Nós do Morro: mudanças entre as edições

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O Grupo Nós do Morro, fundado em 1986 no Morro do Vidigal, Rio de Janeiro, é uma organização social que transforma vidas por meio do acesso à arte, cultura e capacitação profissional para a indústria criativa. Iniciado como um projeto cultural no Centro Cultural Padre Leeb, o grupo, dirigido por Guti Fraga, oferece formação técnica, realiza montagens teatrais e desenvolve atividades cinematográficas. O Nós do Morro recebeu reconhecimento, incluindo o Prêmio Shell, e continua sua missão impactante na comunidade.
O Grupo Nós do Morro, fundado em 1986 no [[Vidigal (bairro)|Morro do Vidigal]], Rio de Janeiro, é uma organização social que transforma vidas por meio do acesso à arte, cultura e capacitação profissional para a indústria criativa. Iniciado como um projeto cultural no Centro Cultural Padre Leeb, o grupo, dirigido por Guti Fraga, oferece formação técnica, realiza montagens teatrais e desenvolve atividades cinematográficas. O Nós do Morro recebeu reconhecimento, incluindo o Prêmio Shell, e continua sua missão impactante na comunidade.
 
Autoria: Informações do verbete reproduzidas pela Equipe do Dicionário de Favelas Marielle Franco a partir de outras fontes.
 
Informações retiradas das redes sociais do Grupo.
 
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== Sobre ==
== Sobre ==


GRUPO NÓS DO MORRO é uma organização social que tranforma vidas atraves do acesso a arte e cultura e da capacitação profissional para a industria criativa.
GRUPO NÓS DO MORRO é uma organização social que tranforma vidas através do acesso a arte e cultura e da capacitação profissional para a indústria criativa.


