Sem descanso (documentário): mudanças entre as edições

Por equipe do Dicionário de Favelas Marielle Franco
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(O filme conta a história de lutas Jurandhy Silva da Santana, pai de Geovane Mascarenhas de Santana, em busca de seu filho. O jovem desapareceu após uma abordagem truculenta da Polícia Militar em 2016 e tem um pouco do caso contado. )
 
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'''Autor: Bernard Attal.'''
Fonte: [https://www.correio24horas.com.br/noticia/nid/sem-descanso-trajetoria-de-pai-de-geovane-jovem-morto-por-pms-e-contada-em-filme/ Jornal Correio Brasiliense]  


'''Autor: Bernard Attal.'''
== Introdução ==


Fonte: [https://www.correio24horas.com.br/noticia/nid/sem-descanso-trajetoria-de-pai-de-geovane-jovem-morto-por-pms-e-contada-em-filme/ Jornal Correio Brasiliense]  
O filme conta a história de lutas Jurandhy Silva da Santana, pai de Geovane Mascarenhas de Santana, em busca de seu filho. O jovem desapareceu após uma abordagem truculenta da Polícia Militar em 2016 e tem um pouco do caso contado. 


= Introdução =
O documentário foi lançado dia 17 de novembro de 2018, no Panorama Internacional Coisa de Cinema, o mais importante festival de cinema da Bahia. No filme, é abordada a história do Caso Geovane a partir da série de reportagens feitas pelo jornal Correio na época do caso, abordando desde seu desaparecimento até o enterro dos restos mortais dele, que foram encontrados carbonizados, decapitado e sem as mãos. O caminho feito pelo pai de Geovane, que incluiu delegacias, corregedoria, Instituto Médico Legal e hospitais foi o que motivou o nome do documentário. Incansável. ''Sem descanso''.
 
O filme conta a história de lutas Jurandhy Silva da Santana, pai de Geovane Mascarenhas de Santana, em busca de seu filho. O jovem desapareceu após uma abordagem truculenta da Polícia Militar em 2016 e tem um pouco do caso contado. O documentário foi lançado dia 17 de novembro de 2018, no Panorama Internacional Coisa de Cinema, o mais importante festival de cinema da Bahia. No filme, é abordada a história do Caso Geovane a partir da série de reportagens feitas pelo jornal Correio na época do caso, abordando desde seu desaparecimento até o enterro dos restos mortais dele, que foram encontrados carbonizados, decapitado e sem as mãos. O caminho feito pelo pai de Geovane, que incluiu delegacias, corregedoria, Instituto Médico Legal e hospitais foi o que motivou o nome do documentário. Incansável. ''Sem descanso''.
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“Eu fui até onde pude para encontrar o meu filho. Ver ele naquela situação foi desesperador. Eu não queria aceitar. Agora eu só espero por justiça. Os policiais têm que pagar pelo o que eles fizeram. E eu não vou fazer nada. Espero uma resposta da Justiça”, disse Jurandhy.
“Eu fui até onde pude para encontrar o meu filho. Ver ele naquela situação foi desesperador. Eu não queria aceitar. Agora eu só espero por justiça. Os policiais têm que pagar pelo que eles fizeram. E eu não vou fazer nada. Espero uma resposta da Justiça”, disse Jurandhy.
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Ao longo do filme, além da história de Geovane, contada pelo pai e por familiares, a discussão do papel institucional dos policiais e a morte institucionalizada de negros são debatidas por especialistas. O tensionamento da frase “bandido bom é bandido morto” também foi utilizada no documentário. “Eu fiz bastante trabalhos na periferia e acompanhei essa violência que o povo da periferia, especialmente os jovens negros, sofrem. E depois eu acompanhei também a maneira com que o jornal CORREIO investigou e acompanhou essa história em tempos como esses - que não tem mais jornalismo investigativo - e achei muito bacana porque o jornal acompanhou o pai, não deixou a história cair. Outra motivação foi a personalidade do pai, o Jurandhy, que para mim é um herói de tragédia grega. E teve outro elemento porque na mesma semana que o Geovane foi assassinado, um jovem negro americano também foi assassinado nos EUA e a repercussão que teve lá foi completamente diferente”, disse o diretor do documentário, o cineasta francês Bernard Attal.&nbsp; &nbsp;&nbsp;
Ao longo do filme, além da história de Geovane, contada pelo pai e por familiares, a discussão do papel institucional dos policiais e a morte institucionalizada de negros são debatidas por especialistas.  


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O tensionamento da frase “bandido bom é bandido morto” também foi utilizado no documentário. “Eu fiz bastante trabalhos na periferia e acompanhei essa violência que o povo da periferia, especialmente os jovens negros, sofrem. E depois eu acompanhei também a maneira com que o jornal CORREIO investigou e acompanhou essa história em tempos como esses - que não tem mais jornalismo investigativo - e achei muito bacana porque o jornal acompanhou o pai, não deixou a história cair.
 
