Papo na Laje (programa): mudanças entre as edições

Por equipe do Dicionário de Favelas Marielle Franco
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  Autoria: Papo na Laje
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Papo na Laje é um programa televisivo interessado nas múltiplas experiências de protagonismo das juventudes de favelas e periferias do estado do Rio de Janeiro. Toda '''quinta-feira, às 18 horas''', estreia um novo episódio no canal da '''[http://www.tvcomunitaria.rio/inicial TV Comunitária do Rio de janeiro (TVCRio)]''' e no '''[https://www.youtube.com/channel/UCEqvlWjUnydJqGJU0_G2PpQ YouTube]'''. Papo na Laje é uma resenha entre jovens. O programa visa conhecer as ações e os sonhos que os movimentam, além de visibilizar organizações que já atuam nesses territórios, fortalecendo o contato e intercâmbio entre movimentos sociais.  
Papo na Laje é um programa televisivo interessado nas múltiplas experiências de protagonismo das juventudes de favelas e periferias do estado do Rio de Janeiro. Toda '''quinta-feira, às 18 horas''', estreia um novo episódio no canal da '''[http://www.tvcomunitaria.rio/inicial TV Comunitária do Rio de janeiro (TVCRio)]''' e no '''[https://www.youtube.com/channel/UCEqvlWjUnydJqGJU0_G2PpQ YouTube]'''. Papo na Laje é uma resenha entre jovens. O programa visa conhecer as ações e os sonhos que os movimentam, além de visibilizar organizações que já atuam nesses territórios, fortalecendo o contato e intercâmbio entre movimentos sociais.  
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O Papo surgiu da convergência de percursos formativos e de vida de alguns sujeitos envolvidos na produção: alguns ligados ao Movimento Sem Terra (MST) e ao Brasil de Fato, e outros que já acumulavam diferentes experiências com juventudes, como a participação no Levante Popular da Juventude e em programas do governo federal, como o ProJovem. Dessa convergência surgiu a vontade de debater não somente as violências praticadas por agentes do Estado que os jovens sofrem nas grandes regiões metropolitanas, mas também as violências ligadas à negação de direitos como o direito ao trabalho, ao lazer, à cultura, à educação e à saúde. Essas são as primeiras preocupações, inquietações e conversas da equipe do projeto.  
O Papo surgiu da convergência de percursos formativos e de vida de alguns sujeitos envolvidos na produção: alguns ligados ao Movimento Sem Terra (MST) e ao Brasil de Fato, e outros que já acumulavam diferentes experiências com juventudes, como a participação no Levante Popular da Juventude e em programas do governo federal, como o ProJovem. Dessa convergência surgiu a vontade de debater não somente as violências praticadas por agentes do Estado que os jovens sofrem nas grandes regiões metropolitanas, mas também as violências ligadas à negação de direitos como o direito ao trabalho, ao lazer, à cultura, à educação e à saúde. Essas são as primeiras preocupações, inquietações e conversas da equipe do projeto.  