== História ==
== História ==


Fundado para oferecer formação técnica a jovens da comunidade do Morro do Vidigal, Rio de Janeiro, o grupo dirigido por Guti Fraga alterna a montagem de textos clássicos e criações coletivas.<br/> <br/> Em 1986, o padre austríaco Humberto Leeb e Joana Batista Costa fundam o Centro Cultural Padre Leeb, no Morro do Vidigal, e convidam o ator e diretor Guti Fraga, que mora no Vidigal desde 1977, para desenvolver um projeto cultural. Com Luiz Paulo Corrêa e Castro, Fred Pinheiro e Fernando Mello da Costa, ele apresenta a proposta de formar atores e técnicos e despertar na comunidade o interesse pelo teatro.<br/> <br/> O primeiro espetáculo, em 1987, Encontros, de Luiz Paulo Corrêa e Castro e Tino Costa, nasce a partir de improvisações realizadas em aulas de teatro voltadas para a comunidade. Em seguida Guti Fraga recorre a dois textos da comédia popular brasileira, Torturas do Coração, de Ariano Suassuna, 1987, e Os Dois ou O Inglês Maquinista, de Martins Pena, 1988. No ano seguinte, o diretor coordena uma criação coletiva, com texto finalizado por Luiz Paulo Corrêa e Castro, com o título de Biroska. A peça se passa em frente a uma birosca e conta a história de Neguinho, um morador do morro que acredita ter ganhado no jogo do bicho. A iluminação do espetáculo é feita com 50 latas de Neston reaproveitadas e transformadas em refletores, e com mesa de luz montada artesanalmente. O espetáculo, produzido com a ajuda dos comerciantes do Vidigal, conta com 21 atores entre 7 e 79 anos.<br/> <br/> Em 1990, Fraga transforma em musical um sucesso de 1973, montado pelo Teatro Ipanema, Hoje É Dia de Rock, de José Vicente. Em 1991, o grupo faz dois espetáculos musicais de variedades: Show das Cinco e Show das Sete, misturando teatro, dança, música, humor, dublagens, participações de artistas conhecidos e prêmios oferecidos pelo comércio local.<br/> <br/> Em 1995, Rosane Svartman e Vinícius Reis realizam o documentário Depoimento - Nós do Morro, que marca o início das atividades do grupo Nós do Cinema. Em 1996, inaugura-se o Teatro do Vidigal, com capacidade para 80 pessoas, construído com o dinheiro obtido pelo espetáculo Show das Sete, além de colaborações de comerciantes da comunidade e do Conselho Britânico. Ali estréia, em 1996, Machadiando, que reúne três peças curtas de Machado de Assis (1839 - 1908): Lição de Botânica, Antes da Missa e Hoje Avental, Amanhã Luva. O Nós do Morro recebe o Prêmio Shell na categoria Especial pelos 11 anos de atividade.<br/> <br/> No mesmo ano, apresenta-se pela primeira vez fora do Vidigal, em evento no Centro Cultural Banco do Brasil - CCBB, com o resultado do trabalho sobre Hamlet, de Shakespeare, desenvolvido com os ingleses Dominic Barter e Cicely Berry, da Royal Shakespeare Company.<br/> <br/> Nos anos seguintes, o grupo monta uma série de textos de Luiz Paulo Corrêa: Abalou - Um Musical Funk, 1998; o infantil É Proibido Brincar, 1998; Noites do Vidigal, 2002; e Burro Sem Rabo, ou ..., 2003, este último encenado com direção de Fernando Mello da Costa. Abalou, que aborda a vida dos jovens do morro através dos bailes funk, principal opção de lazer nas comunidades pobres do Rio de Janeiro, recebe seis indicações para o Prêmio Coca-Cola de Teatro Jovem, e vence na categoria especial. Em 1998, o grupo faz sua primeira temporada em circuito comercial, com repertório que reúne Machadiando, Abalou e É Proibido Brincar.<br/> <br/> Noites do Vidigal estréia no Teatro Maria Clara Machado e recebe crítica de O Globo, por Barbara Heliodora, que afirma: "(...) temos de tratar com o devido respeito o trabalho do Nós do Morro (...). Há, em todo o espetáculo, uma alegria, um humor, um orgulho do trabalho feito, que se comunicam brilhantemente com a platéia".¹<br/> <br/> Em 2004, Fernando Mello da Costa dirige Sonho de Uma Noite de Verão - uma intromissão do Grupo Nós do Morro no mundo de Shakespeare, adaptação de Luiz Paulo Corrêa e Castro da peça de Shakespeare. Macksen Luiz analisa o espetáculo no Jornal do Brasil: "A adaptação não critica ou desrespeita, muito menos se intimida ou retrai diante da carga cultural do texto, tão-somente redimensiona as possibilidades de comunicação aplicadas a um mundo referencial diverso. (...) Sonho de uma noite de verão dá seqüência ao empenhado trabalho dos atores do Nós do Morro, em progresso constante a cada nova montagem".²<br/> <br/> Em 2006, o grupo se apresenta no festival internacional de Stratford-Upon-Avon, vilarejo natal de Shakespeare, com Os Dois Cavalheiros de Verona, com direção de Guti Fraga, comemorando 20 anos de existência. No mesmo ano, estréia a criação coletiva Amores Trágicos, com direção de Renato Rocha, e A Frente Fria que a Chuva Traz, de Mário Bortolotto, com direção de Caco Ciocler.<br/> <br/> O Nós do Morro reúne hoje mais de 50 pessoas, entre diretores, atores, técnicos, autores e colaboradores em diversas áreas. A gestão do grupo cabe a um núcleo formado por cinco pessoas: Guti Fraga, Zezé Silva, Fernando Mello da Costa, Luiz Paulo Côrrea e Castro e Fred Pinheiro. Este último é responsável pela direção artística; Zezé Silva e Maria Ester Moreira pela direção administrativa e José Gonzaga Araújo pela produção. E conta com os atores Luciana Bezerra, Gustavo Melo, Luciano Vidigal, Gorette Bezerra, Márcio Lopes, Márcia Francisco, Arthur Sherman, Renan Monteiro e Guilherme Estevan.
