento de políticas públicas fundamentadas e eficazes.
Objetivos do Cocôzap
A perspectiva do Cocôzap é fomentar debates que possam intensificar a pressão por políticas mais assertivas e legitimadas, com base em evidências fornecidas diretamente pelos residentes da área afetada. Além do enriquecimento do banco de dados, são realizadas reuniões mensais envolvendo moradores, representantes de escolas, postos de saúde e associações locais, com o objetivo de promover a divulgação do canal de denúncias e incentivar uma discussão contínua sobre as questões sanitárias pertinentes ao bairro.
Como resultados concretos do engajamento e das atividades desenvolvidas, destacam-se a elaboração de uma carta-manifesto e a criação de um plano de monitoramento[1][2]. Ademais, a equipe engajada no eixo de justiça ambiental do data_labe, composta por jovens residentes na favela da Maré, tem produzido reportagens e relatos que delineiam as questões socioambientais do território, contribuindo assim para uma maior visibilidade e compreensão dos desafios enfrentados pela comunidade.
Linha do Tempo
O Cocôzap (Poopoozap) iniciou seus trabalhos com o recebimento de um prêmio no edital da organização não-governamental CIVICUS em 2016. Sua atuação voltada para a compreensão e melhoria das condições sanitárias na região do conjunto de favelas da Maré, no Rio de Janeiro. está detalhada nos principais marcos e desenvolvimentos deste projeto até o ano de 2020.
2016 - Edital Civicus
O Cocôzap foi lançado como resultado da colaboração inicial com a Casa Fluminense, tendo recebido um prêmio para o planejamento do projeto.
2018 - 1º Residência Cocôzap
Nesta fase, três jovens da Maré, com engajamento em causas ambientais, foram selecionados para estruturar o formato do projeto e iniciar os testes práticos nas ruas da comunidade.
2018 - Jogo Sujo
Dentro das atividades da 1º Residência Cocôzap, emergiu uma reportagem investigativa focada na gestão pública do saneamento básico na Maré e as consequências desta para a comunidade.
2019 - 1º Encontro de Saneamento da Maré
O projeto articulou um encontro pioneiro reunindo ativistas, especialistas e moradores da comunidade para uma análise coletiva dos problemas e potenciais soluções para as questões de saneamento básico na favela.
2019 - 2º Residência Cocôzap
Para ampliar o alcance do Cocôzap, duas jovens ativistas ambientais da Maré foram incorporadas para promover o projeto junto a várias instituições situadas no Complexo da Maré.
2020 - 3º Residência Cocôzap
Esta fase teve como objetivo principal a difusão intensiva do projeto pela Maré, no entanto, foi interrompida devido à pandemia de COVID-19. Mesmo assim, houve a oportunidade de conduzir uma pesquisa com 15 famílias da região para entender as relações entre as condições sanitárias e os impactos da pandemia na comunidade.
2020 - Lançamento da Agenda 2030 de Saneamento da Maré
Após a elaboração da Carta do Saneamento da Maré, o projeto em parceria com a Casa Fluminense estruturou uma agenda para endereçar reivindicações políticas relacionadas ao saneamento no território.
2020 - Plano de Monitoramento do Saneamento Básico na Maré
Em uma colaboração com a Embaixada Britânica e o Parque Tecnológico da UFRJ, o Cocôzap lançou um plano compreensivo que consolidou pesquisas, análises e dados sobre o saneamento na Maré, levando em consideração o contexto da pandemia de COVID-19.
2021 - Relatório Cocôzap 5.0
Entre maio e agosto de 2021, o Cocôzap recebeu 229 queixas de saneamento básico nas 16 favelas que compõem o Complexo da Maré, sendo 122 de Esgoto, 78 de Lixo, 23 de Drenagem e 4 de Abastecimento de água.
Políticas Públicas
A partir de estudos, o Cocôzap propõe uma série de políticas para melhoria dos indicadores sobre o saneamento básico no conjunto de favelas da Maré:
- Programa voltados para reciclagem de resíduos sólidos;
- Comunicação de risco;
- Monitorar e fortalecer os programas de saúde;
- Mobilizar e democratizar o conhecimento
- Jardim de chuva.
Parceiros
O Cocôzap tem como parceiras as seguintes organizações:
- Durham University
- Great for Partnership
- Fundo Socioambiental Casa Investindo em Cuidar
- Fundação Heinrich Boll
- Parque Tecnológico da UFRJ
- PUC-PR
- Soltec UFRJ
Contatos e Redes Sociais
E-mail contatococozap@datalabe.org
Ver também
Centro de Estudos e Ações Culturais e de Cidadania (CEACC)
https://mareonline.com.br/direito-ao-saneamento-basico-na-mare/
https://www.parque.ufrj.br/saneamento-basico-e-covid-19-conheca-o-projeto-cocozap/
https://queixasaneamento.herokuapp.com/mapas
https://mareonline.com.br/por-dentro-do-saneamento-basico-na-mare/