Projetos que atuam com crianças em favelas cariocas

Por equipe do Dicionário de Favelas Marielle Franco
Revisão de 16h18min de 7 de julho de 2024 por Kharinegil (discussão | contribs)

A experiência de crianças que residem em favelas e periferias do Rio de Janeiro pode ser bastante atravessada por episódios diários de violências, como operações policiais, conflitos entre grupos armados, criminalização da pobreza, situações de racismo etc. Tais situações afetam diretamente suas infâncias, visto que até a atividade de brincar na rua torna-se um risco pela possibilidade iminente de tiroteios. Diante desse panorama, moradores de diferentes favelas e periferias cariocas construíram projetos a partir da mobilização comunitária, com o propósito de atuar diretamente com esses indivíduos, e assim promover arte, cultura, direitos, diversão e brincadeiras. O presente verbete se propõe a apresentar brevemente alguns desses projetos.

Autoria: Kharine Gil

Recriando manguinhos

O Projeto "Recriando Manguinhos" foi criado em 2015 por moradores do Complexo de Favelas de Manguinhos com o objetivo de realizar atividades recreativas, lúdicas, culturais e educativas com crianças da região.

Segundo moradores envolvidos no projeto, tornou-se comum ouvir reclamações de crianças de que, no horário em que não estavam na escola, tinham medo de brincar nas ruas e nas praças próximas às suas casas. Assim, o grupo de vizinhos reuniu adultos interessados  em  se revezar para, nas  tardes  de sábado, realizar diferentes tipos  de brincadeiras  com  as  crianças  daquele  território  utilizando  objetos,  jogos,  músicas, atividades de desenho, pintura, escrita, dentre outros.[1]

O projeto atua com crianças de 6 a 14 anos por meio de atividades como músicas, contação de histórias e artes diversas. Alguns de seus objetivos são

Favelas do Brincar

Projeto Juvenudes e EDUCAP

Memórias e Identidade do Tijolinho

  1. SIMÕES, G. L.; SILVA, M. F. “Eu quero brincar em paz”: os efeitos dos discursos produzidos sobre a favela no cotidiano das crianças que habitam esses territórios. Revista da Anpoll. Florianópolis, v. 53, n. 2, p. 349-365, maio-ago., 2022