Como pano de fundo da concepção do programa estão as experiências políticas, organizativas e acadêmicas do leito histórico do Movimento Sem Terra (MST), ligadas ao método e relevância da realização do trabalho de base. Ao longo do seu desenvolvimento enquanto movimento social, o MST construiu a convicção de que para organizar o povo em seu território é preciso partir da escuta de suas preocupações e questões. E isso tem a ver com o olhar especial que esse movimento popular do campo tem, hoje, para a cidade. <blockquote>“O MST sabe que 84% da população brasileira hoje está nas grandes regiões metropolitanas, nas grandes cidades. O movimento reconhece que as grandes contradições fundamentais estão nas grandes cidades. No entanto, isso não anula a questão agrária, mas a repõe em outro patamar tanto no que diz respeito à produção de alimentos, em si, quanto no que se refere à relação entre questão agrária e questão fundiária urbana”, diz Rodrigo Marcelino.</blockquote>Essa visão mais ampla se manifesta na escolha de sujeitos centrais para se organizar nas cidades. Nessa perspectiva, o Papo na Laje é parte desse esforço de escuta ativa dos jovens, que visa dar passos além no sentido de organizá-los em seus territórios. <blockquote>“O projeto se junta aos saltos que o Brasil de Fato vem dando, no sentido de pensar um programa de TV, que seja arte, cultura e entretenimento, mas que também seja uma ferramenta de abertura de um trabalho de base. Isso tudo estava na origem das primeiras conversas com Dieymes Pechincha [diretor e roteirista do programa] e são essas diretrizes que orientam as temáticas de episódios como ‘Ser jovem hoje’; ‘Escolas de samba e religião’; ‘Capoeira’; ‘Tranças e identidade’; ‘Direito à moradia’; etc.”</blockquote>
Como pano de fundo da concepção do programa estão as experiências políticas, organizativas e acadêmicas do leito histórico do Movimento Sem Terra (MST), ligadas ao método e relevância da realização do trabalho de base. Ao longo do seu desenvolvimento enquanto movimento social, o MST construiu a convicção de que para organizar o povo em seu território é preciso partir da escuta de suas preocupações e questões. E isso tem a ver com o olhar especial que esse movimento popular do campo tem, hoje, para a cidade. <blockquote>“O MST sabe que 84% da população brasileira hoje está nas grandes regiões metropolitanas, nas grandes cidades. O movimento reconhece que as grandes contradições fundamentais estão nas grandes cidades. No entanto, isso não anula a questão agrária, mas a repõe em outro patamar tanto no que diz respeito à produção de alimentos, em si, quanto no que se refere à relação entre questão agrária e questão fundiária urbana”, diz Rodrigo Marcelino.</blockquote>Essa visão mais ampla se manifesta na escolha de sujeitos centrais para se organizar nas cidades. Nessa perspectiva, o Papo na Laje é parte desse esforço de escuta ativa dos jovens, que visa dar passos além no sentido de organizá-los em seus territórios.
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<blockquote>“O projeto se junta aos saltos que o Brasil de Fato vem dando, no sentido de pensar um programa de TV, que seja arte, cultura e entretenimento, mas que também seja uma ferramenta de abertura de um trabalho de base. Isso tudo estava na origem das primeiras conversas com Dieymes Pechincha [diretor e roteirista do programa] e são essas diretrizes que orientam as temáticas de episódios como ‘Ser jovem hoje’; ‘Escolas de samba e religião’; ‘Capoeira’; ‘Tranças e identidade’; ‘Direito à moradia’; etc.”</blockquote>


== Objetivos do projeto ==
== Objetivos do projeto ==
Segundo Rodrigo Marcelino:  <blockquote>“Por um lado, o MST quer avançar na disputa ideológica, na disputa de narrativas do povo. E nesse campo, as ferramentas do rádio e da TV são dois elementos centrais, inclusive diante da incorporação de novas tecnologias como plataformas de streaming, o YouTube, etc. O objetivo de fazer essa disputa ideológica para a organização popular coloca a necessidade de dominar o ‘fazer rádio', o ‘fazer televisão’ e toda essa expertise. O projeto envolve a formação de profissionais na linha política de uma visão popular do Brasil e do mundo, de construção de um projeto popular para o Brasil e com disposição para disputar esse projeto no seio da sociedade”. </blockquote>
Segundo Rodrigo Marcelino:  <blockquote>“Por um lado, o MST quer avançar na disputa ideológica, na disputa de narrativas do povo. E nesse campo, as ferramentas do rádio e da TV são dois elementos centrais, inclusive diante da incorporação de novas tecnologias como plataformas de streaming, o YouTube, etc. O objetivo de fazer essa disputa ideológica para a organização popular coloca a necessidade de dominar o ‘fazer rádio', o ‘fazer televisão’ e toda essa expertise. O projeto envolve a formação de profissionais na linha política de uma visão popular do Brasil e do mundo, de construção de um projeto popular para o Brasil e com disposição para disputar esse projeto no seio da sociedade”. [[Arquivo:Diretor claquete.jpg|miniaturadaimagem|Foto: [inserir autor]]] </blockquote>


