Rede de Instituições do Borel
Inicialmente chamada de Rede Social Borel, o coletivo, fruto da união de diversas organizações sociais presentes no território do Borel, surgiu em 2010.
Inicialmente, num contexto de relações entre pessoas que se conheciam e que desenvolviam alguma ação no território. Essa ligação social ao longo do tempo foi construindo uma identidade de grupo através da troca de ideias esporádicas sobre como promover o Desenvolvimento Local. A comunicação, a cooperação mútua, a luta pela melhoria da qualidade de vida comunitária, a facilidade de diálogo entre o grupo, a forte representação institucional e a percepção coletiva de um cenário oportuno levou-se naturalmente a considerar uma formação mais organizada de atuação.
"Indo na contracorrente daquela visão que afirmava a centralidade da polícia, a Rede acionava mais uma vez o discurso dos direitos, ressaltando que a “construção da paz” e a “integração das favelas” não se dariam pelo caminho que vinha sendo imposto pelos policiais. Ao mesmo tempo, afirmavam que, se havia de fato uma nova forma de presença do Estado nas favelas, as formas historicamente reconhecidas de fazer política nessas localidades também deveriam se modificar. Com esse discurso, se colocavam como um novo ator que queria ser levado em consideração no diálogo com as diferentes esferas do governo – “queremos conversar como gente grande”. Neste sentido, disputavam com as tradicionais associações de moradores o papel da mediação com o poder público."(ROCHA, Lia. et al.,2018, p. 223)
Organizações Participantes Ações Desenvolvidas Publicações
Referências
ROCHA, Lia et al. Crítica e Controle Social nas margens da cidade. in: Revista de @ntropologia da UFSCar, 10 (1), jan./jun. 2018, pp. 216-237.