Favela do Esqueleto
Inserido pela Equipe do Dicionário de Favelas Marielle Franco
História
A Favela do Esqueleto foi uma favela que existiu até o início da década de 1960 no local onde hoje encontra-se a Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), no bairro do Maracanã, na zona norte da cidade do Rio de Janeiro, no Brasil.
O terreno que hoje abriga a Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), no bairro do Maracanã, daria lugar ao Hospital das Clínicas da Universidade do Brasil. Mas as obras foram abandonadas na década de 1930, deixando apenas o esqueleto de um dos prédios. O edifício, inconcluso, foi sendo ocupado assim como o resto do terreno se transformando no que viria a ser a Favela do Esqueleto.
<main> Ela ganhou ainda mais volume durante a construção do Estádio do Maracanã, logo ao lado, inaugurado em 1950. Incialmente os barracos foram sendo construídos em torno do esqueleto, parte de melhor terreno, mas em poucos anos a favela já era uma das maiores da cidade e possuia uma enorme quantidade de tipos de barracos. Dos mais elaborados, quase casas populares, passando por barracões de madeira, bem estruturados até precárias palafitas em uma área pantanosa num dos braços do Rio Joana. Também haviam barracos do tipo apartamento dentro da estrutura abalada do esqueleto, que havia sofrido seguidos incêndios.
A remoção da Favela do Esqueleto foi consequência da política de remoções que o Estado da Guanabara (sob o comando de Carlos Lacerda), em consonância com o governo militar e com apoio dos Estados Unidos, efetuou durante os anos 1960, transferindo, à força, moradores de favelas das regiões centrais da cidade para conjuntos habitacionais longínquos. Em 1969, começou a ser construído, no local, o campus da Universidade do Estado da Guanabara, aproveitando a estrutura inacabada do hospital do INPS. O campus foi inaugurado em 1976, já com o novo nome da universidade: Universidade do Estado do Rio de Janeiro.
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Referências
- Wikipédia: https://pt.wikipedia.org/wiki/Favela_do_Esqueleto
- Rio Memórias: https://www.riomemorias.com.br/memorias/233