Atlas da Violência 2020 (pesquisa): mudanças entre as edições

Por equipe do Dicionário de Favelas Marielle Franco
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O '''Atlas da Violência 2020''' é produzido pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA)<ref group="Notas">https://www.ipea.gov.br/portal/index.php?option=com_alphacontent&view=alphacontent&Itemid=357</ref> em parceria com o Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP)<ref group="Notas">https://forumseguranca.org.br/publicacoes/</ref>, sob a coordenação do pesquisador Daniel Cerqueira (DIEST/IPEA) e da pesquisadora Samira Bueno (FBSP).<p style="text-align: justify;">O Atlas trabalha dados do Brasil inteiro, com base no Sistema de Informação sobre Mortalidade, do Ministério da Saúde, e analisa a conjuntura da violência, os números e o perfil de homicídios, a violência contra jovens, mulheres, negros(as), LGBTQIA+, o cenário das armas de fogo, as mortes violentas e as políticas públicas de segurança.</p>
Autoria: Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA) e Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP).


'''Autoria: IPEA e FBSP.'''
== Edição 2020 ==
<p style="text-align: justify;">O <u>'''Atlas da Violência 2020'''</u> é produzido pelo [https://www.ipea.gov.br/portal/index.php?option=com_alphacontent&view=alphacontent&Itemid=357 Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada] (IPEA) em parceria com o [https://forumseguranca.org.br/publicacoes/ Fórum Brasileiro de Segurança Pública] (FBSP), sob a coordenação do pesquisador Daniel Cerqueira (DIEST/IPEA) e da pesquisadora Samira Bueno (FBSP).</p> <p style="text-align: justify;">O Atlas trabalha dados do Brasil inteiro, com base no Sistema de Informação sobre Mortalidade, do Ministério da Saúde, e analisa a conjuntura da violência, os números e o perfil de homicídios, a violência contra jovens, mulheres, negros(as), LGBTQIA+, o cenário das armas de fogo, as mortes violentas e as políticas públicas de segurança.</p> <p style="text-align: justify;">Nesta edição, o '''Atlas da Violência 2020''' aponta alta de 26% nas mortes que ficaram sem esclarecimento e não entraram em estatísticas de homicídios em 2018. O número indica uma piora substancial na qualidade dos dados de mortalidade. Além disso, os dados demonstram que assassinatos de negros (pretos e pardos) cresceram 11,5% em 10 anos. Ao mesmo tempo, entre 2008 e 2018, período avaliado, a taxa entre não-negros (brancos, amarelos e indígenas) fez o caminho inverso, apresentando queda de 12,9%.</p> <p style="text-align: justify;">Outra evidência do racismo estrutural na realidade brasileira dos dados e mortes é que, na década examinada, constatou-se uma redução de 11,7% na taxa de feminicídios de vítimas não-negras, ao mesmo tempo em que a relativa a vítimas&nbsp;negras subiu 12,4%.</p> <p style="text-align: justify;">No que diz respeito à juventude,&nbsp;ao todo, 30.873 jovens na faixa etária entre 15 e 29 anos foram mortos, quantidade que equivale a 53,3% dos registros. No intervalo de 2008 a 2018, observou-se um aumento de 13,3% na taxa de jovens mortos, que passou de 53,3 homicídios a cada 100 mil jovens para 60,4. Os homicídios foram a principal causa dos óbitos da juventude masculina, representando 55,6% das mortes de jovens entre 15 e 19 anos; 52,3% entre o grupo com faixa etária de 20 a 24 anos; e 43,7% daqueles com idade entre 25 e 29 anos.</p> <p style="text-align: justify;">Para saber mais: [https://agenciabrasil.ebc.com.br/geral/noticia/2020-08/atlas-da-violencia-assassinatos-de-negros-crescem-115-em-10-anos Agência Brasil].</p> <p style="text-align: justify;">'''Confira a publicação completa:'''</p> <p style="text-align: justify;">&nbsp;</p>
<p style="text-align: justify;">Nesta edição, o '''Atlas da Violência 2020''' aponta alta de 26% nas mortes que ficaram sem esclarecimento e não entraram em estatísticas de homicídios em 2018. O número indica uma piora substancial na qualidade dos dados de mortalidade. Além disso, os dados demonstram que assassinatos de negros (pretos e pardos) cresceram 11,5% em 10 anos. Ao mesmo tempo, entre 2008 e 2018, período avaliado, a taxa entre não-negros (brancos, amarelos e indígenas) fez o caminho inverso, apresentando queda de 12,9%.</p> <p style="text-align: justify;">Outra evidência do racismo estrutural na realidade brasileira dos dados e mortes é que, na década examinada, constatou-se uma redução de 11,7% na taxa de feminicídios de vítimas não-negras, ao mesmo tempo em que a relativa a vítimas&nbsp;negras subiu 12,4%.</p> <p style="text-align: justify;">No que diz respeito à juventude,&nbsp;ao todo, 30.873 jovens na faixa etária entre 15 e 29 anos foram mortos, quantidade que equivale a 53,3% dos registros. No intervalo de 2008 a 2018, observou-se um aumento de 13,3% na taxa de jovens mortos, que passou de 53,3 homicídios a cada 100 mil jovens para 60,4. Os homicídios foram a principal causa dos óbitos da juventude masculina, representando 55,6% das mortes de jovens entre 15 e 19 anos; 52,3% entre o grupo com faixa etária de 20 a 24 anos; e 43,7% daqueles com idade entre 25 e 29 anos.</p> <p style="text-align: justify;">Para saber mais: [https://agenciabrasil.ebc.com.br/geral/noticia/2020-08/atlas-da-violencia-assassinatos-de-negros-crescem-115-em-10-anos Agência Brasil].</p>
 
