Intolerância Religiosa
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A intolerância religiosa, no contexto das favelas e periferias, ocorre majoritariamente contra religiões de matriz africana, como umbanda e candomblé. Tal fenômeno pode ocorrer de diferentes maneiras, como a proibição de que se circule nos territórios com roupas e/ou acessórios característicos (como roupas brancas ou fios de conta), proibição do funcionamento de terreiros nos territórios, além da vandalização desses templos e de artefatos sagrados. Essa série de violações de direitos humanos são perpetradas por grupos de traficantes que possuem o domínio armado dos territórios, que via de regra se reivindicam como evangélicos e entendem que combater as religiões de matriz africana é combater o que eles consideram o “mal”.
A consequência direta da intolerância religiosa nesses territórios é que os moradores que professam essas religiões tem sua liberdade de crença duramente restringida. Isso incide também para que haja uma invisibilização da presença histórica de tais religiões nessas favelas e periferias, além da expulsão de templos de religiões de matriz africana de tais espaços.