Grupo Código

Por equipe do Dicionário de Favelas Marielle Franco
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Grupo Código é uma associação cultural sem fins lucrativos fundada por jovens artistas e sediada na cidade de Japeri na Baixada Fluminense. Seu trabalho tem sido pautado em três eixos: Companhia artística profissional, Espaço Cultural e Oficinas de Teatro para a Comunidade.

Autoria: Equipe do Dicionário de Favelas Marielle Franco a partir de informações reproduzidas dos canais de comunicação oficiais do grupo.[1]

Sobre[editar | editar código-fonte]

Logomarca utilizada pelo grupo em suas redes oficiais.

O Grupo Código é uma associação cultural sem fins lucrativos fundada por jovens artistas e sediada na cidade de Japeri, na Baixada Fluminense. Seu trabalho tem sido pautado em três eixos: Companhia artística profissional, Espaço Cultural e Oficinas de Teatro para a Comunidade.

O grupo é fruto do projeto Tempo Livre, do SESC RIO em parceria com o Grupo Nós do Morro. Além de artistas, os integrantes do grupo também têm eu seu histórico a dedicação à Educação. Em 2024, completa 19 anos de existência.

Frentes de Trabalho[editar | editar código-fonte]

O Grupo Código possui três frentes de trabalho:

Companhia Profissional[editar | editar código-fonte]

O grupo cria e produz espetáculos teatrais, além de circular em festivais e em temporadas dentro e fora do estado do Rio de Janeiro. Também desenvolve pesquisa de linguagem com base no “atravessamento pelo território” e pesquisa acadêmica no âmbito teatral e cultural. O grupo promove formação de seus integrantes através de cursos, oficinas e intercâmbios com profissionais e participa em redes de agentes de teatro: Rede Baixada Em Cena (Prêmio Shell na categoria Inovação em 2017) Frente Teatro RJ.

Oficina de Teatro[editar | editar código-fonte]

Promoção de formação na área do teatro a partir de oficinas gratuitas para crianças, jovens e adultos da cidade de Japeri com criação, produção e circulação de espetáculos.

Espaço Cultural Código[editar | editar código-fonte]

Promoção de atividades artísticas, frutos de projetos do grupo e de coletivos e grupos vindos de outros locais visando à diversidade de linguagens e estéticas a preços populares para os moradores da cidade de Japeri.

Oferecimento de programação com atividades artísticas como espetáculos teatrais, exibição de filmes e debates.

Cia Código[editar | editar código-fonte]

Em 15 anos de atividades ininterruptas, o Grupo Código é uma das companhias mais reconhecidas da Baixada Fluminense, com 11 espetáculos em seu repertório e diversas indicações e prêmios em festivais realizados (dentro e fora do estado do RJ) em alguns dos estados brasileiros. A Companhia já foi patrocinada pelas principais fontes públicas e privadas de financiamento à Cultura no país, como a Petrobras, a Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa/RJ, a FUNARTE através do Ministério da Cultura e o Sistema S, na figura do SESC,  FIRJAN SESI e a OI (através do seu braço social OI FUTURO).

Criada em 2005, a partir do projeto TEMPO LIVRE, uma iniciativa do Sesc Rio com a parceria do grupo Nós do Morro, a companhia profissional conta atualmente com 8 integrantes.

De 2005 a 2007, a companhia produziu e circulou com três espetáculos: “O Código” em duas versões – a primeira dirigida por Alexandre Bordallo e a segunda sob a supervisão artística de Miwa Yanagizawa; “Censura Livre”, uma adaptação de “Liberdade, Liberdade” de Flávio Rangel e Millor Fernandes  e “Do lado de Cá”, criação coletiva, ambos dirigidos também por Miwa.

Após o fim do projeto, em 2009, a companhia foi contemplada pelo edital Montagem Cênica da SEC (Secretaria de Estado de Cultura) do Rio de Janeiro para a montagem de uma adaptação de “Um Inimigo do Povo” de Henrik Ibsen. A peça, co-dirigida por Miwa Yanagizawa e Bruno W. Medsta, ex-integrante do Grupo, “Inimigo do Povo” é o espetáculo mais premiado e o que mais circulou por festivais. Em 2010, por exemplo, a peça é selecionada para a Mostra Fringe do Festival de Curitiba, onde faz quatro apresentações e participa de inúmeros outros festivais pela região sudeste como a 8ª edição do Festival de Teatro da Cidade do Rio de Janeiro. Esta foi a primeira vez que o grupo se apresentou na capital do estado com um espetáculo na íntegra (Censura Livre), no Teatro Princesa Isabel, em Copacabana.

