Turbante, não é adereço, é resistência ancestral!

Por equipe do Dicionário de Favelas Marielle Franco
Revisão de 16h30min de 20 de março de 2025 por Lu Martins (discussão | contribs) (O texto pretende fazer uma breve análise sobre o uso do turbante para além de um adereço estético, mas como um instrumento de história, cultura e ancestralidade.)
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Ao andarmos pelas ruas e esquinas das favelas, podemos ver lindas pessoas empoderadas utilizando seus turbantes, das mais diversas cores, tamanhos e formatos em suas cabeças. A utilização do pano, que em algum tempo foi um alvo para expressões racistas, hoje em territórios predominante negros, sido retomado como símbolo de resistência, moda e personalidade, independente da identidade de gênero.

Contudo, é importante relembrar que os famosos Turbantes, não são apenas adereços, eles são símbolos de resistência ancestral vindos das diásporas Africanas, que em suas culturas e costumes, possuem uma pluralidade de funções:

Desde do antigo Egito, as figuras e registros históricos apresentam de forma clara a utilização do turbante por faraós, suas companheiras e demais egípcios da Época.

Os turbantes podem ser utilizados com a finalidade de proteger o ori, fonte de energia localizada no centro da cabeça humana, muito referenciada em religiões de matrizes africanas.

Além de fazerem parte da vestimenta tradicional de vários países africanos, como peças fundamentais para casamentos, funerais e comemorações, as cores e formas em que o turbante é amarrado, expressam também o local de onde de origem da pessoa, se é solteira ou casada ou mesmo sua classe social.

Outra utilidade é a proteção dos raios solares. Com o clima mais quente e temperaturas altíssimas, o turbante servem de refrigério e proteção a queimaduras naturais.

E por último, mas não menos importante, os turbantes também são utilizados como suporte amarrado no tronco do corpo para carregar filhos ou objetivos necessários.

Fato é que, o turbante possui inúmeras utilidades e é potente o ato de podermos utiliza-lo quando e da forma em que quisermos! Seja nas vielas das favelas ou nas ruas da zona sul, o uso do turbante, faz parte de nossa história, dos nossos ancestrais e de nós.



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