Capicast: mudanças entre as edições

Por equipe do Dicionário de Favelas Marielle Franco
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=== A história do Capicast ===
=== A história do Capicast ===
O ''podcast'' laboratorial foi criado em junho de 2022 como atividade avaliativa da disciplina de Mídia Sonora I, ministrada pelo docente José Ferrão. O projeto nasceu da vontade de expor ao público as produções de áudio desenvolvidas por estudantes de jornalismo da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro. Os episódios do programa foram e até hoje são publicados na internet com o intuito de chegar a todes. Para o [https://open.spotify.com/show/7saO96edPTPDe3Blgukm2d?si=81a8cb5ca39d4712&nd=1 Capicast], as ''plataformas de streaming'' tiveram o papel fundamental de democratizar o acesso às informações produzidas no campus seropedicense, já que o produto é disponibilizado ao público gratuitamente, e auxiliar na superação das barreiras impostas a universidades e universitários que estão distantes dos grandes centros urbanos. O objetivo de superar a invisibilidade dos trabalhos realizados pelos estudantes de jornalismo da UFRRJ foi concretizado. Alguns episódios do Capicast já receberam premiações relevantes para a comunicação brasileira<ref>Veja em "Legado".</ref>.  
O ''podcast'' laboratorial foi criado em junho de 2022 como atividade avaliativa da disciplina de Mídia Sonora I, ministrada pelo docente José Ferrão. O projeto nasceu da vontade de expor ao público as produções de áudio desenvolvidas por estudantes de jornalismo da Universidade Federal [https://portal.ufrrj.br/ Rural] do Rio de Janeiro. Os episódios do programa foram e até hoje são publicados na internet com o intuito de chegar a todes. Para o [https://open.spotify.com/show/7saO96edPTPDe3Blgukm2d?si=81a8cb5ca39d4712&nd=1 Capicast], as ''plataformas de streaming'' tiveram o papel fundamental de democratizar o acesso às informações produzidas no campus seropedicense, já que o produto é disponibilizado ao público gratuitamente, e auxiliar na superação das barreiras impostas a universidades e universitários que estão distantes dos grandes centros urbanos. O objetivo de superar a invisibilidade dos trabalhos realizados pelos estudantes de jornalismo da UFRRJ foi concretizado. Alguns episódios do Capicast já receberam premiações relevantes para a comunicação brasileira<ref>Veja em "Legado".</ref>.  


==== Por que Capicast? ====
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=== Legado ===
=== Legado ===
No período de 1º a 3 de junho, a Universidade Federal Fluminense - UFF - sediou o Intercom Sudeste 2023 e recebeu estudantes de Comunicação Social dos estados do Espírito Santo, Minas Gerais, Rio de Janeiro e São Paulo. O evento é uma oportunidade de interação e compartilhamento de conhecimentos entre pesquisadores, estudantes e profissionais atuantes no campo da Comunicação.
No período de 1º a 3 de junho, a Universidade Federal Fluminense - UFF - sediou o [https://portalintercom.org.br/a-intercom Intercom] Sudeste 2023 e recebeu estudantes de Comunicação Social dos estados do Espírito Santo, Minas Gerais, Rio de Janeiro e São Paulo. O evento é uma oportunidade de interação e compartilhamento de conhecimentos entre pesquisadores, estudantes e profissionais atuantes no campo da Comunicação.


A EXPOCOM, exposição de pesquisa experimental em comunicação, que aconteceu durante o Intercom, premiou trabalhos de estudantes de comunicação da Região Sudeste.  O podcast “Capicast", orientado pelo professor José Ferrão na disciplina de Mídia Sonora, destacou-se como um dos cinco melhores projetos na categoria "Produção laboratorial em audiojornalismo e radiojornalismo".  
A EXPOCOM, exposição de pesquisa experimental em comunicação, que aconteceu durante o Intercom, premiou trabalhos de estudantes de comunicação da Região Sudeste.  O podcast “Capicast", orientado pelo professor José Ferrão na disciplina de Mídia Sonora, destacou-se como um dos cinco melhores projetos na categoria "Produção laboratorial em audiojornalismo e radiojornalismo".  

