O jogo que mudou a história (resenha)
O Jogo Que Mudou a História é uma série de televisão brasileira produzida pelo Globoplay em parceria com a AfroReggae Audiovisual e a Paranoid, e a primeira temporada foi lançada no streaming em 13 de junho de 2024. O presente verbete pretende apresentar brevemente a trama da série e seus personagens. Baseada em fatos reais dos últimos 40 anos, a produção mergulha no surgimento das facções do narcotráfico a partir de eventos que acontecem no presídio de Ilha Grande e em favelas do Rio de Janeiro.
Autoria: Equipe do Dicionário de Favelas Marielle Franco.
Sobre
Criada e escrita por José Junior em colaboração com Gabriel Maria, Clara Meirelles, Bruno Passeri, Manaíra Carneiro e Bruno Paes Manso, tem direção de Matias Mariani e Claudio Borrelli. A direção geral é de Heitor Dhalia. Conta com atuações de Ana Isabela Godinho, Raphael Logam, Ravel Andrade, Rômulo Braga e Jonathan Azevedo nos papeis principais.
O Jogo Que Mudou a História volta ao Rio de Janeiro do fim dos anos 70 para mostrar a origem das facções do mercado ilegal de drogas na cidade. Inspirada em fatos reais, a trama se desenvolve nos cenários das fictícias favelas de Padre Nosso, Parada Geral e Morro da Promessa, além do presídio de Ilha Grande. É lá que culmina uma guerra que se estende às comunidades e invade até mesmo um campo de futebol com uma fatídica e trágica partida.
A história parte da chegada de dois novatos ao Presídio de Ilha Grande: Egídio (Ravel Andrade) um jovem sem histórico criminal ou de militância política que é preso depois de atropelar a filha de um general, e Jesus Pedra (Raphael Logam), um novo carcereiro que nem imagina o que lhe aguarda na ilha.
Na prisão, dois grupos comandam o lugar. De um lado a falange "Jacaré"; e do outro, a "Turma do Fundão", a futura “Falange Vermelha”, composta por presos políticos e assaltantes de banco, como Chico da Cavanha (Rômulo Braga), Rosevan (Bukassa Kabengele), mais conhecido como Mestre, e Hoffman (Babu Santana). Do lado de fora do presídio de Ilha Grande, o choque entre os dois grupos dominantes também repercute e a “Falange Vermelha” ganha um forte aliado: o famoso Gilsinho (Jonathan Azevedo), carismático líder do tráfico no Morro da Promessa. Dono de um pensamento estratégico e com sua afeição pelos moradores da favela, se transforma em uma figura mítica.
As consequências do embate dentro da prisão também influenciam na rotina de duas favelas vizinhas que antes conviviam em harmonia e agora pertencem a facções rivais: Parada Geral e Padre Nosso. Padre Nosso tem como líder comunitário Amarildo (Pedro Wagner), disposto a fazer de tudo para manter a paz e afastar a violência do local. Durante a trama, um reencontro dele com seu irmão, Belmiro (Jaílson Silva), promete reviravoltas em sua vida. Belmiro é um ex-policial que estava preso em Ilha Grande e tem um passado marcado pela violência.
Enquanto isso, em Parada Geral, um morador, Gegê (Samuel Melo), é craque do time de futebol e deseja uma chance entre os grandes clubes cariocas. Uma dupla de melhores amigos também acompanha o início da rivalidade entre as favelas vizinhas. Os adolescentes Binho (João Fernandes), neto de Amarildo, e Renatinho (Fabricio Assis), sobrinho de Gegê, moram em lados opostos e se conhecem desde a infância. Para completar o trio, tem a boa de bola Ivete (Giulia Tavares), por quem Binho é apaixonado.
Se a rotina de todos já estava estremecida, quando a guerra do tráfico invade o campo, a história pode mudar para sempre. Durante uma emblemática partida de futebol entre os times, a disputa foi muito além do esporte e do apito final, eclodindo uma duradoura e intensa guerra.[1]