Já com o espetáculo “Inimigo do Povo” ganha três prêmios (Destaque Atriz Coadjuvante, Destaque de Cenário e de Espetáculo) no Festival da FETAERJ (sete indicações), Prêmio de melhor texto adaptado no Festival Nacional de Teatro de Rio das Ostras (2010), participou de inúmeros festivais tendo passado pelo estado de Minas Gerais, no II Profesteatro da cidade de Congonhas,  e por diversas cidades do estado do Rio de Janeiro: VII Festival Nacional de Teatro de Duque de Caxias, VII Festival Nacional de Teatro de Rio das Ostras, Baixada Encena 2010, 32º Paschoalino – Festival da FETAERJ  Federação de Teatro Associativo do Estado do Rio de Janeiro, II Festival de Inverno de Queimados e  do X Encontrarte, mais importante festival de teatro da Baixada Fluminense realizado em 2011.

Nesse mesmo ano, a companhia ganha o Prêmio do Fórum Cultural da Baixada Fluminense na categoria Artes Cênicas. Em 2012, “Inimigo do Povo” fica em cartaz durante o mês de agosto no Teatro Municipal Ziembinski na Tijuca e os anos iniciais da trajetória do Grupo são retratados no livro “A Favela como palco e personagem”, uma versão da tese de doutorado da professora Marina Henriques (UNIRIO).

Em 2013, a companhia monta seu primeiro espetáculo infanto-juvenil. A criação coletiva “A Caminho de Belém – a cidade que tudo tem” com o patrocínio da Petrobras através do Edital Montagem Cênica. Em 2014, o grupo foi uma das dez iniciativas da Baixada Fluminense indicadas ao Prêmio de Cultura promovido pelo Governo do Estado do Rio de Janeiro. Durante esse mesmo ano, obteve o patrocínio de manutenção da maior investidora de cultura do Brasil: a PETROBRAS, através da lei estadual de incentivo à Cultura, onde remontou três espetáculos de seu repertório e montou a obra inédita “Naquele Instante” com a inteinterlocução artística de Miwa Yanagizawa.

Em 2016, a companhia é selecionada pelo Edital Cena Aberta da FUNARTE para ocupar o Teatro Glauce Rocha com o espetáculo “Naquele Instante”.

Em 2017, com o apoio do SESC, a companhia monta o espetáculo “Eu quase não apareci hoje”, uma criação coletiva experienciada dentro do campo do pós-dramático sob a direção de Bruno W. Medsta e supervisão artística de Renato Linhares e Marina Vianna. Com essa peça, circula unidades do Sesc por meio do projeto SESC Territórios.

Em 2018, seus integrantes participam do documentário, pré-indicado ao Oscar 2019, “Dedo na Ferida” de Sílvio Tendler. Além de ter parte da sua história retratada, a companhia é responsável pela trilha sonora do filme com duas músicas de seus espetáculos. Nesse mesmo ano, a companhia é selecionada pelo Edital SESI FIRJAN Novos Dramaturgos para montar o texto “Trilhos” de Suellen Casticini. A peça, dirigida por Débora Crusy, estreou em janeiro de 2019 no Teatro Firjan Sesi Jacarepaguá e circulou pelos principais festivais de teatro da Baixada Fluminense. Além disso, monta, de forma independente, o espetáculo “Agbara”, uma criação das atrizes japerienses Carol França e Rita Diva, uma incursão na pesquisa sobre o sagrado feminino e suas interseccionalidades (classe social e raça).

No final daquele ano, a companhia alcança a segunda colocação do Edital de Montagem Teatral promovido pela FUNARJ (Fundação Anita Mantuano de Artes do Rio de Janeiro) para a criação do espetáculo “Muros”, uma adaptação do texto “Muros agudos iguais a fome” do dramaturgo cearense Yuri Marrocos (12º espetáculo do grupo). Este ano, a companhia foi uma das selecionadas para o Edital “Primeiros Olhares” promovido pelo SESC para a montagem do seu segundo espetáculo infantil, “Até aonde vão suas raízes”, de autoria de Juliana França sobre a ancestralidade negra.

O Grupo Código é um dos principais articuladores da Rede Baixada Em Cena, coletivo formado por 16 grupos teatrais da Baixada Fluminense. Em 2017, a Rede Baixada Em Cena ganhou o Prêmio Shell na categoria Inovação graças a essa articulação. Atualmente, a companhia também faz parte da Rede Frente de Teatro RJ, movimento que reúne mais de vinte grupos  e artistas independentes de teatro da região metropolitana e interior do estado do Rio de Janeiro.

Desde 2015, a companhia é uma das que coordenam junto ao corpo docente composto pelas professoras Ana Achcar, Marina Vianna e Inês Cardoso, o Projeto Artes Cênicas em Extensão da UNIRIO (Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro).

Atualmente, o grupo é uma das organizações selecionadas da iniciativa OI Impulso, uma mentoria de gestão de projetos organizada pela Oi Futuro e o Instituto Ekloos.

Produções do Grupo Código[editar | editar código-fonte]

Redes Sociais[editar | editar código-fonte]

Site

Instagram

Facebook

Youtube

Ver também[editar | editar código-fonte]

Japeri

Juliana França

Rita Diva

  1. Site oficial do Grupo Código.