Movimento Sem Teto do Centro (MSTC): mudanças entre as edições

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O Movimento Sem-Teto do Centro (MSTC) é um movimento social que luta por esse direito fundamental, a [[:Categoria:Moradia|moradia]], principalmente na região central de São Paulo. Atende mais de duas mil pessoas, entre adultos, crianças e jovens. Moradia não se resume a propriedade física, mas também diz respeito à vida familiar, segurança, saúde, educação, mobilidade e convivência comunitária. Ter acesso a um lar é porta de entrada para uma série de outros direitos, pelos quais também lutamos. &nbsp;
Autoria: Informações do verbete reproduzidas pela Equipe do Dicionário de Favelas Marielle Franco a partir de redes de comunicação oficiais do movimento.
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== Sobre ==
== Sobre ==
&nbsp;<br/> O Movimento Sem-Teto do Centro (MSTC) luta por esse direito fundamental, a moradia, principalmente na região central de São Paulo. Atende mais de duas mil pessoas, entre adultos, crianças e jovens. Moradia não se resume a propriedade física, mas também diz respeito à vida familiar, segurança, saúde, educação, mobilidade e convivência comunitária. Ter acesso a um lar é porta de entrada para uma série de outros direitos, pelos quais também lutamos. &nbsp; &nbsp;
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Hoje, no Brasil, há 33 milhões de pessoas sem moradia. Segundo o Plano Municipal de Habitação, de 2016, a cidade de São Paulo precisaria de 358 mil novas moradias para zerar seu déficit habitacional. São 358 mil famílias que têm, diuturnamente, negado o acesso a um direito humano fundamental, previsto no artigo 6º da Constituição Federal e na Declaração Universal dos Direitos Humanos. Na outra ponta, a estimativa é que a cidade tenha mais de 1.300 imóveis ociosos, que estão abandonados, subtilizados ou terrenos sem edificações, que equivalem a dois milhões de metros quadrados sem uso na maior cidade da América Latina. &nbsp; &nbsp;
Hoje, no Brasil, há 33 milhões de pessoas sem moradia. Segundo o Plano Municipal de Habitação, de 2016, a cidade de São Paulo precisaria de 358 mil novas moradias para zerar seu déficit habitacional. São 358 mil famílias que têm, diuturnamente, negado o acesso a um direito humano fundamental, previsto no artigo 6º da Constituição Federal e na Declaração Universal dos Direitos Humanos. Na outra ponta, a estimativa é que a cidade tenha mais de 1.300 imóveis ociosos, que estão abandonados, subtilizados ou terrenos sem edificações, que equivalem a dois milhões de metros quadrados sem uso na maior cidade da América Latina. &nbsp; &nbsp;
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A fila de habitação na capital tem mais de um milhão de inscritos. A estimativa da prefeitura é que 20 mil pessoas estejam vivendo em situação de rua na cidade, 60% só na região central. Movimentos sociais estimam 40 mil pessoas nessa situação, e um déficit de mais de 22 mil vagas em abrigos, já que o município dispõe de 18 mil vagas. &nbsp; &nbsp;
A fila de habitação na capital tem mais de um milhão de inscritos. A estimativa da prefeitura é que 20 mil pessoas estejam vivendo em situação de rua na cidade, 60% só na região central. Movimentos sociais estimam 40 mil pessoas nessa situação, e um déficit de mais de 22 mil vagas em abrigos, já que o município dispõe de 18 mil vagas. &nbsp; &nbsp;
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Em novembro de 1997, algumas pessoas ocuparam o prédio na Rua Álvaro de Carvalho, hoje conhecido como Ocupação Nove de Julho. Em 2000, mulheres líderes desta e de outras ocupações se unem e fundam o MSTC, para mobilizar e organizar famílias sem moradia.&nbsp; &nbsp; &nbsp;
Em novembro de 1997, algumas pessoas ocuparam o prédio na Rua Álvaro de Carvalho, hoje conhecido como Ocupação Nove de Julho. Em 2000, mulheres líderes desta e de outras ocupações se unem e fundam o MSTC, para mobilizar e organizar famílias sem moradia.&nbsp; &nbsp; &nbsp;
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Atualmente, o MSTC coordena cinco ocupações e um empreendimento. &nbsp;
Atualmente, o MSTC coordena cinco ocupações e um empreendimento. &nbsp;
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O Residencial Cambridge, que foi uma ocupação, é, agora, um empreendimento financiado pelo programa Minha Casa, Minha Vida. &nbsp; &nbsp;
O Residencial Cambridge, que foi uma ocupação, é, agora, um empreendimento financiado pelo programa Minha Casa, Minha Vida. &nbsp; &nbsp;
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O movimento é formalizado, porque ter um CNPJ e prestações de contas em ordem é condição para o acesso a recursos públicos destinados à moradia. Há Estatuto e regimento interno registrados em cartório, conhecidos por todos os integrantes. As decisões são debatidas e aprovadas em assembleia. &nbsp; &nbsp;
O movimento é formalizado, porque ter um CNPJ e prestações de contas em ordem é condição para o acesso a recursos públicos destinados à moradia. Há Estatuto e regimento interno registrados em cartório, conhecidos por todos os integrantes. As decisões são debatidas e aprovadas em assembleia. &nbsp; &nbsp;
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Entre os apoiadores estão grupos de apoio à luta por moradia, universidades, jornalistas, artistas, arquitetos e arquitetas, profissionais da saúde, educadores e educadoras, coletivos de sustentabilidade. As ocupações são abertas à cidade e a 9 de Julho se tornou, com nosso trabalho, um centro cultural, com shows, debates, exposições, almoços abertos um domingo por mês. &nbsp;
Entre os apoiadores estão grupos de apoio à luta por moradia, universidades, jornalistas, artistas, arquitetos e arquitetas, profissionais da saúde, educadores e educadoras, coletivos de sustentabilidade. As ocupações são abertas à cidade e a 9 de Julho se tornou, com nosso trabalho, um centro cultural, com shows, debates, exposições, almoços abertos um domingo por mês. &nbsp;


