Cultura popular do carnaval de Pernambuco: mudanças entre as edições
m (Kharinegil moveu Carnaval de Olinda e Recife para Carnaval de Pernambuco: Carnaval de Pernambuco) |
Sem resumo de edição |
||
Linha 1: | Linha 1: | ||
O Carnaval de Olinda e Recife é uma | O Carnaval de Pernambuco, especialmente em Olinda e Recife, é uma das festas populares mais vibrantes e autênticas do Brasil. Com raízes que remontam ao período colonial, a festa mistura influências europeias, africanas e indígenas, combinando tradições seculares com manifestações contemporâneas. | ||
Autoria: Equipe do Dicionário de Favelas Marielle Franco a partir de outras fontes<ref>[https://escolaeducacao.com.br/carnaval-de-olinda-historia-origem-e-fotos/?utm_source=chatgpt.com#google_vignette Escola Educação]</ref><ref>[https://viagenssemlimites.com.br/2025/01/04/carnaval-em-olinda-e-recife/?utm_source=chatgpt.com Viagens Sem Limites]</ref> | Autoria: Equipe do Dicionário de Favelas Marielle Franco a partir de outras fontes<ref>[https://escolaeducacao.com.br/carnaval-de-olinda-historia-origem-e-fotos/?utm_source=chatgpt.com#google_vignette Escola Educação]</ref><ref>[https://viagenssemlimites.com.br/2025/01/04/carnaval-em-olinda-e-recife/?utm_source=chatgpt.com Viagens Sem Limites]</ref><ref>[http://www.bonecosgigantesdeolinda.com.br/historia.php Embaixada dos Bonecos Gigantes]</ref> | ||
== Carnaval de Olinda == | == Carnaval de Olinda == | ||
As festividades carnavalescas em Olinda remontam ao início do século XX, com o surgimento de clubes carnavalescos como o Misto Vassourinhas e o Misto Lenhadores. Em 1932 ocorreu a estreia do "Homem da Meia-Noite", o primeiro boneco gigante a desfilar pelas ruas da cidade, tradição que perdura até hoje. Esses bonecos, confeccionados com madeira, tecido e papel, representam figuras históricas e contemporâneas, e desfilam durante o carnaval. | As festividades carnavalescas em Olinda remontam ao início do século XX, com o surgimento de clubes carnavalescos como o Misto Vassourinhas e o Misto Lenhadores. Em 1932 ocorreu a estreia do "Homem da Meia-Noite", o primeiro boneco gigante a desfilar pelas ruas da cidade, tradição que perdura até hoje. Esses bonecos, confeccionados com madeira, tecido e papel, representam figuras históricas e contemporâneas, e desfilam durante o carnaval. | ||
Linha 13: | Linha 12: | ||
O Marco Zero, localizado no Recife Antigo, transforma-se no coração das festividades, abrigando palcos com programação diversificada que inclui apresentações de frevo, maracatu, caboclinhos e outras expressões culturais típicas de Pernambuco. A "Noite dos Tambores Silenciosos", realizada na segunda-feira de Carnaval no Pátio do Terço, é um momento de profunda reverência às tradições afro-brasileiras, onde, à meia-noite, todas as luzes se apagam e apenas o som dos tambores ecoa, criando uma atmosfera única e emocionante. | O Marco Zero, localizado no Recife Antigo, transforma-se no coração das festividades, abrigando palcos com programação diversificada que inclui apresentações de frevo, maracatu, caboclinhos e outras expressões culturais típicas de Pernambuco. A "Noite dos Tambores Silenciosos", realizada na segunda-feira de Carnaval no Pátio do Terço, é um momento de profunda reverência às tradições afro-brasileiras, onde, à meia-noite, todas as luzes se apagam e apenas o som dos tambores ecoa, criando uma atmosfera única e emocionante. | ||
== Tradições == | == Tradições == | ||
=== Bonecos de Olinda === | === Bonecos de Olinda === | ||
Os Bonecos Gigantes têm origem na Europa, provavelmente na Idade Média, associados a mitos pagãos que sobreviveram ao período da Inquisição. Essa tradição chegou a Pernambuco por meio da cidade de Belém do São Francisco, no sertão do estado. A história dos bonecos no Brasil começou com um jovem inspirado pelas histórias de um padre belga, que falava sobre o uso de bonecos em festas religiosas na Europa. Em 1919, o primeiro boneco, Zé Pereira, feito de madeira e papel machê, desfilou no Carnaval da cidade. Dez anos depois, surgiu sua companheira, Vitalina. | |||
A tradição ganhou força em Olinda em 1932, com a criação do Homem da Meia-Noite, obra dos artistas Anacleto e Bernardino da Silva. Outros bonecos emblemáticos, como a Mulher do Meio-Dia (1937) e o Menino da Tarde (1974), foram adicionados ao repertório. O artista Silvio Botelho popularizou ainda mais a tradição ao criar o Encontro dos Bonecos Gigantes, um grande desfile realizado na Terça-feira de Carnaval. | |||
Em 2008, uma nova geração de bonecos foi criada por uma equipe de artistas liderada pelo produtor cultural Leandro Castro. Utilizando técnicas modernas, como moldes de argila e fibra de vidro, eles produziram bonecos realistas de personalidades como Luiz Gonzaga, Michael Jackson, Pelé, Ariano Suassuna e muitos outros. Essas peças, com cerca de 3,90 metros de altura, ganharam o apelido de "museu de cera popular itinerante". Desde 2009, a Apoteose dos Bonecos Gigantes acontece no Sítio Histórico de Olinda, reunindo dezenas de bonecos em um espetáculo grandioso. Em 2023, o evento contou com 100 bonecos, celebrando ícones da cultura local, nacional e internacional. Atualmente, os bonecos ficam em exposição permanente na Embaixada de Pernambuco - Bonecos Gigantes de Olinda, localizada no Recife Antigo, onde podem ser apreciados durante todo o ano. Essa tradição continua a encantar foliões e turistas, mantendo viva a cultura e a história de Pernambuco. | |||
=== Papangu === | === Papangu === |
Edição das 15h19min de 17 de fevereiro de 2025
O Carnaval de Pernambuco, especialmente em Olinda e Recife, é uma das festas populares mais vibrantes e autênticas do Brasil. Com raízes que remontam ao período colonial, a festa mistura influências europeias, africanas e indígenas, combinando tradições seculares com manifestações contemporâneas.