== A importância política do programa ==
== A importância política do programa ==
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== Próximos passos - um projeto popular ==
== Próximos passos - um projeto popular ==
A partir do Papo na Laje e das redes constituídas com os territórios pelos quais o programa passou, a proposta é promover outros encontros. Essa juventude vem de experiências organizativas mais tradicionais - o Levante, o Movimento Popular da Juventude (MPJ) a Secretaria Nacional de Juventude do PT (JPT), etc - que são entidades que compõem o Conselho Político do Papo na Laje. Mas seus idealizadores querem mais: a intenção é desenvolver experiências de qualificação profissional a partir do audiovisual e da fotografia; desenvolver experiências de hortas agroecológicas nas favelas; levar outras experiências de organização, seja na luta por moradia seja na convergência com o MST; promover a construção de cozinhas populares, etc. Nas palavras de Rodrigo Marcelino “a ideia é avançar por outras experiências que venham ampliando, como em camadas de cebola, o espectro daqueles setores com os quais a gente dialoga nas favelas”.  
A partir do Papo na Laje e das redes constituídas com os territórios pelos quais o programa passou, a proposta é promover outros encontros. Essa juventude vem de experiências organizativas mais tradicionais - o Levante, o Movimento Popular da Juventude (MPJ) a Secretaria Nacional de Juventude do PT (JPT), etc - que são entidades que compõem o Conselho Político do Papo na Laje. Mas seus idealizadores querem mais: a intenção é desenvolver experiências de qualificação profissional a partir do audiovisual e da fotografia; desenvolver experiências de hortas agroecológicas nas favelas; levar outras experiências de organização, seja na luta por moradia seja na convergência com o MST; promover a construção de cozinhas populares, etc. Nas palavras de Rodrigo Marcelino “a ideia é avançar por outras experiências que venham ampliando, como em camadas de cebola, o espectro daqueles setores com os quais a gente dialoga nas favelas”.  
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Ferramentas para isso são o Brasil de Fato e sua distribuição nos territórios, são as experiências dessas lutas contra a fome, pela sobrevivência, pela qualificação profissional, etc. <blockquote>“Há seis anos o MST vem desenvolvendo a formulação em âmbito nacional do Projeto Brasil Popular, que contempla 32 áreas do saber, e é o programa que defendemos para o país. Um projeto popular de Brasil passa por disputar esse programa político na consciência das pessoas, e apontar um novo rumo que nos permita dar saltos qualitativos nessa tomada de consciência”. </blockquote>O Papo na Laje é um programa que começa no “fazer televisão” (para ganhar experiência nesse campo), que traz um sujeito particular (as juventudes) para o centro do tablado a partir de algumas experiências individuais, e que constrói um olhar específico pro que sofre a juventude. Mas ao mesmo tempo é um programa que está olhando lá na frente: <blockquote>“A ideia é fomentar a organização de comitês populares nas favelas, de cozinhas, de qualificação profissional, de construção de hortas… a gente quer é organizar o povo na luta por direitos com pauta para esse debate, discutindo referenciais de Brasil, de sentidos de Brasil com esse povão. Então tem um elemento político estratégico muito forte na nossa concepção” - Rodrigo Marcelino.</blockquote>
Ferramentas para isso são o Brasil de Fato e sua distribuição nos territórios, são as experiências dessas lutas contra a fome, pela sobrevivência, pela qualificação profissional, etc. <blockquote>“Há seis anos o MST vem desenvolvendo a formulação em âmbito nacional do Projeto Brasil Popular, que contempla 32 áreas do saber, e é o programa que defendemos para o país. Um projeto popular de Brasil passa por disputar esse programa político na consciência das pessoas, e apontar um novo rumo que nos permita dar saltos qualitativos nessa tomada de consciência”. </blockquote>O Papo na Laje é um programa que começa no “fazer televisão” (para ganhar experiência nesse campo), que traz um sujeito particular (as juventudes) para o centro do tablado a partir de algumas experiências individuais, e que constrói um olhar específico pro que sofre a juventude. Mas ao mesmo tempo é um programa que está olhando lá na frente: <blockquote>“A ideia é fomentar a organização de comitês populares nas favelas, de cozinhas, de qualificação profissional, de construção de hortas… a gente quer é organizar o povo na luta por direitos com pauta para esse debate, discutindo referenciais de Brasil, de sentidos de Brasil com esse povão. Então tem um elemento político estratégico muito forte na nossa concepção” - Rodrigo Marcelino.</blockquote>

