Fome como problema estrutural e histórico.

Por equipe do Dicionário de Favelas Marielle Franco
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A fome transcende a visão reducionista de um problema individual e técnico, evidenciando seu caráter estrutural e histórico, que reflete as contradições da sociedade capitalista, marcadas pela desigualdade na distribuição de recursos e na priorização do lucro em detrimento do bem-estar coletivo. Desta forma, pode-se observar que, pesar dos avanços tecnológicos e do aumento significativo na produção global de alimentos, a fome continua sendo um desafio persistente, no Brasil e no mundo. Nesse cenário, é necessário reconhecer que erradicar a fome exige mais do que soluções técnicas ou intervenções de curto prazo, requer transformações profundas nas estruturas sociais, econômicas e políticas. A análise das relações entre natureza e produção de alimentos evidencia como o modelo capitalista impacta profundamente as interações humanas com o meio ambiente, institui uma lógica de mercantilização transformou a terra, os alimentos e as relações humanas em bens subordinados às dinâmicas do mercado, desconsiderando implicações sociais, ambientais e éticas. Uma dissociação entre homem e natureza que resultou em práticas agrícolas intensivas, degradação ambiental e agravamento das desigualdades sociais, comprometendo a segurança alimentar das populações vulneráveis.