Fundado para oferecer formação técnica a jovens da comunidade do [[Vidigal (bairro)|Morro do Vidigal]], Rio de Janeiro, o grupo dirigido por Guti Fraga alterna a montagem de textos clássicos e criações coletivas.<br/> <br/> Em 1986, o padre austríaco Humberto Leeb e Joana Batista Costa fundam o Centro Cultural Padre Leeb, no [[Vidigal (bairro)|Morro do Vidigal]], e convidam o ator e diretor Guti Fraga, que mora no Vidigal desde 1977, para desenvolver um projeto cultural. Com Luiz Paulo Corrêa e Castro, Fred Pinheiro e Fernando Mello da Costa, ele apresenta a proposta de formar atores e técnicos e despertar na comunidade o interesse pelo teatro.<br/> <br/> O primeiro espetáculo, em 1987, Encontros, de Luiz Paulo Corrêa e Castro e Tino Costa, nasce a partir de improvisações realizadas em aulas de teatro voltadas para a comunidade. Em seguida Guti Fraga recorre a dois textos da comédia popular brasileira, Torturas do Coração, de Ariano Suassuna, 1987, e Os Dois ou O Inglês Maquinista, de Martins Pena, 1988. No ano seguinte, o diretor coordena uma criação coletiva, com texto finalizado por Luiz Paulo Corrêa e Castro, com o título de Biroska. A peça se passa em frente a uma birosca e conta a história de Neguinho, um morador do morro que acredita ter ganhado no jogo do bicho. A iluminação do espetáculo é feita com 50 latas de Neston reaproveitadas e transformadas em refletores, e com mesa de luz montada artesanalmente. O espetáculo, produzido com a ajuda dos comerciantes do Vidigal, conta com 21 atores entre 7 e 79 anos.<br/> <br/> Em 1990, Fraga transforma em musical um sucesso de 1973, montado pelo Teatro Ipanema, Hoje É Dia de Rock, de José Vicente. Em 1991, o grupo faz dois espetáculos musicais de variedades: Show das Cinco e Show das Sete, misturando teatro, dança, música, humor, dublagens, participações de artistas conhecidos e prêmios oferecidos pelo comércio local.<br/> <br/> Em 1995, Rosane Svartman e Vinícius Reis realizam o documentário Depoimento - Nós do Morro, que marca o início das atividades do grupo Nós do Cinema. Em 1996, inaugura-se o Teatro do [[Vidigal (bairro)|Vidigal]], com capacidade para 80 pessoas, construído com o dinheiro obtido pelo espetáculo Show das Sete, além de colaborações de comerciantes da comunidade e do Conselho Britânico. Ali estréia, em 1996, Machadiando, que reúne três peças curtas de Machado de Assis (1839 - 1908): Lição de Botânica, Antes da Missa e Hoje Avental, Amanhã Luva. O Nós do Morro recebe o Prêmio Shell na categoria Especial pelos 11 anos de atividade.<br/> <br/> No mesmo ano, apresenta-se pela primeira vez fora do Vidigal, em evento no Centro Cultural Banco do Brasil - CCBB, com o resultado do trabalho sobre Hamlet, de Shakespeare, desenvolvido com os ingleses Dominic Barter e Cicely Berry, da Royal Shakespeare Company.<br/> <br/> Nos anos seguintes, o grupo monta uma série de textos de Luiz Paulo Corrêa: Abalou - Um Musical Funk, 1998; o infantil É Proibido Brincar, 1998; Noites do Vidigal, 2002; e Burro Sem Rabo, ou ..., 2003, este último encenado com direção de Fernando Mello da Costa. Abalou, que aborda a vida dos jovens do morro através dos bailes funk, principal opção de lazer nas comunidades pobres do Rio de Janeiro, recebe seis indicações para o Prêmio Coca-Cola de Teatro Jovem, e vence na categoria especial. Em 1998, o grupo faz sua primeira temporada em circuito comercial, com repertório que reúne Machadiando, Abalou e É Proibido Brincar.<br/> <br/> Noites do Vidigal estréia no Teatro Maria Clara Machado e recebe crítica de O Globo, por Barbara Heliodora, que afirma: "(...) temos de tratar com o devido respeito o trabalho do Nós do Morro (...). Há, em todo o espetáculo, uma alegria, um humor, um orgulho do trabalho feito, que se comunicam brilhantemente com a platéia".¹<br/> <br/> Em 2004, Fernando Mello da Costa dirige Sonho de Uma Noite de Verão - uma intromissão do Grupo Nós do Morro no mundo de Shakespeare, adaptação de Luiz Paulo Corrêa e Castro da peça de Shakespeare. Macksen Luiz analisa o espetáculo no Jornal do Brasil: "A adaptação não critica ou desrespeita, muito menos se intimida ou retrai diante da carga cultural do texto, tão-somente redimensiona as possibilidades de comunicação aplicadas a um mundo referencial diverso. (...) Sonho de uma noite de verão dá seqüência ao empenhado trabalho dos atores do Nós do Morro, em progresso constante a cada nova montagem".²<br/> <br/> Em 2006, o grupo se apresenta no festival internacional de Stratford-Upon-Avon, vilarejo natal de Shakespeare, com Os Dois Cavalheiros de Verona, com direção de Guti Fraga, comemorando 20 anos de existência. No mesmo ano, estréia a criação coletiva Amores Trágicos, com direção de Renato Rocha, e A Frente Fria que a Chuva Traz, de Mário Bortolotto, com direção de Caco Ciocler.<br/> <br/> O Nós do Morro reúne hoje mais de 50 pessoas, entre diretores, atores, técnicos, autores e colaboradores em diversas áreas. A gestão do grupo cabe a um núcleo formado por cinco pessoas: Guti Fraga, Zezé Silva, Fernando Mello da Costa, Luiz Paulo Côrrea e Castro e Fred Pinheiro. Este último é responsável pela direção artística; Zezé Silva e Maria Ester Moreira pela direção administrativa e José Gonzaga Araújo pela produção. E conta com os atores Luciana Bezerra, Gustavo Melo, Luciano Vidigal, Gorette Bezerra, Márcio Lopes, Márcia Francisco, Arthur Sherman, Renan Monteiro e Guilherme Estevan.


