Serra da Misericórdia: mudanças entre as edições

Por equipe do Dicionário de Favelas Marielle Franco
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A Serra da Misericórdia, incialmente chamada de serra chorona, por conta da
quantidade de nascentes que ela apresenta, é o quarto maciço urbana da cidade do Rio de
Janeiro, depois da Floresta da Tijuca, Medanha e Pedra Branca; se estendendo por 27 bairros
da Zona Norte do município e se constitui a principal área verde da região. Ela tem uma
importância histórica, ambiental e política imensurável para a região.


Boa parte da história da militância da região do Complexo do Alemão passa pela
'''Autor: Edson.'''
organização em torno da defesa da Serra da Misericórdia, em particular a defesa pela criação
da APARU (Área de Proteção Ambiental e Recuperação Urbana), que foi feita no ano 2000,
após forte mobilização realizada pelo Verderjar Socioambiental, fundada em 1997. O que
trouxe algumas garantias ambientais para a serra.


Feito esse movimento inicial, nos anos seguintes foi fundado o Comitê de
A Serra da Misericórdia, incialmente chamada de serra chorona, por conta da quantidade de nascentes que ela apresenta, é o quarto maciço urbana da cidade do Rio de Janeiro, depois da Floresta da Tijuca, Medanha e Pedra Branca; se estendendo por 27 bairros da Zona Norte do município e se constitui a principal área verde da região. Ela tem uma importância histórica, ambiental e política imensurável para a região.
Desenvolvimento Local da Serra Misericórida (CDLSM), que congregou diversas organizações
sociais da região para garantir a defesa da área e pregando a participação e controle social das
políticas a serem ali desenvolvidas. Destaca-se, aí, a proposta de criação do Parque ambiental
da Serra da Misericórdia, pelo Prefeito Cesar Maia. O CDLSM conferiu densidade ao tecido
político do Complexo do Alemão nos anos 2000 e algumas organizações locais saíram
fortalecidas desse engajamento.


Ao mesmo tempo, por conter uma grande reserva de granito, a Serra é objeto
Boa parte da história da militância da região do Complexo do Alemão passa pela organização em torno da defesa da Serra da Misericórdia, em particular a defesa pela criação da APARU (Área de Proteção Ambiental e Recuperação Urbana), que foi feita no ano 2000, após forte mobilização realizada pelo Verderjar Socioambiental, fundada em 1997. O que trouxe algumas garantias ambientais para a serra.
constante dos interesses privados. A presença da mineradora Lafarge é um dos grandes focos
de tensão política e mobilização local. Os impactos ambientais causados por sua ação se
manifestam constantemente. Um dos mais emblemáticos foi o rompimento de um lençol
freático que produziu um lago na região.


Mais recentemente, nos esforços de urbanização de favelas que foram
Feito esse movimento inicial, nos anos seguintes foi fundado o Comitê de Desenvolvimento Local da Serra Misericórida (CDLSM), que congregou diversas organizações sociais da região para garantir a defesa da área e pregando a participação e controle social das políticas a serem ali desenvolvidas. Destaca-se, aí, a proposta de criação do Parque ambiental da Serra da Misericórdia, pelo Prefeito Cesar Maia. O CDLSM conferiu densidade ao tecido político do Complexo do Alemão nos anos 2000 e algumas organizações locais saíram fortalecidas desse engajamento.
desencadeados por conta do PAC, a Serra voltou a ser objeto de intervenções públicas, com a
 
criação de um bikeparque lá. Um campo de futebol histórico, o “campo da mina”, foi
Ao mesmo tempo, por conter uma grande reserva de granito, a Serra é objeto constante dos interesses privados. A presença da mineradora Lafarge é um dos grandes focos de tensão política e mobilização local. Os impactos ambientais causados por sua ação se manifestam constantemente. Um dos mais emblemáticos foi o rompimento de um lençol freático que produziu um lago na região.
destruído, o projeto foi desenhado, mas não chegou a sair do papel, bem como boa parte das
 
ações voltadas para as favelas. Que se iniciam e ficam por terminar.
Mais recentemente, nos esforços de urbanização de favelas que foram desencadeados por conta do PAC, a Serra voltou a ser objeto de intervenções públicas, com a criação de um bikeparque lá. Um campo de futebol histórico, o “campo da mina”, foi destruído, o projeto foi desenhado, mas não chegou a sair do papel, bem como boa parte das ações voltadas para as favelas. Que se iniciam e ficam por terminar. Um pouco desta história que se busca contar e detalhar neste verbete.
Um pouco desta história que se busca contar e detalhar neste verbete.


Palavras-chave: Serra da Misericórdia; subúrbio; conflitos ambientais; CDLSM.
Palavras-chave: Serra da Misericórdia; subúrbio; conflitos ambientais; CDLSM.


Autor: Edson.
 

Edição das 22h36min de 1 de outubro de 2019

Autor: Edson.

A Serra da Misericórdia, incialmente chamada de serra chorona, por conta da quantidade de nascentes que ela apresenta, é o quarto maciço urbana da cidade do Rio de Janeiro, depois da Floresta da Tijuca, Medanha e Pedra Branca; se estendendo por 27 bairros da Zona Norte do município e se constitui a principal área verde da região. Ela tem uma importância histórica, ambiental e política imensurável para a região.

Boa parte da história da militância da região do Complexo do Alemão passa pela organização em torno da defesa da Serra da Misericórdia, em particular a defesa pela criação da APARU (Área de Proteção Ambiental e Recuperação Urbana), que foi feita no ano 2000, após forte mobilização realizada pelo Verderjar Socioambiental, fundada em 1997. O que trouxe algumas garantias ambientais para a serra.

Feito esse movimento inicial, nos anos seguintes foi fundado o Comitê de Desenvolvimento Local da Serra Misericórida (CDLSM), que congregou diversas organizações sociais da região para garantir a defesa da área e pregando a participação e controle social das políticas a serem ali desenvolvidas. Destaca-se, aí, a proposta de criação do Parque ambiental da Serra da Misericórdia, pelo Prefeito Cesar Maia. O CDLSM conferiu densidade ao tecido político do Complexo do Alemão nos anos 2000 e algumas organizações locais saíram fortalecidas desse engajamento.

Ao mesmo tempo, por conter uma grande reserva de granito, a Serra é objeto constante dos interesses privados. A presença da mineradora Lafarge é um dos grandes focos de tensão política e mobilização local. Os impactos ambientais causados por sua ação se manifestam constantemente. Um dos mais emblemáticos foi o rompimento de um lençol freático que produziu um lago na região.

Mais recentemente, nos esforços de urbanização de favelas que foram desencadeados por conta do PAC, a Serra voltou a ser objeto de intervenções públicas, com a criação de um bikeparque lá. Um campo de futebol histórico, o “campo da mina”, foi destruído, o projeto foi desenhado, mas não chegou a sair do papel, bem como boa parte das ações voltadas para as favelas. Que se iniciam e ficam por terminar. Um pouco desta história que se busca contar e detalhar neste verbete.

Palavras-chave: Serra da Misericórdia; subúrbio; conflitos ambientais; CDLSM.