Periferia Preta: mudanças entre as edições

Por equipe do Dicionário de Favelas Marielle Franco
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O coletivo Periferia Preta [e um espaço de Artes Pretas e TLGBQIAP+. É uma ação proposta por moradoras do bairro, agentes culturais do Ponto de Cultura Fazenda da Juta e produtoras culturais da região de Sapopemba, com a missão de propositar circunstâncias onde a gente preta consiga se enxergar potente e capaz de significativas transformações sociais. Como ferramenta para difusão desta representatividade necessária, é utilizado nas ações variadas linguagens artísticas onde as pessoas pretas e periféricas sejam protagonistas.
Informações retiradas das redes oficiais do coletivo.
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Periferia Preta é um coletivo formado na Fazenda da Juta, região de Sapopemba, em São Paulo/SP. Desde 2013, artistas, arte-educadoras (es) e entusiastas do projeto utilizam a Periferia Preta como ferramenta de ação social e inserção artística na Zona Leste, promovendo projetos diversos pautados em frentes variadas, como música, teatro, saraus, rodas de samba, entre outras.
 
== História ==
 
=== O primeiro projeto ===
E em meados de 2014 fomos contemplados com o edital PROGRAMA CULTURA VIVA do MINC e Secretária Municipal de Cultura da cidade de São Paulo. O projeto durante os dois anos seguintes dedicou-se a formação de jovens agentes culturais. Neste mesmo ano foi criado em parceria com o recém-nascido Ponto de Cultura o evento Grito Cultura, foram 8 horas de uma programação artística marginal que defendia a descentralização e desmistificação de uma cultura central, com fronteiras.
 
=== O primeiro festival ===
[[Arquivo:1ª edição do Festival..jpg|alt=1ª edição do Festival.|centro|miniaturadaimagem|362x362px|1ª edição do Festival.]]
Em 2015 percebemos a urgência de intervir em mão oposta ao processo corrente de invisibilização da pessoa preta. Rediscutimos os rumos do nosso movimento e nos arregimentamos enquanto Coletivo Periferia Preta. Com reuniões pontuais, uma organização apurada, com apresentações custeadas através de doações dos moradores e mais uma vez em parceria com o Ponto de Cultura lançamos, em 2015, a primeira edição do Festival PERIFERIA PRETA. A ação reuniu múltiplas manifestações artísticas, políticas e (per)formativas das regiões de São Mateus, Guaianazes, Santo André, Cidade Tiradentes, Poá, Parelheiros e Grajaú criando uma rede de articulação com as quebradas vizinhas colocando a Fazenda da Juta, bairro histórico de luta, no circuito cultural periférico.
 
=== Outras edições do festival ===
No ano de 2016 organizado principalmente pelas agentes culturais recém formadas pelo Ponto de Cultura Fazenda da Juta e custeada com a verba do Ponto a 2o edição trouxe nomes como Liniker e os Caramelows, Linn da Quebrada, Embalanço Sambarock, Luana Hansen entre outros, e a 1ª edição da feira de empreendedoras pretas.
 
Em 2017, novamente sem verba, contamos com a assessoria da Oxfam Brasil, dos moradores do bairro e outros coletivos. Juntos realizamos oficinas de dança, capoeira, batalha de rap, apresentação de maracatu e Sound System na terceira edição do festival.
 
O Coletivo foi contemplado em 2018 pelo Programa VAI - Programa de iniciativas culturais, onde ao longo dos 8 meses de execução do projeto realizou 6 ações culturais nomeadas de #AçãoPreta: Roda de Conversa, Oficina de Poesia Marginal, Sarau da Juta, Samba para Marielles e Luanas, Cine Juta - e a 4° Edição de nosso festival "Periferia Preta"
 
== Espaço de artes pretas e TLGBQIAP+ ==
[[Arquivo:Espaço de Artes Pretas e TLGBQIAP+.jpg|alt=Espaço de Artes Pretas e TLGBQIAP+|centro|miniaturadaimagem|354x354px|Espaço de Artes Pretas e TLGBQIAP+]]
O Coletivo Periferia Preta foi contemplado pela Lei de Fomento à Cultura da Periferia de São Paulo de 2020, e em Fevereiro demos início à um projeto que surgiu lá no comecinho da nossa história: criar um lugar seguro para corpos pretos, LGBTQIA+ e periféricos vivenciarem as mais diversas manifestações artístico-culturais. Isto deixou de ser um sonho para se tornar um Espaço de Artes Pretas e TLGBQIAP+ com sala, quintal, cozinha e jardim. Além de promover encontros para produção e troca de saberes entre artistas, produtories culturais e a comunidade do distrito de Sapopemba, este espaço representa nossa trajetória e dois dos nossos principais objetivos: (re)abrir uma sede física para acolhimento e valorização de iniciativas locais e ampliar o acesso à cultura e lazer de moradores da nossa região.
 
== Projetos ==
 
=== Samba para Marielles e Luanas ===
Uma roda de samba para mover estruturas e com ela, toda a sociedade. No Samba para Marielles e Luanas, o coletivo Periferia Preta faz música em homenagem a todas aquelas que nos tiraram, mas que seguem semeando e florescendo pelo mundo e quebradas afora. É sobre amor e saudade, mas é também um clamor por justiça e igualdade.
 
=== Sarau da Juta ===
Se a cidade é para todos, onde estão e como vivem os negros e negras no território segregado de uma das maiores metrópoles do mundo? No Sarau da Juta o coletivo Periferia Preta visa exaltar as potências periféricas e expor os atravessamentos do Centro sobre as quebradas. É fazer barulho para impulsionar ainda mais a arte que brota sem aviso ou apoio a partir da união de coletivos e grupos de outras quebradas cidade afora.
 
