Histórias do Morro do Andaraí: mudanças entre as edições
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Edição das 02h05min de 18 de junho de 2024
O Histórias do Morro do Andaraí é um projeto de pesquisa que visa registrar histórias sobre o Morro do Andaraí, favela situada na Zona Norte do Rio de Janeiro. O projeto iniciado em 2024 visa mapear pontos de cultura, coletivos e associações comunitárias e histórias do Morro do Andaraí e seus moradores.
Autoria: Gabriel Nunes Nobre e parceiros (as).
A pesquisa
O Andaraí, onde fica localizado o Morro do Andaraí, é um bairro histórico, sendo um dos bairros mais antigos do Rio de Janeiro. Situado na, hoje conhecida, como “Grande Tijuca, o Andaraí foi ocupado por padres jesuítas no século XVl, sendo ali construído os primeiros engenhos de cana de açúcar da cidade. A partir do século XIX, passou por um processo de industrialização, tendo sido no bairro instalada a primeira fábrica de tecidos do Rio de Janeiro, a Fábrica São Pedro de Alcântara de Tecidos de Algodão e outras fábricas e comércios, como Companhia Hanseática, onde funcionou a Cervejaria Brahma até o final da década de 1990.
Já o Morro do Andaraí passou a ser ocupado a partir da década de 1930. O origem do nome do morro vem do Tupi "andirá-y", que significa "rio dos morcegos", que hoje em dia é conhecido como o Rio Joana que desce do morro e corta parte do bairro. O Morro do Andaraí tem um histórico de associativismo, como o Grêmio Recreativo Santo Agostinho, fundado em 1967 e a Associação de Moradores do Morro do Andaraí, que teve como uma das fundadoras a moradora Jurema Batista. Além disso, possui a escola de samba Flor da Mina, símbolo da cultura negra, fundada em 1962. A atuação do tráfico de drogas também tornou o bairro conhecido na mídia, chegando a ser intitulada a “República do Pó” nos anos 1990.
Sendo eu, este que escreve essas palavras, nascido no território, há um vínculo afetivo com esse espaço e suas pessoas, o que também facilita o contato com figuras interessantes que podem ser entrevistadas. Outro ponto importante é que o Morro do Andaraí é uma favela pouco representada na plataforma do Dicionário de Favelas Marielle Franco, tornando importante esse esforço de registro de memórias e histórias desse território e de seus moradores.
Metodologia
O trabalho consiste em mobilizar os atores do território através de contatos virtuais e idas presenciais a campo para que possam escrever sobre o que acham relevante no Morro do Andaraí. Está previsto contato com moradores, instituições locais, pesquisadores, tendo em vista também criar uma rede de parceiros do Dicionário de Favelas Marielle Franco, com a plataforma servindo como uma ferramenta política para esses atores.
Está prevista também entrevistas em áudio para registrar histórias de moradores que tenham alguma impossibilidade com a escrita.
Verbetes já produzidos
Verbetes futuros
- Flor da Mina, Pedrinho da Flor, Gesi do Cavaco e Mestre Aranha – por Fábio Carvalho;
- Juventude e drogas: Sociabilidade violenta de um jovem nos anos 80 no Morro do Andaraí - por Anônimo;
- Mitos e folclores da favela;
- Morro do Andaraí – por Gabriel Nunes;
- Ruas relacionadas ao Morro do Andaraí; Ocupação indígena no Andaraí e Cordão Carnavalesco Rosa de Ouro - por Marcello Lemos;
- Andarai Atletico Club;
- Unidos da Paixão;
- Galeria sobre Morro do Andaraí;