== '''Publicação completa''' ==
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== Notas ==
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Edição atual tal como às 15h44min de 21 de agosto de 2023

O Atlas da Violência 2020 é produzido pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA)[Notas 1] em parceria com o Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP)[Notas 2], sob a coordenação do pesquisador Daniel Cerqueira (DIEST/IPEA) e da pesquisadora Samira Bueno (FBSP).

O Atlas trabalha dados do Brasil inteiro, com base no Sistema de Informação sobre Mortalidade, do Ministério da Saúde, e analisa a conjuntura da violência, os números e o perfil de homicídios, a violência contra jovens, mulheres, negros(as), LGBTQIA+, o cenário das armas de fogo, as mortes violentas e as políticas públicas de segurança.

Autoria: Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA) e Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP).

Edição 2020[editar | editar código-fonte]

Nesta edição, o Atlas da Violência 2020 aponta alta de 26% nas mortes que ficaram sem esclarecimento e não entraram em estatísticas de homicídios em 2018. O número indica uma piora substancial na qualidade dos dados de mortalidade. Além disso, os dados demonstram que assassinatos de negros (pretos e pardos) cresceram 11,5% em 10 anos. Ao mesmo tempo, entre 2008 e 2018, período avaliado, a taxa entre não-negros (brancos, amarelos e indígenas) fez o caminho inverso, apresentando queda de 12,9%.

Outra evidência do racismo estrutural na realidade brasileira dos dados e mortes é que, na década examinada, constatou-se uma redução de 11,7% na taxa de feminicídios de vítimas não-negras, ao mesmo tempo em que a relativa a vítimas negras subiu 12,4%.

No que diz respeito à juventude, ao todo, 30.873 jovens na faixa etária entre 15 e 29 anos foram mortos, quantidade que equivale a 53,3% dos registros. No intervalo de 2008 a 2018, observou-se um aumento de 13,3% na taxa de jovens mortos, que passou de 53,3 homicídios a cada 100 mil jovens para 60,4. Os homicídios foram a principal causa dos óbitos da juventude masculina, representando 55,6% das mortes de jovens entre 15 e 19 anos; 52,3% entre o grupo com faixa etária de 20 a 24 anos; e 43,7% daqueles com idade entre 25 e 29 anos.

Para saber mais: Agência Brasil.

Publicação completa[editar | editar código-fonte]

Notas[editar | editar código-fonte]