Projeto Espetáculo

Por equipe do Dicionário de Favelas Marielle Franco

O Projeto Espetáculo, popularmente chamado de P.E, é um curso gratuito ofertado pela Secretária da Cultura, Economia e Indústrias Criativas do Estado de São Paulo nas unidades das Fábricas de Cultura espalhadas pelas periferias de São Paulo.

INTRODUÇÃO[editar | editar código-fonte]

Durante dez meses, fevereiro a novembro, jovens entre os 12 e 21 anos, chamados de aprendizes, participam de um processo artístico-pedagógico que envolve a pesquisa por repertório, criação e apresentação de um espetáculo teatral.

Os trabalhos são construídos coletivamente com ajuda de uma equipe de arte-educadores com diretores teatrais, preparadores corporais e vocais, figurinistas, cenógrafos, dramaturgos, entre outros, responsáveis por exercitar outras linguagens ensinadas nas Fábricas, como: dança, circo, música, foto, vídeo, literatura, entre outras.

O repertório utilizado para a construção dos espetáculos expressa muitas vezes as narrativas dos bairros onde as unidades das Fábricas estão, as vivências cotidianas dos aprendizes, visitas a museus, idas ao teatro, leituras coletivas e exercícios teatrais a partir das provocações dos arte-educadores.[1]

O PROCESSO[editar | editar código-fonte]

Em fevereiro as turmas de todas as Fábricas iniciam simultaneamente com um mesmo "gatilho", pode ser um livro, um texto, uma peça audiovisual, entre outros, com isso os aprendizes realizam experimentações cênicas observadas pela equipe de arte-educadores, eles são responsáveis por criar documentações sobre o processo, o conhecido "diário de bordo".

O diário de bordo pode conter fotografias, relatos, poesias, desenhos e tudo aquilo que possa ser considerado um registro, isso será revisitado ao longo desses dez meses e serve como um mapa do processo, de onde podem surgir inspirações e ideias para a idealização do espetáculo final.

Os “passadões”, ensaios abertos com apresentação de fragmentos do que tem sido construído no processo, eles acontecem com uma certa frequência que varia de processo para processo.

No início do 2° semestre os aprendizes recebem ou escrevem o texto do espetáculo, planejando as narrativas que serão contadas no espetáculo, as turmas dos cursos adjacentes, como a cenografia e o figurino, começam a trabalhar propostas que conversam com o espetáculo que está sendo construído.

Nos meses de outubro e novembro os espetáculos são apresentados para o público.