Autoria: Equipe do Dicionário de Favelas Marielle Franco a partir de outras fontes[1][2][3]
As festividades carnavalescas em Olinda remontam ao início do século XX, com o surgimento de clubes carnavalescos como o Misto Vassourinhas e o Misto Lenhadores. Em 1932 ocorreu a estreia do "Homem da Meia-Noite", o primeiro boneco gigante a desfilar pelas ruas da cidade, tradição que perdura até hoje. Esses bonecos, confeccionados com madeira, tecido e papel, representam figuras históricas e contemporâneas, e desfilam durante o carnaval.
O frevo, ritmo musical e dança que se originou em Recife, também protagoniza o Carnaval de Olinda. As ruas e ladeiras da cidade são tomadas por desfiles e apresentações de frevo, maracatu, afoxé e outras manifestações culturais com influências africanas, europeias e indígenas, parte da formação cultural da região.
No Recife, o Carnaval destaca-se pela grandiosidade e diversidade de manifestações culturais. O "Galo da Madrugada", fundado em 1978, é reconhecido pelo Guinness Book como o maior bloco carnavalesco do mundo, atraindo milhões de foliões às ruas do centro da cidade no sábado de Carnaval.
O Marco Zero, localizado no Recife Antigo, transforma-se no coração das festividades, abrigando palcos com programação diversificada que inclui apresentações de frevo, maracatu, caboclinhos e outras expressões culturais típicas de Pernambuco. A "Noite dos Tambores Silenciosos", realizada na segunda-feira de Carnaval no Pátio do Terço, é um momento de profunda reverência às tradições afro-brasileiras, onde, à meia-noite, todas as luzes se apagam e apenas o som dos tambores ecoa, criando uma atmosfera única e emocionante.
Tradições
Bonecos de Olinda
Os Bonecos Gigantes têm origem na Europa, provavelmente na Idade Média, associados a mitos pagãos que sobreviveram ao período da Inquisição. Essa tradição chegou a Pernambuco por meio da cidade de Belém do São Francisco, no sertão do estado. A história dos bonecos no Brasil começou com um jovem inspirado pelas histórias de um padre belga, que falava sobre o uso de bonecos em festas religiosas na Europa. Em 1919, o primeiro boneco, Zé Pereira, feito de madeira e papel machê, desfilou no Carnaval da cidade. Dez anos depois, surgiu sua companheira, Vitalina.
A tradição ganhou força em Olinda em 1932, com a criação do Homem da Meia-Noite, obra dos artistas Anacleto e Bernardino da Silva. Outros bonecos emblemáticos, como a Mulher do Meio-Dia (1937) e o Menino da Tarde (1974), foram adicionados ao repertório. O artista Silvio Botelho popularizou ainda mais a tradição ao criar o Encontro dos Bonecos Gigantes, um grande desfile realizado na Terça-feira de Carnaval.
Em 2008, uma nova geração de bonecos foi criada por uma equipe de artistas liderada pelo produtor cultural Leandro Castro. Utilizando técnicas modernas, como moldes de argila e fibra de vidro, eles produziram bonecos realistas de personalidades como Luiz Gonzaga, Michael Jackson, Pelé, Ariano Suassuna e muitos outros. Essas peças, com cerca de 3,90 metros de altura, ganharam o apelido de "museu de cera popular itinerante". Desde 2009, a Apoteose dos Bonecos Gigantes acontece no Sítio Histórico de Olinda, reunindo dezenas de bonecos em um espetáculo grandioso. Em 2023, o evento contou com 100 bonecos, celebrando ícones da cultura local, nacional e internacional. Atualmente, os bonecos ficam em exposição permanente na Embaixada de Pernambuco - Bonecos Gigantes de Olinda, localizada no Recife Antigo, onde podem ser apreciados durante todo o ano. Essa tradição continua a encantar foliões e turistas, mantendo viva a cultura e a história de Pernambuco.