Redes de Militarização no Rio de Janeiro - cartografias sobre juventudes violências e resistências em favelas: mudanças entre as edições

Por equipe do Dicionário de Favelas Marielle Franco
 
(Uma revisão intermediária por um outro usuário não está sendo mostrada)
Linha 1: Linha 1:
{{DISPLAYTITLE:Redes de Militarização no Rio de Janeiro: cartografias sobre juventudes, violências e resistências em favelas}}
Dissertação de autoria de Caíque Azael defendida em 2021 no Programa de Pós-Graduação em Psicologia da Universidade Federal do Rio de Janeiro, cujo objetivo foi o de explorar as redes de militarização que capturam a vida de jovens em favelas no Rio de Janeiro.
Dissertação de autoria de Caíque Azael defendida em 2021 no Programa de Pós-Graduação em Psicologia da Universidade Federal do Rio de Janeiro, cujo objetivo foi o de explorar as redes de militarização que capturam a vida de jovens em favelas no Rio de Janeiro.
  Autoria: Caíque Azael
  Autoria: Caíque Azael
Linha 12: Linha 14:


=== Acesse ao texto ===
=== Acesse ao texto ===
<pdf height="1200" width="800">File:Redes de Militarizacao no Rio de Janeiro.pdf</pdf>


[[Categoria:Temática - Pesquisas]]
[[Categoria:Temática - Pesquisas]]

Edição atual tal como às 22h57min de 19 de setembro de 2023


Dissertação de autoria de Caíque Azael defendida em 2021 no Programa de Pós-Graduação em Psicologia da Universidade Federal do Rio de Janeiro, cujo objetivo foi o de explorar as redes de militarização que capturam a vida de jovens em favelas no Rio de Janeiro.

Autoria: Caíque Azael

Sobre[editar | editar código-fonte]

O presente verbete apresenta a dissertação de mestrado "Redes de Militarização no Rio de Janeiro: cartografias sobre juventudes, violências e resistências em favelas" defendida no âmbito do Programa de Pós Graduação em Psicologia da Universidade Federal do Rio de Janeiro no ano de 2021. A dissertação é de autoria de Caíque Azael Ferreira da Silva, com orientação de Rosa Maria Leite Ribeiro Pedro e Pedro Paulo Bicalho. Nela, exploram-se as redes de militarização que capturam a vida de jovens em favelas no Rio de Janeiro. A pesquisa contou com apoio financeiro da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES).

Resumo[editar | editar código-fonte]

A presente dissertação visa discutir os efeitos das políticas públicas de segurança na vida dos jovens em favelas e periferias do Rio de Janeiro. A análise é feita com base em cartografias sobre violações de direitos – especialmente do direito à vida – entre os anos de 2019 e 2021, período marcado por políticas com traços fascistas e pela pandemia do coronavírus. A partir disso, discutimos sobre como se proliferam os processos contemporâneos de militarização. Cenas reais discutidas no decorrer da dissertação desvelam uma racionalidade necroliberal, autoritária e racista, que orienta atuações de Estado em diferentes dimensões, articulando políticas militarizadas inclusive além da sua circunscrição “original” na segurança pública. Sobre as execuções analisadas – de Alan, Ágatha, João Pedro, Rodrigo, Emily e Rebeca – podemos destacar dois elementos: todos são jovens negros e moradores de favelas (perfil majoritário de pessoas mortas pelas polícias no Rio de Janeiro). A reflexão sobre como e em que momento histórico se operaram suas mortes nos ajuda a compreender que modos de vida estão possíveis a tantos outros jovens que vivem em situações semelhantes às que eles viveram, bem como nossas tarefas para a transformação de tal realidade. A orientação metodológica da pesquisa é um diálogo entre a Teoria Ator Rede e o Método Cartográfico de Pesquisa, que nos possibilita discutir as forças constituintes das redes de militarização da vida dos jovens. Acompanhar as referidas redes torna visível os traços necroliberais e racistas nas políticas de segurança pública vigentes, com suas diferentes orientações de trabalho de acordo com marcadores de raça, classe e território, mas também nos convoca a seguir os rastros das mobilizações coletivas de denúncia e enfrentamento ao sistema social que vitimiza jovens negros e pobres todos os dias, tanto nos movimentos sociais quanto em espaços institucionais (seja em organizações da sociedade civil, no parlamento ou na mídia, por exemplo). Com as mobilizações compreendemos que, ainda em momento de intensa militarização da vida dos jovens, há uma série de movimentos que se contrapõe ao necroliberalismo e ao racismo ao propor uma reinvenção do estatuto ontológico da vida por meio da luta política.

Abstract[editar | editar código-fonte]

This master’s thesis aims to discuss the effects of public security policies on the lives of young people in the favelas and peripheries of Rio de Janeiro. The analysis is based on cartographies of situations of human rights violations – especially the right to life – between 2019 and 2021, a time with fascist government and marked by the coronavirus pandemic. Real scenes discussed in this research reveal a necroliberal, authoritarian and racist rationality that guides state actions in different dimensions, articulating militarized politics even beyond its “original” circumscription in public safety. About the executions analyzed – Alan, Ágatha, João Pedro, Rodrigo, Emily and Rebeca – we can highlight two elements: all are young black people and residents of favelas (the majority profile of people killed by “law enforcement” in Rio de Janeiro). Reflecting on how and in which historical moment their deaths took place helps us understand which ways of life are possible for so many other young people who live in similar situations to those they have lived, as well as our tasks for the transformation of such a reality. The methodological orientation of the research is a dialogue between the Actor-Network Theory and the Cartographic Method, which allows us to discuss the constituent forces of the networks of militarization young people. Following these networks makes visible the necroliberal and racist traits in the current public security policies, with their different work orientations according to markers of race, class and territory, but it also calls us to follow the trails and collective mobilizations to denounce and confront the social system that victimizes black and poor young people every day, both in social movements and in institutional spaces (whether in civil society organizations, in parliament or in media, for example). With the mobilizations, we understand that even at a time of intense militarization of young people's lives, there are a series of movements that oppose necroliberalism and racism by proposing a reinvention of the ontological status of life.

Acesse ao texto[editar | editar código-fonte]