== &nbsp;<br/> &nbsp;<br/> Ocupações ==
== Ocupações ==
 
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Ocupação José Bonifácio — 100 famílias &nbsp;
 
Ocupação Casarão — 24 famílias&nbsp; &nbsp;
 
Ocupação Nove de Julho — 123 famílias &nbsp;
 
Ocupação Rio Branco — 30 famílias &nbsp;
 
Ocupação São Francisco — 30 famílias &nbsp;
 
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== ​<br/> Redes Sociais e Contato ==
* &nbsp;Ocupação José Bonifácio — 100 famílias &nbsp;
* Ocupação Casarão — 24 famílias&nbsp; &nbsp;
* Ocupação Nove de Julho — 123 famílias &nbsp;
* Ocupação Rio Branco — 30 famílias &nbsp;
* Ocupação São Francisco — 30 famílias &nbsp;


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== Redes Sociais ==


&nbsp;<br/> [https://www.facebook.com/movimentosemtetodocentro Facebook]<br/> [https://www.instagram.com/movimentomstc Instagram]<br/> [https://www.movimentosemtetodocentro.com.br/ Site]<br/> Contato:moraredireito@gmail.com &nbsp;
* &nbsp; [https://www.facebook.com/movimentosemtetodocentro Facebook]
* [https://www.instagram.com/movimentomstc Instagram]
* [https://www.movimentosemtetodocentro.com.br/ Site]
* Contato:moraredireito@gmail.com &nbsp;


[[Category:Moradia]] [[Category:Sem-teto]] [[Category:Movimentos sociais]] [[Category:Direito à cidade]] [[Category:Espaço urbano]]
[[Category:Moradia]] [[Category:Sem-teto]] [[Category:Movimentos sociais]] [[Category:Direito à cidade]] [[Category:Espaço urbano]]
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Edição atual tal como às 10h13min de 3 de setembro de 2023

O Movimento Sem-Teto do Centro (MSTC) é um movimento social que luta por esse direito fundamental, a moradia, principalmente na região central de São Paulo. Atende mais de duas mil pessoas, entre adultos, crianças e jovens. Moradia não se resume a propriedade física, mas também diz respeito à vida familiar, segurança, saúde, educação, mobilidade e convivência comunitária. Ter acesso a um lar é porta de entrada para uma série de outros direitos, pelos quais também lutamos.  

Autoria: Informações do verbete reproduzidas pela Equipe do Dicionário de Favelas Marielle Franco a partir de redes de comunicação oficiais do movimento.
MSTC.jpg

Sobre[editar | editar código-fonte]

Hoje, no Brasil, há 33 milhões de pessoas sem moradia. Segundo o Plano Municipal de Habitação, de 2016, a cidade de São Paulo precisaria de 358 mil novas moradias para zerar seu déficit habitacional. São 358 mil famílias que têm, diuturnamente, negado o acesso a um direito humano fundamental, previsto no artigo 6º da Constituição Federal e na Declaração Universal dos Direitos Humanos. Na outra ponta, a estimativa é que a cidade tenha mais de 1.300 imóveis ociosos, que estão abandonados, subtilizados ou terrenos sem edificações, que equivalem a dois milhões de metros quadrados sem uso na maior cidade da América Latina.    

A fila de habitação na capital tem mais de um milhão de inscritos. A estimativa da prefeitura é que 20 mil pessoas estejam vivendo em situação de rua na cidade, 60% só na região central. Movimentos sociais estimam 40 mil pessoas nessa situação, e um déficit de mais de 22 mil vagas em abrigos, já que o município dispõe de 18 mil vagas.    

Em novembro de 1997, algumas pessoas ocuparam o prédio na Rua Álvaro de Carvalho, hoje conhecido como Ocupação Nove de Julho. Em 2000, mulheres líderes desta e de outras ocupações se unem e fundam o MSTC, para mobilizar e organizar famílias sem moradia.     

Atualmente, o MSTC coordena cinco ocupações e um empreendimento.  

O Residencial Cambridge, que foi uma ocupação, é, agora, um empreendimento financiado pelo programa Minha Casa, Minha Vida.    

O movimento é formalizado, porque ter um CNPJ e prestações de contas em ordem é condição para o acesso a recursos públicos destinados à moradia. Há Estatuto e regimento interno registrados em cartório, conhecidos por todos os integrantes. As decisões são debatidas e aprovadas em assembleia.    

Entre os apoiadores estão grupos de apoio à luta por moradia, universidades, jornalistas, artistas, arquitetos e arquitetas, profissionais da saúde, educadores e educadoras, coletivos de sustentabilidade. As ocupações são abertas à cidade e a 9 de Julho se tornou, com nosso trabalho, um centro cultural, com shows, debates, exposições, almoços abertos um domingo por mês.  

Ocupações[editar | editar código-fonte]

  •  Ocupação José Bonifácio — 100 famílias  
  • Ocupação Casarão — 24 famílias   
  • Ocupação Nove de Julho — 123 famílias  
  • Ocupação Rio Branco — 30 famílias  
  • Ocupação São Francisco — 30 famílias  

Redes Sociais[editar | editar código-fonte]