== História do Nós do Morro ==
== História do Nós do Morro ==
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*[https://www.instagram.com/gruposnosdomorrooficial/?hl=pt Instagram];  
*[https://www.instagram.com/gruposnosdomorrooficial/?hl=pt Instagram];  


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== Notas e referências ==
Informações retiradas das redes sociais do Grupo.


[[Category:Temática - Cultura]][[Category:Teatro]][[Category:Vidigal]][[Category:Arte]][[Category:Capacitação]][[Category:Temática - Juventude]]
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[[Categoria:Rio de Janeiro]]

Edição atual tal como às 17h50min de 1 de março de 2024


O Grupo Nós do Morro, fundado em 1986 no Morro do Vidigal, Rio de Janeiro, é uma organização social que transforma vidas por meio do acesso à arte, cultura e capacitação profissional para a indústria criativa. Iniciado como um projeto cultural no Centro Cultural Padre Leeb, o grupo, dirigido por Guti Fraga, oferece formação técnica, realiza montagens teatrais e desenvolve atividades cinematográficas. O Nós do Morro recebeu reconhecimento, incluindo o Prêmio Shell, e continua sua missão impactante na comunidade.

Autoria: Informações do verbete reproduzidas pela Equipe do Dicionário de Favelas Marielle Franco a partir de outras fontes.
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Sobre[editar | editar código-fonte]

GRUPO NÓS DO MORRO é uma organização social que tranforma vidas através do acesso a arte e cultura e da capacitação profissional para a indústria criativa.

História[editar | editar código-fonte]

Fundado para oferecer formação técnica a jovens da comunidade do Morro do Vidigal, Rio de Janeiro, o grupo dirigido por Guti Fraga alterna a montagem de textos clássicos e criações coletivas.

Em 1986, o padre austríaco Humberto Leeb e Joana Batista Costa fundam o Centro Cultural Padre Leeb, no Morro do Vidigal, e convidam o ator e diretor Guti Fraga, que mora no Vidigal desde 1977, para desenvolver um projeto cultural. Com Luiz Paulo Corrêa e Castro, Fred Pinheiro e Fernando Mello da Costa, ele apresenta a proposta de formar atores e técnicos e despertar na comunidade o interesse pelo teatro.

O primeiro espetáculo, em 1987, Encontros, de Luiz Paulo Corrêa e Castro e Tino Costa, nasce a partir de improvisações realizadas em aulas de teatro voltadas para a comunidade. Em seguida Guti Fraga recorre a dois textos da comédia popular brasileira, Torturas do Coração, de Ariano Suassuna, 1987, e Os Dois ou O Inglês Maquinista, de Martins Pena, 1988. No ano seguinte, o diretor coordena uma criação coletiva, com texto finalizado por Luiz Paulo Corrêa e Castro, com o título de Biroska. A peça se passa em frente a uma birosca e conta a história de Neguinho, um morador do morro que acredita ter ganhado no jogo do bicho. A iluminação do espetáculo é feita com 50 latas de Neston reaproveitadas e transformadas em refletores, e com mesa de luz montada artesanalmente. O espetáculo, produzido com a ajuda dos comerciantes do Vidigal, conta com 21 atores entre 7 e 79 anos.

