Coletivo Mães da Periferia: mudanças entre as edições
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Autoria: Informações do verbete reproduzidas, pela Equipe do Dicionário de Favelas Marielle Franco, a partir de redes de comunicação oficiais do coletivo. | |||
O Mães da Periferia é um coletivo de mulheres da Zona Leste de Porto Alegre que luta por vida digna e educação popular de qualidade para as periferias, atuando diretamente com famílias em vulnerabilidade social. | [[Arquivo:Coletivo Mães da Periferia..jpg|alt=Coletivo Mães da Periferia.|miniaturadaimagem|Coletivo Mães da Periferia.]] | ||
== História == | == História == | ||
O coletivo Mães da Periferia surgiu há pouco mais de um ano, quando a estudante do curso técnico de Enfermagem Letícia do Nascimento apresentou um trabalho sobre saúde coletiva. Na atividade, a aluna abordou a falta de estrutura mínima na Ocupação Jardim Continental, no Morro Santana, na capital gaúcha, onde residia. Na comunidade, há moradias sem abastecimento de esgoto, água e luz. A coleta de lixo é precária. “Não é sobrevivência, é subviver”, define Letícia. | O coletivo Mães da Periferia surgiu há pouco mais de um ano, quando a estudante do curso técnico de Enfermagem Letícia do Nascimento apresentou um trabalho sobre saúde coletiva. Na atividade, a aluna abordou a falta de estrutura mínima na Ocupação Jardim Continental, no Morro Santana, na capital gaúcha, onde residia. Na comunidade, há moradias sem abastecimento de esgoto, água e luz. A coleta de lixo é precária. “Não é sobrevivência, é subviver”, define Letícia. | ||
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Na ocasião, a professora de Letícia ficou sensibilizada e passou alguns contatos de pessoas que poderiam ajudá-la. A iniciativa resultou no pontapé inicial para a formação do coletivo. | Na ocasião, a professora de Letícia ficou sensibilizada e passou alguns contatos de pessoas que poderiam ajudá-la. A iniciativa resultou no pontapé inicial para a formação do coletivo. | ||
[[Arquivo:LETÍCIA DO NASCIMENTO, ARQUIVO PESSOAL..jpg|alt=Foto de Letícia do Nascimento.|centro|miniaturadaimagem|Foto de Letícia do Nascimento.]] | [[Arquivo:LETÍCIA DO NASCIMENTO, ARQUIVO PESSOAL..jpg|alt=Foto de Letícia do Nascimento.|centro|miniaturadaimagem|Foto de Letícia do Nascimento.]] | ||
Letícia recebeu a doação de 32 cestas básicas e precisou pensar em como estabelecer prioridades e distribuir os alimentos de forma justa. Como era recém chegada na comunidade, a dificuldade era ainda maior. Neste desafio, contou com a ajuda de oito amigas e vizinhas. Juntas, definiram que a preferência seria das mães solo e daquelas com o maior número de crianças, incluindo filhos e enteados. | Letícia recebeu a doação de 32 cestas básicas e precisou pensar em como estabelecer prioridades e distribuir os alimentos de forma justa. Como era recém-chegada na comunidade, a dificuldade era ainda maior. Neste desafio, contou com a ajuda de oito amigas e vizinhas. Juntas, definiram que a preferência seria das mães solo e daquelas com o maior número de crianças, incluindo filhos e enteados. | ||
Assim, surgiu o Mães da Periferia. Em um único dia, foram cadastradas 187 famílias em situação de vulnerabilidade social. De lá para cá, o coletivo mapeou 3,5 mil famílias. | Assim, surgiu o Mães da Periferia. Em um único dia, foram cadastradas 187 famílias em situação de vulnerabilidade social. De lá para cá, o coletivo mapeou 3,5 mil famílias. | ||
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Edição das 20h34min de 14 de agosto de 2023
O Mães da Periferia é um coletivo de mulheres da Zona Leste de Porto Alegre que luta por vida digna e educação popular de qualidade para as periferias, atuando diretamente com famílias em vulnerabilidade social.
Autoria: Informações do verbete reproduzidas, pela Equipe do Dicionário de Favelas Marielle Franco, a partir de redes de comunicação oficiais do coletivo.
História
O coletivo Mães da Periferia surgiu há pouco mais de um ano, quando a estudante do curso técnico de Enfermagem Letícia do Nascimento apresentou um trabalho sobre saúde coletiva. Na atividade, a aluna abordou a falta de estrutura mínima na Ocupação Jardim Continental, no Morro Santana, na capital gaúcha, onde residia. Na comunidade, há moradias sem abastecimento de esgoto, água e luz. A coleta de lixo é precária. “Não é sobrevivência, é subviver”, define Letícia.
Na ocasião, a professora de Letícia ficou sensibilizada e passou alguns contatos de pessoas que poderiam ajudá-la. A iniciativa resultou no pontapé inicial para a formação do coletivo.
Letícia recebeu a doação de 32 cestas básicas e precisou pensar em como estabelecer prioridades e distribuir os alimentos de forma justa. Como era recém-chegada na comunidade, a dificuldade era ainda maior. Neste desafio, contou com a ajuda de oito amigas e vizinhas. Juntas, definiram que a preferência seria das mães solo e daquelas com o maior número de crianças, incluindo filhos e enteados.
Assim, surgiu o Mães da Periferia. Em um único dia, foram cadastradas 187 famílias em situação de vulnerabilidade social. De lá para cá, o coletivo mapeou 3,5 mil famílias.
O trabalho social se expandiu por comunidades de Porto Alegre, Viamão e Alvorada. Hoje, Letícia conta com o apoio de aproximadamente 15 mulheres, que multiplicam seu trabalho nestes territórios. “Queremos potencializar mulheres de áreas distintas para atender em mais comunidades”, explica sobre a atuação no levantamento das áreas e das demandas.