Coletivo Mulheres Negras da Periferia

Por equipe do Dicionário de Favelas Marielle Franco
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Verbete produzido pela equipe do Dicionário de Favelas Marielle Franco a partir das redes oficiais da coletiva.

Mulheres Negras de Periferia.


Com finalidades Culturais e de Promoção da Cidadania no Estado do Maranhão,  o coletivo estuda o enfrentamento ao racismo, machismo, desigualdade social e outras opressões.

Sobre

Sobre - Mulheres Negras da Periferia

O Coletivo Mulheres Negras da Periferia, criado em 2018, já alcançou mais de duas mil pessoas com diversas atividades culturais, desde as exibições de cinema, aos eventos de Brega Funk, Tambor de Crioula, o Gaymado – atividade esportiva de queimada com praticantes gays e LGBTQIA+ em geral, rodas de conversa e escuta afetiva, entre diversas outras ações além da cultura. Todas as ações do coletivo são gratuitas e organizadas em praças públicas.

A assistente social Julianna Costa nasceu numa das maiores favelas do Brasil, a Coroadinho, que fica em São Luís do Maranhão. Ju Coroadinho, como é conhecida, tem 29 anos. É fundadora e coordenadora do coletivo Mulheres Negras da Periferia, uma iniciativa de fortalecimento das mulheres pretas e suas famílias.

De acordo com informações do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, de 2011, sobre aglomerados subnormais, o Bairro Coroadinho – ou favela do Coroadinho – é a quarta maior favela do Brasil, com uma população de 53.945 pessoas. Com esses índices, Coroadinho foi apontada também como a maior favela de todo Norte-Nordeste.

Foto 2 - Mulheres Negras de Periferia


O grupo surgiu da inquietação de Ju e algumas amigas: elas não enxergavam, em outros movimentos sociais, a representatividade das Negras Periféricas. Com ações feitas na favela para a favela, a iniciativa acolhe e gera impacto social no território. A maior preocupação é ver o trabalho reverberar na vida de quem vive no Coroadinho. O que move o coletivo é o bem da comunidade e não o benefício individual.

O coletivo é formado por 12 mulheres e outras 32 voluntárias, todas negras e faveladas. A organização oferece à população oficinas de arte, educação, cursos gratuitos para mulheres negras, centro cultural e cozinha comunitária. Entre os projetos, se destacam o Cine Coroadinho — primeira sala de cinema para a comunidade —, a Pretoteca, um biblioteca para consulta e empréstimo, e a ação de combate à pobreza menstrual, que já entregou absorventes e coletores para mais de 100 mulheres. Ao pensar nos efeitos da difusão da cultura, Jú do Coroadinho expressa o sonho de seguir, como as ancestrais, abrindo caminho para um futuro mais leve e próspero para a favela.


Coroadinho – A Quarta maior favela do Brasil

Propósitos

Missão

Arte; Educação e Direitos Humanos; Combate a todos os tipos de racismo.

Visão

Equidade; Igualdade; Sustentabilidade.

Valores

Solidariedade; Sororidade; Empoderamento.