Em 1990, Fraga transforma em musical um sucesso de 1973, montado pelo Teatro Ipanema, Hoje É Dia de Rock, de José Vicente. Em 1991, o grupo faz dois espetáculos musicais de variedades: Show das Cinco e Show das Sete, misturando teatro, dança, música, humor, dublagens, participações de artistas conhecidos e prêmios oferecidos pelo comércio local.

Em 1995, Rosane Svartman e Vinícius Reis realizam o documentário Depoimento - Nós do Morro, que marca o início das atividades do grupo Nós do Cinema. Em 1996, inaugura-se o Teatro do Vidigal, com capacidade para 80 pessoas, construído com o dinheiro obtido pelo espetáculo Show das Sete, além de colaborações de comerciantes da comunidade e do Conselho Britânico. Ali estréia, em 1996, Machadiando, que reúne três peças curtas de Machado de Assis (1839 - 1908): Lição de Botânica, Antes da Missa e Hoje Avental, Amanhã Luva. O Nós do Morro recebe o Prêmio Shell na categoria Especial pelos 11 anos de atividade.

No mesmo ano, apresenta-se pela primeira vez fora do Vidigal, em evento no Centro Cultural Banco do Brasil - CCBB, com o resultado do trabalho sobre Hamlet, de Shakespeare, desenvolvido com os ingleses Dominic Barter e Cicely Berry, da Royal Shakespeare Company.

Nos anos seguintes, o grupo monta uma série de textos de Luiz Paulo Corrêa: Abalou - Um Musical Funk, 1998; o infantil É Proibido Brincar, 1998; Noites do Vidigal, 2002; e Burro Sem Rabo, ou ..., 2003, este último encenado com direção de Fernando Mello da Costa. Abalou, que aborda a vida dos jovens do morro através dos bailes funk, principal opção de lazer nas comunidades pobres do Rio de Janeiro, recebe seis indicações para o Prêmio Coca-Cola de Teatro Jovem, e vence na categoria especial. Em 1998, o grupo faz sua primeira temporada em circuito comercial, com repertório que reúne Machadiando, Abalou e É Proibido Brincar.

Noites do Vidigal estréia no Teatro Maria Clara Machado e recebe crítica de O Globo, por Barbara Heliodora, que afirma: "(...) temos de tratar com o devido respeito o trabalho do Nós do Morro (...). Há, em todo o espetáculo, uma alegria, um humor, um orgulho do trabalho feito, que se comunicam brilhantemente com a platéia".¹

Em 2004, Fernando Mello da Costa dirige Sonho de Uma Noite de Verão - uma intromissão do Grupo Nós do Morro no mundo de Shakespeare, adaptação de Luiz Paulo Corrêa e Castro da peça de Shakespeare. Macksen Luiz analisa o espetáculo no Jornal do Brasil: "A adaptação não critica ou desrespeita, muito menos se intimida ou retrai diante da carga cultural do texto, tão-somente redimensiona as possibilidades de comunicação aplicadas a um mundo referencial diverso. (...) Sonho de uma noite de verão dá seqüência ao empenhado trabalho dos atores do Nós do Morro, em progresso constante a cada nova montagem".²

Em 2006, o grupo se apresenta no festival internacional de Stratford-Upon-Avon, vilarejo natal de Shakespeare, com Os Dois Cavalheiros de Verona, com direção de Guti Fraga, comemorando 20 anos de existência. No mesmo ano, estréia a criação coletiva Amores Trágicos, com direção de Renato Rocha, e A Frente Fria que a Chuva Traz, de Mário Bortolotto, com direção de Caco Ciocler.

O Nós do Morro reúne hoje mais de 50 pessoas, entre diretores, atores, técnicos, autores e colaboradores em diversas áreas. A gestão do grupo cabe a um núcleo formado por cinco pessoas: Guti Fraga, Zezé Silva, Fernando Mello da Costa, Luiz Paulo Côrrea e Castro e Fred Pinheiro. Este último é responsável pela direção artística; Zezé Silva e Maria Ester Moreira pela direção administrativa e José Gonzaga Araújo pela produção. E conta com os atores Luciana Bezerra, Gustavo Melo, Luciano Vidigal, Gorette Bezerra, Márcio Lopes, Márcia Francisco, Arthur Sherman, Renan Monteiro e Guilherme Estevan.

História do Nós do Morro[editar | editar código-fonte]

Redes sociais[editar | editar código-fonte]

Notas e referências[editar | editar código-fonte]

Informações retiradas das redes sociais do Grupo.