São João de Meriti: Distopia Gera Utopia
Você já deve ter ouvido que o município de São João de Meriti é o Formigueiro das Américas, certo? Também suponho que você já deve ter escutado por aí, sobre a violência da cidade, sobre a incapacidade de administração dos políticos e até sobre a superlotação da única Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do bairro Jardim Íris. Como moradora, eu vivencio tudo isso; mas como educadora popular, eu também acredito que essa distopia gera utopia. Então leitoras e leitores, aceite esse convite e vem conhecer São João de Meriti.
Dados recentes do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), revelam que a cidade de São João de Meriti é formada por 440.962 pessoas. Historicamente, a organização espacial da cidade era composta de capelas religiosas e por fazendas produtoras de mandioca, milho e feijão. O município teve sua emancipação em 1947 e atualmente possui 21 (vinte e um) bairros (Tabela 1).
O significado da palavra distopia corresponde a lugar ou estado imaginário em que se vive em condições de privação, opressão e desespero. Busca-se aqui relacionar a violência contra a juventude e as condições urbanas do território meritiense, como uma privação de território seguro e saudável. O Atlas da Violência do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), apresenta que de 2017 até 2021, São João de Meriti teve 513 homicídios de jovens. O maior número de óbitos ocorreu em 2017, com 126 e a menor porcentagem ocorreu em 2019, com 70 vítimas (gráfico 1).
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