Edição das 17h31min de 11 de março de 2022

Autoria: Papo na Laje

Papo na Laje é um programa televisivo interessado nas múltiplas experiências de protagonismo das juventudes de favelas e periferias do estado do Rio de Janeiro. Toda quinta-feira, às 18 horas, estreia um novo episódio no canal da TV Comunitária do Rio de janeiro (TVCRio) e no YouTube. Papo na Laje é uma resenha entre jovens. O programa visa conhecer as ações e os sonhos que os movimentam, além de visibilizar organizações que já atuam nesses territórios, fortalecendo o contato e intercâmbio entre movimentos sociais.

Como surgiu a ideia

O Papo surgiu da convergência de percursos formativos e de vida de alguns sujeitos envolvidos na produção: alguns ligados ao Movimento Sem Terra (MST) e ao Brasil de Fato, e outros que já acumulavam diferentes experiências com juventudes, como a participação no Levante Popular da Juventude e em programas do governo federal, como o ProJovem. Dessa convergência surgiu a vontade de debater não somente as violências praticadas por agentes do Estado que os jovens sofrem nas grandes regiões metropolitanas, mas também as violências ligadas à negação de direitos como o direito ao trabalho, ao lazer, à cultura, à educação e à saúde. Essas são as primeiras preocupações, inquietações e conversas da equipe do projeto.

Como pano de fundo da concepção do programa estão as experiências políticas, organizativas e acadêmicas do leito histórico do Movimento Sem Terra (MST), ligadas ao método e relevância da realização do trabalho de base. Ao longo do seu desenvolvimento enquanto movimento social, o MST construiu a convicção de que para organizar o povo em seu território é preciso partir da escuta de suas preocupações e questões. E isso tem a ver com o olhar especial que esse movimento popular do campo tem, hoje, para a cidade.

“O MST sabe que 84% da população brasileira hoje está nas grandes regiões metropolitanas, nas grandes cidades. O movimento reconhece que as grandes contradições fundamentais estão nas grandes cidades. No entanto, isso não anula a questão agrária, mas a repõe em outro patamar tanto no que diz respeito à produção de alimentos, em si, quanto no que se refere à relação entre questão agrária e questão fundiária urbana”, diz Rodrigo Marcelino.

Essa visão mais ampla se manifesta na escolha de sujeitos centrais para se organizar nas cidades. Nessa perspectiva, o Papo na Laje é parte desse esforço de escuta ativa dos jovens, que visa dar passos além no sentido de organizá-los em seus territórios.

Foto: [inserir autoria]

“O projeto se junta aos saltos que o Brasil de Fato vem dando, no sentido de pensar um programa de TV, que seja arte, cultura e entretenimento, mas que também seja uma ferramenta de abertura de um trabalho de base. Isso tudo estava na origem das primeiras conversas com Dieymes Pechincha [diretor e roteirista do programa] e são essas diretrizes que orientam as temáticas de episódios como ‘Ser jovem hoje’; ‘Escolas de samba e religião’; ‘Capoeira’; ‘Tranças e identidade’; ‘Direito à moradia’; etc.”

