Tijolinho

Por equipe do Dicionário de Favelas Marielle Franco
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Autoria: Equipe do Dicionário de Favelas Marielle Franco

História

O Tijolinho, área específica da Nova Holanda, entre a Rua Principal e a Tancredo Neves, delimitada também pelas ruas Esperança e Américo de Oliveira, é marcada por transformações urbanas e sociais.

O Tijolinho já foi conhecido como Duplex, parte do histórico Centro de Habitação Provisória (CHP) construído no governo Carlos Lacerda (1960-1965). Durante o aterramento da Baía de Guanabara (atual fim da Rua Teixeira Ribeiro), famílias removidas de favelas como Praia do Pinto, Morro da Formiga e Favela do Esqueleto foram realocadas em barracos de madeira no CHP - um projeto batizado de "Holanda", que deu origem ao nome Nova Holanda.

Entre 1962 e 1963, surgiram 981 casas de madeira (5x10m). O "segundo setor", conhecido como Duplex, tinha 228 unidades divididas em 39 blocos de dois pavimentos: térreo (sala, cozinha e banheiro) e andar superior (dois quartos). Com o tempo, incêndios, inundações e deterioração fizeram os moradores substituírem as tábuas por alvenaria, criando os atuais sobrados de 4-5 andares.

Embora essa narrativa seja associada à Nova Holanda como um todo, não há registros precisos que liguem o grande incêndio de 1967 especificamente à área hoje chamada Tijolinho. [1]

Atualmente, o Tijolinho está localizado em uma área com 233 unidades habitacionais e cerca de 1.000 habitantes.[2]

Arte e cultura

Espaço Tijolinho

Localizado na rua Carlos Lacerda, o projeto atende crianças, jovens e adultos com diversas atividades, como aulas de desenho e leitura, desenvolvimento pessoal e artes marciais (luta livre, jiu-jitsu, karatê, wrestling e jiu-jitsu infantil).[1]

Crias do Tijolinho

Idealizado pela fotógrafa Kamila Camillo em 2019, o projeto Crias do Tijolinho utiliza a fotografia e outras linguagens visuais como ferramentas de expressão e registro do cotidiano pelas crianças do território.[1]

Galeria Tijolinho

Kamilla também organiza o projeto Galeria Tijolinho, que consiste em grafitar os muros da favela com artes coloridas e que retrarema realidade e os personagens locais.[1]

Projeto Melhorias Habitacionais em Rede no Tijolinho: implementação e difusão de saberes integrados

Entre agosto de 2022 e março de 2023, foi desenvolvida no Tijolinho uma iniciativa que buscou enfrentar desigualdades estruturais combinando intervenções físicas com produção de conhecimento coletivo.

Foram realizadas iIntervenções em 3 unidades habitacionais, melhorando condições de ventilação e iluminação - aspectos críticos para saúde, especialmente no contexto pós-pandêmico; requalificação de um espaço público comunitário; elaboração participativa de uma cartilha técnica e evento de socialização dos resultados com moradores.

O projeto foi realizado pelo Observatório de Favelas (através do programa Território Inventivo) e a Faculdade de Arquitetura da UFRJ.[2]

Notas e referências

  1. Ir para: 1,0 1,1 1,2 1,3 VAZ, Carolina. Que lugar é esse: Tijolinho. O Cidadão Online, 2025. Disponível em: https://jornalocidadao.net/que-lugar-e-esse-tijolinho/​. Acesso em: 11 abr. 2025.
  2. Ir para: 2,0 2,1 OBSERVATÓRIO DE FAVELAS. Melhorias Habitacionais em Rede no Tijolinho: implementação e difusão de saberes integrados. Rio de Janeiro: Observatório de Favelas, [2023]. Disponível em: https://observatoriodefavelas.org.br/projetos/melhorias-habitacionais-em-rede-no-tijolinho-implementacao-e-difusao-de-saberes-integrados/​. Acesso em: 11 abr. 2025.