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| Crônicas do cotidiano em algumas favelas cariocas
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| Caterine Reginensi, antropóloga, professora titular Uenf/CCH | | Caterine Reginensi, antropóloga, professora titular Uenf/CCH |
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| A favela não foi feita, mas existe para. Não tem que existir para. Mas, o motivo dela existir é esse. (L., 33 anos, moradora da Rocinha, 2002)
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| (...) o transporte aqui é a melhor coisa que tem aqui dentro, é o transporte, tem transporte para qualquer lugar ...então é a melhor coisa que tem aqui dentro é o meio de transporte. (M., 51 anos morador da na Rocinha, 2006)
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| Se a comunidade tivesse pedido o teleférico, não teria tido! (M., 32 anos morador do Morro da Providência, 2008).
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| Eu não me vejo morando em outro lugar. Eu gosto de sair daqui pra trabalhar, eu gosto de ir e voltar, com aquele calor lá de baixo eu fico doida pra chegar aqui em cima mesmo com mosquito. (E. 58 anos, moradora do Vale Encantado, favela do alto da Boa vista, 2009)
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| Na base, são as falas recolhidas em campo , em pesquisas de abordagem etnográfica, em diversas favelas cariocas. Buscamos a voz, a fala de quem conta o cotidiano e se misturam a narrativa que pertence a pesquisadora. Crônicas de um tempo que já passou, os moradores citados ficam anônimos, mas existem e continuam morando lá ou foram embora. Falam sobre a casa, a rua, o transporte, a convivência. Falam da cidade e seu acesso diferenciado. Espaços/ tempos da vida dentro do morro, das possibilidades e dificuldades a sair do lugar para ir trabalhar, estudar, comprar, receber atendimento quando doente, etc. Relatar os sentimentos e emoções que descrevem estes pedaços de vida em contraste resuma a proposta como contribuição para este Dicionário Carioca de Favelas.
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