Objetivos do projeto

Segundo Rodrigo Marcelino:

“Por um lado, o MST quer avançar na disputa ideológica, na disputa de narrativas do povo. E nesse campo, as ferramentas do rádio e da TV são dois elementos centrais, inclusive diante da incorporação de novas tecnologias como plataformas de streaming, o YouTube, etc. O objetivo de fazer essa disputa ideológica para a organização popular coloca a necessidade de dominar o ‘fazer rádio', o ‘fazer televisão’ e toda essa expertise. O projeto envolve a formação de profissionais na linha política de uma visão popular do Brasil e do mundo, de construção de um projeto popular para o Brasil e com disposição para disputar esse projeto no seio da sociedade”.

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A importância política do programa

Para os idealizadores do programa, no curto prazo, a importância política do Papo na Laje é o fato de que os jovens envolvidos no projeto estão adquirindo a expertise de “fazer televisão”. Já a médio e longo prazo a importância política desse projeto está na abertura de espaços para fazer um trabalho de base que envolva a organização da juventude e, a partir dela, abranja outros atores e atrizes de dentro das favelas. Trata-se de valorizar as experiências das diversas juventudes que estão ali, no MTD - que é o Movimento das Trabalhadoras e Trabalhadores por Direitos - e do próprio MST. Cada um desses movimentos traz diversas bandeiras, seja da soberania alimentar e da produção de alimentos agroecológicos; seja da organização da juventude no que diz respeito à qualificação profissional na busca por trabalho e geração de renda; seja no que diz respeito ao direito à educação.

Sendo assim, a importância fundamental do Papo na Laje é ser uma porta de entrada para a organização popular a partir do método da comunicação televisiva, que é o que os idealizadores identificam que esse campo político demanda no território urbano.

Próximos passos - um projeto popular

A partir do Papo na Laje e das redes constituídas com os territórios pelos quais o programa passou, a proposta é promover outros encontros. Essa juventude vem de experiências organizativas mais tradicionais - o Levante, o Movimento Popular da Juventude (MPJ) a Secretaria Nacional de Juventude do PT (JPT), etc - que são entidades que compõem o Conselho Político do Papo na Laje. Mas seus idealizadores querem mais: a intenção é desenvolver experiências de qualificação profissional a partir do audiovisual e da fotografia; desenvolver experiências de hortas agroecológicas nas favelas; levar outras experiências de organização, seja na luta por moradia seja na convergência com o MST; promover a construção de cozinhas populares, etc. Nas palavras de Rodrigo Marcelino “a ideia é avançar por outras experiências que venham ampliando, como em camadas de cebola, o espectro daqueles setores com os quais a gente dialoga nas favelas”.

Foto: [Inserir autoria]


Ferramentas para isso são o Brasil de Fato e sua distribuição nos territórios, são as experiências dessas lutas contra a fome, pela sobrevivência, pela qualificação profissional, etc.

“Há seis anos o MST vem desenvolvendo a formulação em âmbito nacional do Projeto Brasil Popular, que contempla 32 áreas do saber, e é o programa que defendemos para o país. Um projeto popular de Brasil passa por disputar esse programa político na consciência das pessoas, e apontar um novo rumo que nos permita dar saltos qualitativos nessa tomada de consciência”.

O Papo na Laje é um programa que começa no “fazer televisão” (para ganhar experiência nesse campo), que traz um sujeito particular (as juventudes) para o centro do tablado a partir de algumas experiências individuais, e que constrói um olhar específico pro que sofre a juventude. Mas ao mesmo tempo é um programa que está olhando lá na frente:

“A ideia é fomentar a organização de comitês populares nas favelas, de cozinhas, de qualificação profissional, de construção de hortas… a gente quer é organizar o povo na luta por direitos com pauta para esse debate, discutindo referenciais de Brasil, de sentidos de Brasil com esse povão. Então tem um elemento político estratégico muito forte na nossa concepção” - Rodrigo Marcelino.

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