Mulheres de Orì
Informações retiradas das redes oficiais do grupo.
O Mulheres de Orì é uma organização de mulheres negras de terreiro que utilizam a cultura alimentar afro como ferramenta de combate ao racismo e ao machismo. Desenvolve pesquisa e formação ligadas a temáticas que envolvem a cultura alimentar afro.
História
O nosso nome foi inspirado no documentário produzido por Beatriz Nascimento, chamado Orì.
Na tradução literal da lingua yorubá, orì significa cabeça, mas filosoficamente, tem um conceito profundo e espiritual para o povo africano. Ele é o primeiro orisà (divindades cultuadas pelo povo youruba) a ser cuidado. Orì equilibra e prepara a vinda do Orisà que irá reger sua vida. Sem um bom Orì, não há como estar em harmonia.
Orì representa nosso caminho na vida, o passado e o futuro. De forma imaginética, caso pensemos a cabeça olhada de cima para baixo e dividida em 4 partes (X), temos o ponto central que representa o ori (equilíbrio), a fronte (origem), a nuca (destino), lado direito (ancestral masculino)/ lado esquerdo (ancestral feminino). O logo expressa essas partes da cabeça em movimento contínuo com destaque ao orì, no centro, que equilibra e coordena essas direções.
Iniciativas
Afro chef
O Afro Chef é um programa de formação em gastronomia gratuito, com foco na qualificação em técnicas culinárias, formação empreendedora e formação em raça e gênero. Tem como público alvo prioritário mulheres negras (cis e trans) maiores de 18 anos.
A logo do programa foi inspirado nas Yabas (orisàs femininas). As colheres de pau (Sìbì Igi ou orógùn) tem um significado especial para algumas divindades.Ela simboliza o poder do matriarcado, o domínio e conhecimento da manipulação de alimentos pelas mulheres. Os alimentos, nesta perspetiva sagrada, não são apenas para alimentar o corpo, mas são segredos produzidos para alimentar a alma e o espírito. Cada cor de colher é em homenagem a uma yaba. Vermelho: Oya; Laranja: Oba; Amarelo: Osun; Rosa: Ewa; Lilás: Nanã Azul: Yemanja.