Capicast

Por equipe do Dicionário de Favelas Marielle Franco

Capicast, termo formado pela aglutinação das partículas "capi", retirada da palavra "capivara", e "cast", extraída do estrangeirismo podcast. O neologismo é utilizado pelos estudantes da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, e pelos moradores do município de Seropédica, na Baixada Fluminense, para nomear o podcast laboratorial produzido por alunas e alunos do único curso de jornalismo localizado na periferia.

A história do Capicast

O podcast laboratorial foi criado em junho de 2022 como atividade avaliativa da disciplina de Mídia Sonora I, ministrada pelo docente José Ferrão. O projeto nasceu da vontade de expor ao público as produções de áudio desenvolvidas por estudantes de jornalismo da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro. Os episódios do programa foram e até hoje são publicados na internet com o intuito de chegar a todes. Para o Capicast, as plataformas de streaming tiveram o papel fundamental de democratizar o acesso às informações produzidas no campus seropedicense, já que o produto é disponibilizado ao público gratuitamente, e auxiliar na superação das barreiras impostas a universidades e universitários que estão distantes dos grandes centros urbanos. O objetivo de superar a invisibilidade dos trabalhos realizados pelos estudantes de jornalismo da UFRRJ foi concretizado. Alguns episódios do Capicast já receberam premiações relevantes para a comunicação brasileira[1].

Por que Capicast?

A região do km47 do município de Seropédica, justamente onde localiza-se o campus da UFRRJ, é o lar das capivaras. Os lagos da localidade são conhecidos por serem o habitat natural desses mamíferos roedores. A comunidade universitária adotou o animal como mascote da instituição. Assim, a famosa capivara passou a ser um dos elementos que compõe a identidade visual da centenária Universidade Rural.

Público-alvo

Durante a estreia, o Capicast manteve uma agenda semanal de divulgação. O foco foi a veiculação de boletins que abrangiam notícias significativas sobre a Universidade e os arredores. O programa foi pensado, inicialmente, para atender ao público composto por estudantes da UFRRJ, moradores da Baixada Fluminense e da zona oeste do Rio de Janeiro. Posteriormente, os episódios passaram a relatar também a realidade dessas regiões a fim de que pessoas de outros lugares tomassem conhecimento. Em sua primeira temporada, foram produzidos seis episódios por seis diferentes grupos de alunas, alunos e alunes. Ao participarem desse projeto, os estudantes tiveram a oportunidade de aprimorar suas habilidades em redação para mídia sonora, locução e edição.

  1. Veja em "Legado".