Comunidade chamada Chapéu Mangueira: mudanças entre as edições

Por equipe do Dicionário de Favelas Marielle Franco
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Situado no bairro do Leme e vizinho da comunidade da Babilônia, o Chapéu Mangueira assume certas peculiaridades em sua história. Primeiramente o nome, oriundo de um fusão de características que eram bastante típicas em seu entorno. Segundo os veículos de informação locais, a escolha do nome seria decorrente de uma fábrica de chapéus que havia no momento de sua formação(território ocupado hoje pelo Leme Tênis Clube) das grandes plantações de mangas em seu espaço territorial.  Vale ressaltar que esses veículos eram criados pelos próprios moradores, responsáveis pelo resgate de uma série de informações pertinentes para história do local. Através dos registros de jornais como "O Chapéu", criado pelo Grupo Jovem, cujo objetivo era relatar periodicamente a vida política, social e cultural do local, além de outras publicações relativas ao movimento comunitário de favela e do movimento dos trabalhadores, sabe-se não só a escolha do nome da comunidade, como também o empenho de pessoas e lideranças como Manuel Chicabom, Lúcio Lafaiete, Renèe, Marcela, Bola, Benedita da Silva, Coracy, Filhinha, que através de seu empenho, conseguiram trazer melhores condições para o entorno, como água, luz, escola e escadas.  
 
Situado no bairro do Leme e vizinho da comunidade da Babilônia, o Chapéu Mangueira assume certas peculiaridades em sua história. Primeiramente o nome, oriundo de um fusão de características que eram bastante típicas em seu entorno. Segundo os veículos de informação locais, a escolha do nome seria decorrente de uma fábrica de chapéus que havia no momento de sua formação(território ocupado hoje pelo Leme Tênis Clube) das grandes plantações de mangas em seu espaço territorial. 
 
Vale ressaltar que esses veículos eram criados pelos próprios moradores, responsáveis pelo resgate de uma série de informações pertinentes para história do local. Através dos registros de jornais como "O Chapéu", criado pelo Grupo Jovem, cujo objetivo era relatar periodicamente a vida política, social e cultural do local, além de outras publicações relativas ao movimento comunitário de favela e do movimento dos trabalhadores, sabe-se não só a escolha do nome da comunidade, como também o empenho de pessoas e lideranças como Manuel Chicabom, Lúcio Lafaiete, Renèe, Marcela, Bola, Benedita da Silva, Coracy, Filhinha, que através de seu empenho, conseguiram trazer melhores condições para o entorno, como água, luz, escola e escadas.  
 
Outro dado, que os registros averiguam e legitimam, é a forma de como foi dado o usucapião. Segundo esse jornal, tiveram de medir por sete vezes a área de cada morador, visto que muitos não respeitavam os limites estipulados pela associação. Já o funcionamento da escola veio da construção de um simples barraco de madeira, gerido por Dona Marcela e Benedita da Silva, que aí lecionaram por 13 anos, tendo, anos mais tarde, o convênio com o Município do Rio de Janeiro, que forneceu professores e merenda.
 
Os registros também confirmam que o Grupo de Saúde, formado em 1983, reuniu moradores que, sem recursos financeiros, colocaram anúncios pedindo doações

Edição das 16h58min de 27 de janeiro de 2020

Situado no bairro do Leme e vizinho da comunidade da Babilônia, o Chapéu Mangueira assume certas peculiaridades em sua história. Primeiramente o nome, oriundo de um fusão de características que eram bastante típicas em seu entorno. Segundo os veículos de informação locais, a escolha do nome seria decorrente de uma fábrica de chapéus que havia no momento de sua formação(território ocupado hoje pelo Leme Tênis Clube) das grandes plantações de mangas em seu espaço territorial. 

Vale ressaltar que esses veículos eram criados pelos próprios moradores, responsáveis pelo resgate de uma série de informações pertinentes para história do local. Através dos registros de jornais como "O Chapéu", criado pelo Grupo Jovem, cujo objetivo era relatar periodicamente a vida política, social e cultural do local, além de outras publicações relativas ao movimento comunitário de favela e do movimento dos trabalhadores, sabe-se não só a escolha do nome da comunidade, como também o empenho de pessoas e lideranças como Manuel Chicabom, Lúcio Lafaiete, Renèe, Marcela, Bola, Benedita da Silva, Coracy, Filhinha, que através de seu empenho, conseguiram trazer melhores condições para o entorno, como água, luz, escola e escadas.  

Outro dado, que os registros averiguam e legitimam, é a forma de como foi dado o usucapião. Segundo esse jornal, tiveram de medir por sete vezes a área de cada morador, visto que muitos não respeitavam os limites estipulados pela associação. Já o funcionamento da escola veio da construção de um simples barraco de madeira, gerido por Dona Marcela e Benedita da Silva, que aí lecionaram por 13 anos, tendo, anos mais tarde, o convênio com o Município do Rio de Janeiro, que forneceu professores e merenda.

Os registros também confirmam que o Grupo de Saúde, formado em 1983, reuniu moradores que, sem recursos financeiros, colocaram anúncios pedindo doações