Criola

Por equipe do Dicionário de Favelas Marielle Franco

Criola é uma organização da sociedade civil com 32 anos de trajetória (2 de setembro de 1992) na defesa e promoção dos diretos das mulheres negras e na construção de uma sociedade onde os valores de justiça, equidade e solidariedade são fundamentais. Nesse percurso, Criola reafirma que a ação transformadora das mulheres negras cis e trans é essencial para o Bem Viver de toda a sociedade brasileira.

Autoria: Equipe do Dicionário de Favelas Marielle Franco a partir das redes de Criola[1]
Logo Criola

Atuação[editar | editar código-fonte]

Ativas desde 1992, a frente de trabalho de Criola continua a mesma: a defesa dos direitos humanos e o direito das mulheres negras jovens e adultas. Estamos na linha de frente para combater o racismo patriarcal cis heteronormativo, de mãos dadas com outras mulheres e organizações que, assim como nós, têm buscado formas de reduzir as desigualdades aprofundadas nos últimos anos.

Estamos conectadas com as necessidades do presente, incidindo na política institucional, no sistema de justiça e na consolidação de uma democracia que não conviva com o racismo. Nosso método continua sendo guiado pelas nossas ancestrais, aquelas que não nos deixam esquecer que o caminho é coletivo.

VISÃO:

Mulheres negras como agentes de transformação, vivendo em uma sociedade fundada em valores de justiça, equidade e solidariedade, em que a presença e contribuição da mulher negra sejam acolhidas como um bem da humanidade.

MISSÃO:

Instrumentalizar as mulheres negras – jovens e adultas, cis e trans – para o enfrentamento ao racismo, sexismo, lesbofobia e transfobia. E ainda para atuar nos espaços públicos, na defesa e ampliação dos seus direitos, da democracia, da justiça e pelo Bem Viver.

Os objetivos de atuação de Criola são:

Produção de conhecimento[editar | editar código-fonte]

Estudos, pesquisas e levantamentos sobre saúde da mulher, racismo religioso, racismo sistêmico, fechamento do espaço cívico, impacto da pandemia de Covid-19, justiça criminal e Justiça Reprodutiva, violência política e segurança de defensoras de direitos humanos, desenvolvimento primeira infância, entre outros.

Formação e suporte a lideranças negras[editar | editar código-fonte]

Cursos e oficinas voltadas para a incidência política e segurança digital e física das ativistas. Programa de Suporte à Defensoras de Direitos Humanos. Atualização sobre as questões da Diáspora Africana, racismo sistêmico, racismo religioso, Justiça Reprodutiva, mudanças climáticas, violência contra a mulher.

Pressão em instâncias públicas[editar | editar código-fonte]

Ações políticas regionais, nacionais e internacionais em prol dos direitos das meninas e mulheres negras, priorizando as áreas de saúde, educação, meio ambiente e clima, justiça (violência, encarceramento, racismo e todas as formas de discriminação) e segurança de ativistas. Atuação articulada em rede com organizações e movimentos.

Ações políticas no contexto de crises[editar | editar código-fonte]

Atuação com lideranças e grupos locais para ações emergenciais de aceso à direitos, bem como implementação de políticas públicas e o enfrentamento das violências que afetam as meninas e mulheres negras jovens e adultas, cis e trans.

Política de Salvaguarda[editar | editar código-fonte]

Criola assume publicamente seu compromisso com a proteção do público em situação de vulnerabilidade envolvido em seus projetos e ações contra danos causados por suas colaboradoras. Para proteger essas meninas, adolescentes e mulheres negras cis e trans em situação de vulnerabilidade, Criola compromete-se a:

a. Respeitar todas as pessoas igualmente, sem qualquer distinção de raça, sexo, religião, cor, origem nacional ou étnica, língua, estado civil, orientação sexual, idade, condição socioeconômica, deficiência, convicção política ou qualquer outra característica diferenciadora que provoque exclusão.

b. Não tolerar nenhuma conduta que cause ou venha a causar danos às pessoas em situação de vulnerabilidade. E adotará, para isso, todas as medidas ao seu alcance para evitar, no âmbito de qualquer de seus programas, projetos e ações, a ocorrência de danos às meninas, adolescentes e mulheres cis e trans em situação de vulnerabilidade.

c. Estimular a comunicação de qualquer suspeita de dano decorrente da atuação da Instituição ou de seus colaboradores, apurando-a e tomando as providências necessárias para reparar as vítimas, punir os responsáveis e evitar que episódios semelhantes voltem a ocorrer.

Qualquer pessoa poderá apresentar denúncia de violação desta política para a Comissão de Salvaguardas - podendo ser anônima ou com identificação. Os contatos podem ser feitos via e-mail salvaguarda@criola.org.br ou pelo endereço Av. Presidente Vargas, 482, sobreloja 203. Centro. CEP. 20.071.909. Rio de Janeiro, RJ, aos cuidados da Comissão de Salvaguarda.

Mais de 30 anos em ação[editar | editar código-fonte]

Seguindo os passos das nossas ancestrais, Criola completou 30 anos de história em 2022. Nas três décadas de nossa existência, nos dedicamos ao enfrentamento do racismo patriarcal cisheteronormativo e à defesa dos direitos das meninas e mulheres negras cis e trans, criando políticas e pontes seguras para alcançar a justiça e o bem viver.

Vislumbramos mulheres negras como agentes de transformação, vivendo em uma sociedade fundada em valores de justiça, equidade e solidariedade, em que a presença e contribuição da mulher negra sejam acolhidas como um bem da humanidade.

Nossa missão é instrumentalizar as mulheres negras – jovens e adultas, cis e trans – para o enfrentamento ao racismo, sexismo, lesbofobia e transfobia. E ainda para atuar nos espaços públicos, na defesa e ampliação dos seus direitos, da democracia, da justiça e pelo Bem Viver.

Redes e Articulações[editar | editar código-fonte]

Criola integra e fortalece as seguintes iniciativas de alcance nacional e internacional:

  • ABONG
  • Associação Brasileira de Combate às Desigualdades / ABCD
  • Articulação de Organizações de Mulheres Negras Brasileiras/AMNB
  • Articuladas: Mulheres no Enfrentamento à Violência Institucional
  • Coalizão Negra por Direitos
  • Comitê Brasileiro de Defensoras e Defensores de Direitos Humanos/ CBDDH
  • Fórum Popular de Segurança Pública do Rio de Janeiro
  • Fórum Justiça
  • Frente Estadual e Nacional da Legalização do Aborto
  • Frente pelo Desencarceramento RJ
  • Observatório de Direitos Humanos e Crise Covid-19
  • Plataforma DHESCA Brasil
  • Rede Lai Lai Apejo – Saúde da População Negra e DST/Aids
  • Plataforma dos Movimentos Sociais pela Reforma do Sistema Político
  • Red de Mujeres Afrolatinas, Afrocaribeñas y de la Diaspora
  • Rede Nacional de Ciberativistas em Defesa das Mulheres Negras

Contato[editar | editar código-fonte]

Av. Pres. Vargas, 482 – Sobreloja 203 – Centro

Rio de Janeiro – RJ, 20071-909

(21) 2518-7964

(21) 98478-1627

criola@criola.org.br

Ver mais[editar | editar código-fonte]