1º Encontro Providência ODS3

Por equipe do Dicionário de Favelas Marielle Franco
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As favelas, frequentemente associadas à carência e à vulnerabilidade, são também espaços de resistência e inovação, onde moradores e coletivos desenvolvem propostas e soluções para enfrentar os desafios cotidianos. A luta por direitos básicos, como saúde, moradia e segurança, é uma constante nesses territórios, onde a violação desses direitos é uma realidade persistente. No entanto, além de reivindicar garantias constitucionais, os movimentos sociais das periferias têm se destacado por apresentar alternativas concretas para a construção de políticas públicas mais eficazes e inclusivas.


Abordagens do Tema:

1. Negligência Estatal e Resistência:

  A escritora Carolina Maria de Jesus, em sua obra "Quarto de Despejo", denunciou a negligência do Estado em relação às populações periféricas, destacando a falta de acesso a direitos básicos. Sua crítica permanece atual, refletindo a realidade de muitas comunidades que continuam a lutar por reconhecimento e justiça social.

2. Constituição de 1988 e Direitos Sociais:

  A Constituição Brasileira de 1988 estabeleceu um marco importante ao garantir direitos sociais como saúde, educação e moradia. No entanto, a efetivação desses direitos nas periferias ainda é um desafio, exigindo pressão constante dos movimentos sociais para que as políticas públicas sejam implementadas de forma equitativa.

3. Política Nacional de Promoção da Saúde:

  A Política Nacional de Promoção da Saúde (PNPS) é um exemplo de iniciativa que busca reduzir as desigualdades no acesso à saúde, mas sua aplicação nas periferias muitas vezes esbarra em desafios estruturais, como a falta de infraestrutura e recursos.

4. Participação Popular e Direito à Cidade:

  A participação popular é um elemento central na construção de políticas públicas mais eficazes. Movimentos sociais favelados têm defendido o "direito à cidade", conceito que engloba o acesso a serviços públicos, mobilidade urbana e participação nas decisões que afetam suas comunidades.

Destaque Metodológico:

A metodologia utilizada para abordar os temas relacionados às periferias e à garantia de direitos é profundamente participativa e dialógica. Centralizada na **exposição de uma cartilha para leitura em conjunto, essa abordagem promove um espaço de reflexão coletiva e engajamento comunitário. A cartilha serve como ponto de partida para provocações que estimulam o debate, incentivando os participantes a compartilharem suas experiências, opiniões e soluções para os desafios enfrentados em seus territórios.

Essa dinâmica é marcada por uma força participativa intensa, onde as contribuições dos participantes não se limitam a ideias abstratas, mas são carregadas de relatos vividos, trazendo à tona histórias reais de resistência, superação e luta. Esses relatos, repletos de vivacidade e autenticidade**, não apenas enriquecem o debate, mas também servem como fonte de inspiração para todos os envolvidos, fortalecendo o senso de coletividade e a construção de soluções conjuntas.

O encontro foi iníciado com um boas vindas e em seguidas, a cartilha como instrumento inicial, foi distribuída para orientação da discussão, apresentando conceitos, dados e contextos sobre os direitos sociais e a realidade das periferias. Em seguida o vídeo do Guilherme Pimentel foi passado e iniciada as rodas de perguntas com os temas provocativos foram introduzidos para estimular a reflexão crítica e o diálogo, garantindo que todas as participantes se sintissem à vontade para contribuir.

A metodologia valoriza as experiências pessoais, criando um espaço seguro para que as participantes compartilhem suas histórias, muitas vezes marcadas por lutas e conquistas. Os relatos e contribuições, carregados de vivacidade, servem como motivação para a ação coletiva, reforçando a ideia de que as soluções surgem a partir da união e da troca de saberes.

Um lanche é servido ao final para comunhão e fortalecimento dos vínculos. Essa abordagem não apenas informa, mas também empodera os participantes, transformando o debate em uma ferramenta de mobilização e construção de políticas públicas mais inclusivas e eficazes.

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Referências e Conceitos Chave:

- Carolina Maria de Jesus: Sua obra literária e ativismo destacam a realidade das periferias e a luta por direitos. - Constituição de 1988: Garante direitos sociais, mas sua implementação nas periferias ainda é insuficiente. - Política Nacional de Promoção da Saúde: Busca reduzir desigualdades, mas enfrenta desafios nas periferias. - Direito à Cidade: Conceito que defende o acesso equitativo aos recursos urbanos e a participação popular. - Movimentos Sociais Favelados: Grupos organizados que lutam por direitos e propõem soluções para suas comunidades.

Palavras-Chave: Direitos sociais, Justiça social, Favela, Políticas públicas, Resistência, Participação popular, Direito à cidade.