Morro do Salgueiro
Salgueiro
História
As terras de um morro encravado no bairro da Tijuca atual localidade do Salgueiro, assim como outras favelas da Tijuca, integrava uma plantação de café até o final do século XIXe depois uma fábrica de chita, tornando-se uma das comunidades pioneiras em ocupação que aos poucos vão se transformando em lugar de moradia para escravos, migrantes e imigrantes.
Recebeu o nome em meados da década de 1920 em referência ao português Domingos Alves Salgueiro, comerciante instalado na Tijuca e que era proprietário de 30 barracos no local e dono de uma fábrica de conservas na Rua dos Araújos, na Tijuca,logo o português virou referência e designação do morro, que passou a ser conhecido como morro do "seu Salgueiro". Isso bastou para dar a fama ao local e batizar o morro como o Morro do Salgueiro. Aos poucos, o Morro do Salgueiro começou a ser procurado por famílias de Minas Gerais, interior do estado do Rio de Janeiro, sul da Bahia e Nordeste.
São essas pessoas que passam a construir mais e mais barracos. Às casas que ali estavam, juntaram-se novos lares, sempre levantados em regime de mutirão.
E assim surgiram o Sossego (local mais sossegado), o Campo (devido ao campo de futebol) e o Pedacinho do Céu (por ser a parte mais alta, onde os barracos ficam mais isolados do mundo). Tinha também o Canto do Vovô, Sunga, Caminho Largo, Trapicheiro, Portugal Pequeno, Sempre Tem, Anjo da Guarda, Terreirão, Grota, Rua Cinco, Carvalho da Cruz e Buate.
A luta social também faz parte da história do morro do Salgueiro. Foi lá que surgiu a primeira associação de moradores do Rio de Janeiro, no início de 1934,quando os habitantes do morro foram ameaçados de despejo,os 7000 moradores da favela utilizaram principalmente a escola de samba Azul-e-Branco, como instrumento político para ganhar na justiça uma ação que previa a remoção da favela. Liderados pelo sambista Antenor Gargalhada, saíram vitoriosos na batalha jurídica e continuaram a conviver pacificamente no morro do Salgueiro.
Em 1934, Antenor Gargalhada, presidente da escola de samba, que mais tarde iria se fundir à Depois eu Digo, atuou como um dos primeiros líderes comunitários que se têm notícia na cidade, e sua escola, como uma verdadeira associação de moradores.O morro do Salgueiro foi o berço feliz de uma das principais escolas de samba da cidade do Rio de Janeiro, o GRES Acadêmicos do Salgueiro.
Sua ocupação se acelerou a partir da década de 1940 com a chegada de migrantes dos mais diversos estados e do interior do estado, contribuindo com a formação de uma das grandes favelas da Zona Norte da capital fluminense.
Referências
https://pt.wikipedia.org/wiki/Morro_do_Salgueiro
http://www.avm.edu.br/docpdf/monografias_publicadas/b001058.pdf