Outra motivação foi a personalidade do pai, o Jurandhy, que para mim é um herói de tragédia grega. E teve outro elemento porque na mesma semana que o Geovane foi assassinado, um jovem negro americano também foi assassinado nos EUA e a repercussão que teve lá foi completamente diferente”, disse o diretor do documentário, o cineasta francês Bernard Attal.&nbsp; &nbsp;&nbsp;


= Sinopse =
== Sinopse ==


Em 2014, Geovane, um jovem de um bairro pobre do Brasil, foi preso pela polícia militar e nunca mais foi visto. Dados comprovam que a polícia brasileira é a mais violenta do mundo, deixando vítimas que são principalmente os jovens negros. Os casos raramente são investigados, e os parentes são deixados a viver na ignorância sobre o destino de seus filhos após um encontro com a polícia militar. Mas o pai de Geovane não descansou até encontrar o paradeiro de seu filho. O documentário tece a investigação do caso com um debate sobre as raízes históricas e sociais da brutalidade policial.
Em 2014, Geovane, um jovem de um bairro pobre do Brasil, foi preso pela polícia militar e nunca mais foi visto. Dados comprovam que a polícia brasileira é a mais violenta do mundo, deixando vítimas que são principalmente os jovens negros. Os casos raramente são investigados, e os parentes são deixados a viver na ignorância sobre o destino de seus filhos após um encontro com a polícia militar. Mas o pai de Geovane não descansou até encontrar o paradeiro de seu filho. O documentário tece a investigação do caso com um debate sobre as raízes históricas e sociais da brutalidade policial.


= Informações Gerais =
== Informações Gerais ==


Lançamento: 2018
Lançamento: 2018
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Nacionalidade: Brasil
Nacionalidade: Brasil


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Edição atual tal como às 06h06min de 26 de junho de 2023

Autor: Bernard Attal.

Fonte: Jornal Correio Brasiliense  

Introdução[editar | editar código-fonte]

O filme conta a história de lutas Jurandhy Silva da Santana, pai de Geovane Mascarenhas de Santana, em busca de seu filho. O jovem desapareceu após uma abordagem truculenta da Polícia Militar em 2016 e tem um pouco do caso contado. 

O documentário foi lançado dia 17 de novembro de 2018, no Panorama Internacional Coisa de Cinema, o mais importante festival de cinema da Bahia. No filme, é abordada a história do Caso Geovane a partir da série de reportagens feitas pelo jornal Correio na época do caso, abordando desde seu desaparecimento até o enterro dos restos mortais dele, que foram encontrados carbonizados, decapitado e sem as mãos. O caminho feito pelo pai de Geovane, que incluiu delegacias, corregedoria, Instituto Médico Legal e hospitais foi o que motivou o nome do documentário. Incansável. Sem descanso.

“Eu fui até onde pude para encontrar o meu filho. Ver ele naquela situação foi desesperador. Eu não queria aceitar. Agora eu só espero por justiça. Os policiais têm que pagar pelo que eles fizeram. E eu não vou fazer nada. Espero uma resposta da Justiça”, disse Jurandhy.

Ao longo do filme, além da história de Geovane, contada pelo pai e por familiares, a discussão do papel institucional dos policiais e a morte institucionalizada de negros são debatidas por especialistas.

O tensionamento da frase “bandido bom é bandido morto” também foi utilizado no documentário. “Eu fiz bastante trabalhos na periferia e acompanhei essa violência que o povo da periferia, especialmente os jovens negros, sofrem. E depois eu acompanhei também a maneira com que o jornal CORREIO investigou e acompanhou essa história em tempos como esses - que não tem mais jornalismo investigativo - e achei muito bacana porque o jornal acompanhou o pai, não deixou a história cair.

Outra motivação foi a personalidade do pai, o Jurandhy, que para mim é um herói de tragédia grega. E teve outro elemento porque na mesma semana que o Geovane foi assassinado, um jovem negro americano também foi assassinado nos EUA e a repercussão que teve lá foi completamente diferente”, disse o diretor do documentário, o cineasta francês Bernard Attal.    

Sinopse[editar | editar código-fonte]

Em 2014, Geovane, um jovem de um bairro pobre do Brasil, foi preso pela polícia militar e nunca mais foi visto. Dados comprovam que a polícia brasileira é a mais violenta do mundo, deixando vítimas que são principalmente os jovens negros. Os casos raramente são investigados, e os parentes são deixados a viver na ignorância sobre o destino de seus filhos após um encontro com a polícia militar. Mas o pai de Geovane não descansou até encontrar o paradeiro de seu filho. O documentário tece a investigação do caso com um debate sobre as raízes históricas e sociais da brutalidade policial.

Informações Gerais[editar | editar código-fonte]

Lançamento: 2018

Duração: 1h 18min 

Direção: Bernard Attal

Gênero: Documentário

Nacionalidade: Brasil

Trailer do filme[editar | editar código-fonte]