Respira Maré (projeto): mudanças entre as edições
(Desde março de 2023, o projeto Respira Maré realizou uma série de diagnósticos sobre a qualidade do ar, identificando as ilhas de calor e observando os impactos na saúde dos moradores da Maré. Os resultados da pesquisa resultaram na publicação "Diagnóstico sobre Ilhas de Calor e Qualidade do Ar nas 16 Favelas da Maré" foi produzido pelo Respira Maré, projeto da Redes da Maré, em parceria com o Instituto Clima e Sociedade (ICS).) |
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Edição atual tal como às 16h19min de 27 de março de 2024
Desde março de 2023, o projeto Respira Maré realizou uma série de diagnósticos sobre a qualidade do ar, identificando as ilhas de calor e observando os impactos na saúde dos moradores da Maré. Os resultados da pesquisa resultaram na publicação "Diagnóstico sobre Ilhas de Calor e Qualidade do Ar nas 16 Favelas da Maré" foi produzido pelo Respira Maré, projeto da Redes da Maré, em parceria com o Instituto Clima e Sociedade (ICS).
Autoria: Redes da Maré[1].
Sobre[editar | editar código-fonte]
O território da Maré localiza-se entre as três principais vias de acesso da cidade do Rio de Janeiro (a Linha Vermelha, a Linha Amarela e a Avenida Brasil), recebendo uma forte poluição atmosférica. Além do tráfego de veículos, a Maré fica a apenas 14 km da Refinaria Duque de Caxias (Reduc) - uma das maiores do Brasil em capacidade instalada de refino de petróleo e uma das principais fontes de poluição atmosférica da região metropolitana.
Atrelado a essa questão, a Maré ainda tem poucas áreas verdes, como o Parque Municipal Ecológico Cadu Barcellos e a Vila Olímpica da Maré, as quais atuam diretamente no controle da temperatura local e sua ausência no território só influencia no aumento de calor anormal (formando as chamadas “ilhas de calor”) frente à tendência de aquecimento global.
De acordo com o relatório “O estado da qualidade do ar no Brasil” (2021) do World Resources Institute (“Instituto de Recursos Mundiais”), os problemas ambientais atingem diferentes regiões e/ou porções da população com impacto desigual: crianças, idosos e pessoas mais pobres estão mais expostos aos efeitos danosos da poluição e do calor extremo. A falta de dados e de regulação jurídica são os principais desafios a serem enfrentados aqui.
Ilhas de calor[editar | editar código-fonte]
A ilha de calor é um fenômeno em que certas áreas dentro de uma cidade se tornam mais quentes do que as áreas vizinhas, devido a fatores locais, como a concentração de asfalto e outros materiais que absorvem calor, edificações e falta de arborização. Uma ilha de calor pode tornar o clima mais quente e desconfortável. Isso leva as pessoas usarem mais ar condicionado e ventiladores, podendo, por exemplo, sobrecarregar a rede de energia elétrica.
De acordo com o diagnóstico, as principais ilhas de calor na Maré estão localizadas na região da Nova Maré (28,3ºC), Baixa do Sapateiro (28,2ºC) e Conjunto Bento Ribeiro Dantas (28ºC)[2].
Ações[editar | editar código-fonte]
Entre as linhas de ação da Redes da Maré, a pesquisa é dividida entre o diagnóstico e produção de conhecimento sobre a região e a incidência nas políticas públicas, sistematização e difusão do saber.
A primeira incluiu a medição de qualidade de ar em todas as 16 favelas da Maré, entre março e setembro de 2023, para a identificação e mensuração das ilhas de calor e seus possíveis motivos, além de um levantamento de dados públicos sobre possíveis doenças motivadas pela má qualidade do ar junto à Coordenadoria Geral da Atenção Primária CAP 3.1.
A segunda linha de ação incluiu diversos encontros com moradores, atores locais e poder público para incidir politicamente sobre os direitos dos mareenses frente a esse contexto.
Clique aqui, acesse o relatório![editar | editar código-fonte]
Ver também[editar | editar código-fonte]
- Mudanças Climáticas e Favelas (artigo)
- Justiça climática
- Justiça hídrica e energética nas favelas (relatório)
- ↑ Conteúdo publicado originalmente pela Redes da Maré e republicado pela equipe do Dicionário de Favelas Marielle Franco.
- ↑ Fonte: Maré Online.