Cozinhas Solidárias

Por equipe do Dicionário de Favelas Marielle Franco
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As cozinhas solidárias no Brasil são uma forma de tecnologia social voltada para o combate à fome e à insegurança alimentar. Durante a pandemia de COVID-19, essas iniciativas se expandiram rapidamente, impulsionadas por movimentos sociais e organizações da sociedade civil, com o objetivo de fornecer refeições gratuitas e saudáveis para pessoas em situação de vulnerabilidade. Em 2023, o governo federal consolidou essas iniciativas ao regulamentar o Programa Cozinha Solidária, estabelecendo uma política pública de combate à fome e de promoção da segurança alimentar.

Foto: Wellington Lenon/MST usada na matéria do Alma Preta





Autoria:  Equipe do Dicionário de Favelas Marielle Franco

Sobre as Cozinhas Solidárias

As cozinhas solidárias emergiram durante a pandemia de COVID-19, em um contexto de crescente insegurança alimentar e crise econômica. Inicialmente organizadas por movimentos sociais como o MST, MTST, e a Ação da Cidadania, essas cozinhas visavam garantir que pessoas em situação de vulnerabilidade tivessem acesso a refeições diárias. Além disso, surgiram em favelas e periferias, onde o impacto da pandemia foi mais severo. Essas iniciativas também incentivaram a criação de hortas comunitárias e o consumo de alimentos in natura, promovendo a soberania alimentar. Com o tempo, essas ações se ampliaram e ganharam apoio de organizações da sociedade civil e, posteriormente, do governo federal.

Objetivo

O objetivo principal das cozinhas solidárias é garantir o direito à alimentação de pessoas em vulnerabilidade social, oferecendo refeições saudáveis e gratuitas. Elas também atuam como espaços de integração comunitária, formação social e promoção da saúde, além de fortalecerem os laços sociais nas comunidades onde estão inseridas. O Programa Cozinha Solidária, regulamentado pela Lei nº 14.628/2023, institucionalizou essas ações, garantindo recursos para sua continuidade e expansão em todo o território nacional.

A Importância Durante a Pandemia

A pandemia de COVID-19 foi um momento crucial para a expansão das cozinhas solidárias. Com o aumento do desemprego e a intensificação da fome, essas iniciativas se tornaram fundamentais para milhões de brasileiros que passaram a depender de refeições gratuitas para sobreviver. Além da distribuição de alimentos, as cozinhas solidárias desempenharam um papel importante na educação sobre alimentação saudável e sustentável, incentivando o consumo de produtos locais e de hortas comunitárias, e conectando a luta contra a fome com a soberania alimentar.

Quantas Cozinhas Solidárias Existem no Brasil?

Segundo dados do governo federal, há cerca de 2.400 cozinhas solidárias ativas no Brasil. Essas cozinhas são responsáveis por fornecer mais de 1 milhão de refeições por mês. Elas fazem parte de uma rede de apoio que começou de forma espontânea durante a pandemia e foi posteriormente estruturada com o apoio do Programa Cozinha Solidária, em colaboração com movimentos sociais e organizações da sociedade civil.

Políticas Públicas e Cozinhas Solidárias

O Programa Cozinha Solidária, criado pelo governo federal em 2024, visa garantir o apoio financeiro e logístico necessário para a continuidade das cozinhas solidárias. Vinculado à Secretaria Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional, o programa apoia a compra de alimentos da agricultura familiar e modernização das cozinhas. Além disso, o governo também promove a articulação entre as cozinhas e outros programas, como o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), garantindo que alimentos frescos e saudáveis cheguem às populações mais vulneráveis.


Ver também[editar

Movimentos populares contra a COVID-19

Painel Unificador Covid-19 nas favelas

Radar Covid-19 nas Favelas (boletim)

Painéis Covid 19 nas favelas (debate)

Instagram do Plano

Cadu Barcellos