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| = Rede de Observatórios da Segurança =
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| = O que é? =
| | Graduado em Ciências Sociais pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) e mestre em Ciências Sociais pelo Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais (PPCIS-UERJ). Desde 2015 é doutorando em Ciência Política pelo Instituto de Estudos Sociais e Políticos (IESP-UERJ). No CESeC, coordena a área de pesquisa da Rede de Observatórios da Segurança, além de participar de pesquisas relacionadas aos temas de juventude, gestão e modelos de policiamento, análise de índices criminais, mídia e violência. |
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| Cinco organizações, de cinco estados, conectadas com um objetivo: monitorar e difundir informações sobre segurança pública, violência e direitos humanos. A Rede de Observatórios da Segurança é uma iniciativa de instituições acadêmicas e da sociedade civil da Bahia, Ceará, Pernambuco, Rio de Janeiro e São Paulo dedicada a acompanhar políticas públicas de segurança e a criminalidade nesses estados.
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| Com metodologia inspirada na bem-sucedida experiência do Observatório da Intervenção, projeto do Centro de Estudos de Segurança e Cidadania (CESeC), que monitorou as ações das Forças Armadas no Rio de Janeiro durante a intervenção federal em 2018, a Rede acompanha 16 indicadores, além dos dados oficiais e orçamentos governamentais e realiza relatórios, infográficos e vídeos, além de seminários e encontros.
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| Além do CESeC, as organizações que formam a rede são: Iniciativa Negra Por Uma Nova Política de Drogas, da Bahia; Laboratório de Estudos da Violência (LEV), do Ceará; Gabinete de Assessoria Jurídica às Organizações Populares (Gajop), de Pernambuco; Núcleo de Estudos da Violência (NEV/USP), de São Paulo..
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| Outra dimensão do trabalho da Rede de Observatórios é a criação de fóruns de discussão. Cada Observatório articula redes temáticas em diferentes áreas, como pesquisadores de segurança pública; ativistas de favelas e periferias; ONGs e movimentos sociais; movimento negro; movimento LGBT; mandatos de parlamentares; Judiciário e Ministério Público; tecnologia e transparência; e comunicação.
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| == Como é feito? ==
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| A Rede de Observatórios da Segurança é uma iniciativa inédita no país de produção cidadã de informações sobre segurança pública, criminalidade e violência. É formada por cinco organizações, de cinco estados, que reúnem e sistematizam dados sobre 16 indicadores:
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| *Ações e ataques de grupos criminais
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| *Chacinas
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| *Corrupção policial
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| *Feminicídio e violência contra mulher
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| *Intolerância religiosa
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| *Linchamentos
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| *Manifestação, greve e protesto
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| *Policiamento
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| *Racismo e injúria racial
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| *Sistema penitenciário
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| *Sistema socioeducativo
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| *Violência armada
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| *Violência contra agentes do Estado
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| *Violência contra crianças e adolescentes
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| *Violência contra LGBTI+
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| *Violências por agentes do Estado
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| As organizações que fomam a rede seguem a mesma metodologia de acompanhamento e sistematização, baseada na que foi implantada pelo Observatório da Intervenção, iniciativa do Centro de Estudos de Segurança e Cidadania (CESeC) durante a intervenção federal na segurança do Rio de Janeiro, em 2018. Nosso trabalho consiste na pesquisa, seleção e classificação de informações dos principais jornais regionais e brasileiros; veiculos de mídia alternativos e páginas locais no Facebook. Relatos e informações de ativistas e organizações dedicados ao tema segurança pública e direitos humanos são insumos para a pesquisa. Diariamente, as informações de diferentes fontes são confrontadas e registradas. Os dados só são considerados validados depois de passar pela revisão da equipe.
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| Mantemos ainda uma parceria com o Laboratório de Dados Fogo Cruzado, plataforma digital colaborativa que registra a incidência de violência armada nas regiões metropolitanas do Rio de Janeiro e Recife.
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| Os informes divulgados pelos governos estaduais sobre categorias como homicídios, latrocínios, roubos a transeuntes e de cargas também são contabilizados e analisados em profundidade. As equipes da Rede acompanham ainda Diários Oficiais e portais governamentais para mensurar os gastos no setor. Utilizamos a Lei de Acesso à Informação (LAI) para solicitar informações não divulgadas pelas fontes governamentais.
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| A metodologia da Rede foi inspirada em outras iniciativas reconhecidas e premiadas internacionalmente, como o Armed Conflict Location & Event Data Project (ACLED), o Gun Violence Archive e o Fogo Cruzado.
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