Edição das 09h13min de 7 de abril de 2024

Capicast, termo formado pela aglutinação das partículas "capi", retirada da palavra "capivara", e "cast", extraída do estrangeirismo podcast. O neologismo é utilizado pelos estudantes da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, e pelos moradores do município de Seropédica, na Baixada Fluminense, para nomear o podcast laboratorial produzido por alunas e alunos do único curso de jornalismo localizado na periferia.

A história do Capicast

O podcast laboratorial foi criado em junho de 2022 como atividade avaliativa da disciplina de Mídia Sonora I, ministrada pelo docente José Ferrão. O projeto nasceu da vontade de expor ao público as produções de áudio desenvolvidas por estudantes de jornalismo da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro. Os episódios do programa foram e até hoje são publicados na internet com o intuito de chegar a todes. Para o Capicast, as plataformas de streaming tiveram o papel fundamental de democratizar o acesso às informações produzidas no campus seropedicense, já que o produto é disponibilizado ao público gratuitamente, e auxiliar na superação das barreiras impostas a universidades e universitários que estão distantes dos grandes centros urbanos. O objetivo de superar a invisibilidade dos trabalhos realizados pelos estudantes de jornalismo da UFRRJ foi concretizado. Alguns episódios do Capicast já receberam premiações relevantes para a comunicação brasileira[1].

Por que Capicast?

A região do km47 do município de Seropédica, justamente onde localiza-se o campus da UFRRJ, é o lar das capivaras. Os lagos da localidade são conhecidos por serem o habitat natural desses mamíferos roedores. A comunidade universitária adotou o animal como mascote da instituição. Assim, a famosa capivara passou a ser um dos elementos que compõe a identidade visual da centenária Universidade Rural.

Público-alvo

Durante a estreia, o Capicast manteve uma agenda semanal de divulgação. O foco foi a veiculação de boletins que abrangiam notícias significativas sobre a Universidade e os arredores. O programa foi pensado, inicialmente, para atender ao público composto por estudantes da UFRRJ, moradores da Baixada Fluminense e da zona oeste do Rio de Janeiro. Posteriormente, os episódios passaram a relatar também a realidade dessas regiões a fim de que pessoas de outros lugares tomassem conhecimento. Em sua primeira temporada, foram produzidos seis episódios por seis diferentes grupos de alunas, alunos e alunes. Ao participarem desse projeto, os estudantes tiveram a oportunidade de aprimorar suas habilidades em redação para mídia sonora, locução e edição.

Legado

No período de 1º a 3 de junho, a Universidade Federal Fluminense - UFF - sediou o Intercom Sudeste 2023 e recebeu estudantes de Comunicação Social dos estados do Espírito Santo, Minas Gerais, Rio de Janeiro e São Paulo. O evento é uma oportunidade de interação e compartilhamento de conhecimentos entre pesquisadores, estudantes e profissionais atuantes no campo da Comunicação.

A EXPOCOM, exposição de pesquisa experimental em comunicação, que aconteceu durante o Intercom, premiou trabalhos de estudantes de comunicação da Região Sudeste.  O podcast “Capicast", orientado pelo professor José Ferrão na disciplina de Mídia Sonora, destacou-se como um dos cinco melhores projetos na categoria "Produção laboratorial em audiojornalismo e radiojornalismo".

Antecessores

Na EXPOCOM de 2019, quando o Capicast ainda não existia para concorrer, estudantes de jornalismo da UFRRJ receberam o prêmio de melhor radiodocumentário pelo doc "Muito tiro, pouca aula". A produção foi premiada na categoria Documentário jornalístico e grande reportagem em áudio e rádio. O trabalho, desenvolvido pelos alunos do 5º período Juan Melo, Nicolas Teixeira e Raíssa Rodrigues, sob orientação do professor José Ferrão, o mesmo orientador do Capicast, aborda o impacto das operações policiais e conflitos armados nas escolas das comunidades do Rio de Janeiro.

No mesmo ano, também sob orientação de José Ferrão, o primeiro lugar na categoria Programa Laboratorial de Áudio foi para o radiodocumentário "Dia de roda: o rap como resistência", que explora a cultura do Hip Hop, considerada patrimônio cultural imaterial do Rio de Janeiro desde 2018. Os alunos Alex William Rosa, Giovanna Bandeira e Kaliel Barbosa, também do 5º período, são os autores do projeto.

  1. Veja em "Legado".