Curso de Comunicação Popular do NPC: mudanças entre as edições

Por equipe do Dicionário de Favelas Marielle Franco
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Edição das 15h07min de 6 de fevereiro de 2019

O Curso de Comunicação Popular do Núcleo Piratininga de Comunicação promove, anualmente, a integração de cerca de 40 jovens, entre 17 e 30 anos, moradores de bairros da periferia e das favelas da região do Grande Rio e de municípios vizinhos, estudantes de comunicação e jornalistas recém-formados, participantes de movimentos sociais e de coletivos de comunicação popular.

Em 2018, o curso chegou à sua 13º edição.

Trabalhamos valores como a solidariedade, a conquista de direitos sociais, a repulsa a empresas que deterioram o meio ambiente, a ideia de igualdade entre mulheres e homens, o combate ao racismo, o respeito às culturas tradicionais e a denúncia da violência do Estado nas favelas.

O trabalho de fortalecimento da Comunicação Popular se mostra cada vez mais importante. É através dela que é possível o amadurecimento dos laços comunitários e o desenvolvimento de uma consciência coletiva a partir da emergência de temas comuns, da representatividade e da construção de um projeto coletivo para gestão do espaço público e dos bens comuns.

Além de produtores de conteúdo, os comunicadores populares são multiplicadores tanto daquilo que produzem – para dentro e para fora do local onde atuam –, quanto dos saberes adquiridos ao longo do processo de formação.

Sua dinâmica é composta por aulas, atividades de campo, reuniões, pesquisas, publicações impressas e virtuais. Para as turmas novas, o conteúdo programático apresentado ao longo dos meses é definido pela equipe do NPC em conjunto com a rede de professores/monitores que trabalham de forma conjunta.

No caso de turmas avançadas, compostas por ex-alunos, o conteúdo é definido junto aos participantes, em reuniões que acontecem nos meses que antecedem o início das aulas. No total, são 50 horas-aulas realizadas em espaços articulados pelos alunos ou pela equipe do NPC.

Ao final das aulas, os alunos produzem o jornal impresso Vozes das Comunidades. Eles decidem a pauta, escrevem e revisam as matérias, e fazem a diagramação. Tudo a partir do que acumularam ao longo do curso. A distribuição do jornal é feita no ato “Grito dos Excluídos”, que acontece anualmente em 7 de setembro, como uma manifestação dos movimentos sociais paralela ao desfile militar oficial.

Autores: Núcleo Piratininga de Comunicação.