Jacú rabudo

Por equipe do Dicionário de Favelas Marielle Franco

Jacú rabudo é uma expressão que mistura esses dois sentidos e é usada para se referir a uma pessoa que, apesar de ser vista como simplória ou ingênua, tem uma sorte incomum em determinadas situações[1]. A expressão tem um tom de ironia, ao contrastar a figura ingênua com a ideia de sorte inesperada.

Autoria: Teobaldo Mesquista e Equipe do Dicionário de Favelas Marielle Franco.

Sobre[editar | editar código-fonte]

A gíria "jacú rabudo" é uma expressão popular no Brasil, especialmente em regiões do interior. O termo "jacú" tem origem em uma ave típica das zonas rurais brasileiras, conhecida por seu comportamento tímido e desajeitado. No contexto coloquial, "jacú" passou a ser usado de forma pejorativa para descrever alguém considerado ingênuo, caipira ou que demonstra certa falta de sofisticação. O adjetivo "rabudo", por sua vez, é uma gíria utilizada para se referir a alguém com muita sorte, geralmente em situações improváveis.

Assim, "jacú rabudo" é uma expressão que mistura esses dois sentidos e é usada para se referir a uma pessoa que, apesar de ser vista como simplória ou ingênua, tem uma sorte incomum em determinadas situações[1]. A expressão tem um tom de ironia, ao contrastar a figura ingênua com a ideia de sorte inesperada.

Seu uso é comum em contextos informais e bem-humorados, especialmente em conversas entre amigos ou familiares em ambientes mais rurais ou com uma linguagem descontraída[2].

Emprego em uma frase[editar | editar código-fonte]

"Aquele jacú rabudo ganhou na loteria sem nem saber como jogar!", sugerindo que alguém com pouca experiência ou conhecimento teve uma grande sorte.

Comentário de Teobaldo[editar | editar código-fonte]

Meu pai sempre dizia que alguém é um jacú rabudo, mas não tenho certeza se para afirmar a pessoa com sorte ou se com alguma beleza.

Ver também[editar | editar código-fonte]

Gírias

Coió de pito

Sorte de cachorro

Sem cutcharra

  1. 1,0 1,1 Dicionário inFormal. Significado de jacú.
  2. Rocha, M. (2019). Gírias do interior: expressões do vocabulário rural brasileiro. São Paulo: Ed. Raízes.