=== Cine Juta ===
Um cinema aberto e livre, com filmes tendo a periferia no papel principal. É assim que o Cine Juta acontece, fomentando a magia do cinema para a população do bairro de forma democrática e ampla, como a sétima arte merece ser.
 
== Redes sociais ==
 
* [https://www.facebook.com/periferiapreta Facebook]
* [https://www.instagram.com/periferiapreta/ Instagram]
* [http://www.periferiapreta.com.br/ Site oficial]
 
[[Categoria:Fazenda da Juta]]
[[Categoria:São Paulo]]
[[Categoria:Temática - Cultura]]
[[Categoria:Arte]]

Edição das 12h57min de 17 de maio de 2022

Informações retiradas das redes oficiais do coletivo.
Logo Periferia Preta.
Logo Periferia Preta.

Periferia Preta é um coletivo formado na Fazenda da Juta, região de Sapopemba, em São Paulo/SP. Desde 2013, artistas, arte-educadoras (es) e entusiastas do projeto utilizam a Periferia Preta como ferramenta de ação social e inserção artística na Zona Leste, promovendo projetos diversos pautados em frentes variadas, como música, teatro, saraus, rodas de samba, entre outras.

História

O primeiro projeto

E em meados de 2014 fomos contemplados com o edital PROGRAMA CULTURA VIVA do MINC e Secretária Municipal de Cultura da cidade de São Paulo. O projeto durante os dois anos seguintes dedicou-se a formação de jovens agentes culturais. Neste mesmo ano foi criado em parceria com o recém-nascido Ponto de Cultura o evento Grito Cultura, foram 8 horas de uma programação artística marginal que defendia a descentralização e desmistificação de uma cultura central, com fronteiras.

O primeiro festival

1ª edição do Festival.
1ª edição do Festival.

Em 2015 percebemos a urgência de intervir em mão oposta ao processo corrente de invisibilização da pessoa preta. Rediscutimos os rumos do nosso movimento e nos arregimentamos enquanto Coletivo Periferia Preta. Com reuniões pontuais, uma organização apurada, com apresentações custeadas através de doações dos moradores e mais uma vez em parceria com o Ponto de Cultura lançamos, em 2015, a primeira edição do Festival PERIFERIA PRETA. A ação reuniu múltiplas manifestações artísticas, políticas e (per)formativas das regiões de São Mateus, Guaianazes, Santo André, Cidade Tiradentes, Poá, Parelheiros e Grajaú criando uma rede de articulação com as quebradas vizinhas colocando a Fazenda da Juta, bairro histórico de luta, no circuito cultural periférico.

Outras edições do festival

No ano de 2016 organizado principalmente pelas agentes culturais recém formadas pelo Ponto de Cultura Fazenda da Juta e custeada com a verba do Ponto a 2o edição trouxe nomes como Liniker e os Caramelows, Linn da Quebrada, Embalanço Sambarock, Luana Hansen entre outros, e a 1ª edição da feira de empreendedoras pretas.

Em 2017, novamente sem verba, contamos com a assessoria da Oxfam Brasil, dos moradores do bairro e outros coletivos. Juntos realizamos oficinas de dança, capoeira, batalha de rap, apresentação de maracatu e Sound System na terceira edição do festival.

O Coletivo foi contemplado em 2018 pelo Programa VAI - Programa de iniciativas culturais, onde ao longo dos 8 meses de execução do projeto realizou 6 ações culturais nomeadas de #AçãoPreta: Roda de Conversa, Oficina de Poesia Marginal, Sarau da Juta, Samba para Marielles e Luanas, Cine Juta - e a 4° Edição de nosso festival "Periferia Preta"

Espaço de artes pretas e TLGBQIAP+

Espaço de Artes Pretas e TLGBQIAP+
Espaço de Artes Pretas e TLGBQIAP+

O Coletivo Periferia Preta foi contemplado pela Lei de Fomento à Cultura da Periferia de São Paulo de 2020, e em Fevereiro demos início à um projeto que surgiu lá no comecinho da nossa história: criar um lugar seguro para corpos pretos, LGBTQIA+ e periféricos vivenciarem as mais diversas manifestações artístico-culturais. Isto deixou de ser um sonho para se tornar um Espaço de Artes Pretas e TLGBQIAP+ com sala, quintal, cozinha e jardim. Além de promover encontros para produção e troca de saberes entre artistas, produtories culturais e a comunidade do distrito de Sapopemba, este espaço representa nossa trajetória e dois dos nossos principais objetivos: (re)abrir uma sede física para acolhimento e valorização de iniciativas locais e ampliar o acesso à cultura e lazer de moradores da nossa região.

Projetos

Samba para Marielles e Luanas

Uma roda de samba para mover estruturas e com ela, toda a sociedade. No Samba para Marielles e Luanas, o coletivo Periferia Preta faz música em homenagem a todas aquelas que nos tiraram, mas que seguem semeando e florescendo pelo mundo e quebradas afora. É sobre amor e saudade, mas é também um clamor por justiça e igualdade.

Sarau da Juta

Se a cidade é para todos, onde estão e como vivem os negros e negras no território segregado de uma das maiores metrópoles do mundo? No Sarau da Juta o coletivo Periferia Preta visa exaltar as potências periféricas e expor os atravessamentos do Centro sobre as quebradas. É fazer barulho para impulsionar ainda mais a arte que brota sem aviso ou apoio a partir da união de coletivos e grupos de outras quebradas cidade afora.

Cine Juta

Um cinema aberto e livre, com filmes tendo a periferia no papel principal. É assim que o Cine Juta acontece, fomentando a magia do cinema para a população do bairro de forma democrática e ampla, como a sétima arte merece ser.

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