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Fala-se de '''villas miséria''' às [[favelas]] formadas por [[vivenda]]s precárias encontradas na [[Argentina]],[[Uruguai]], [[México]] e [[Peru]] .
[[Ficheiro:Lima PuebloJov 5.jpg|thumb|270px|Pueblo Joven em San Juan de Lurigancho, a nordeste de [[Lima]].]]


Em Argentina tomam seu nome do romance de [[Bernardo Verbitsky]] ''Villa Miseria también es América'' ([[1957]]), onde se descrevem as condições dos [[Movimento migratório|migrantes internos]] durante a ''[[Década Infame]]''. na área de [[Buenos Aires]], a maioria deles com abundáncia de imigrantes do Peru, Bolivia e Paraguai. Ultimamente organizaram "tours" pagos de visitantes estrangeiros atraídos pelo fenómeno.
Fala-se de '''villas miséria''' às favelas formadas por vivendas precárias encontradas na Argentina,Uruguai, México e Peru .


Seu equivalente peruano são Povos jovens(Pueblo Jovén em Espanhol), grandes favelas que cercam [[Lima]] e outras cidades do [[Peru]]. Muitas dessas cidades se desenvolveram em distritos importantes de Lima, como Villa El Salvador e Comas. O crescimento dos Pueblos Jovenes foi causado pelas grandes ondas de migração das áreas rurais circundantes ou de todo o país. Este último é o caso na capital peruana Lima. Em 1961, havia 139 pueblos jovenes (favelas), com uma população de 316,829 habitantes e uma taxa de crescimento anual de 9,84%. Em 1970, os jovens aumentou para 273, com uma população de 761,755 habitantes, hoje, Lima tem uma população 2.000 pueblos jovenes (favelas) e vivem 2'623, 000 habitantes, cerca de 31% da população metropolitana.<ref>http://arquitecturahuachafa.blogspot.com.ar/2011/11/lima-barriadas-y-pueblos-jovenes.html</ref>São compostas de barracos mal construídos que geralmente não têm água corrente, e outros serviços básicos. Na aparência e cultura, eles são semelhantes às favelas do Brasil. O crime é galopante.<ref> Jean-Claude Driant, Las Barriadas de Lima, Historia e interpretacion", ISBN 84-89302-09-X, Lima, 1991.</ref>
Em Argentina tomam seu nome do romance de Bernardo Verbitsky ''Villa Miseria también es América'' (1957), onde se descrevem as condições dos migrantes internos durante a ''Década Infame''. na área de Buenos Aires, a maioria deles com abundáncia de imigrantes do Peru, Bolivia e Paraguai. Ultimamente organizaram "tours" pagos de visitantes estrangeiros atraídos pelo fenómeno.


A maior villa miséria do mundo está localizada na [[Cidade do México]].<ref>Mike Davis, Planet of Slums [« Le pire des mondes possibles : de l'explosion urbaine au bidonville global »], La Découverte, Paris, 2006 (ISBN 978-2-7071-4915-2)</ref><ref>[http://www.ibtimes.com/5-biggest-slums-world-381338 5 Biggest Slums in the World], International Business Times, Daniel Tovrov, IB Times (December 9, 2011)</ref><ref>Craig Glenday (Editor), Guinness World Records 2013, Bantam, ISBN 978-0-345-54711-8; see page 277</ref>
Seu equivalente peruano são Povos jovens(Pueblo Jovén em Espanhol), grandes favelas que cercam Lima e outras cidades do Peru. Muitas dessas cidades se desenvolveram em distritos importantes de Lima, como Villa El Salvador e Comas. O crescimento dos Pueblos Jovenes foi causado pelas grandes ondas de migração das áreas rurais circundantes ou de todo o país. Este último é o caso na capital peruana Lima. Em 1961, havia 139 pueblos jovenes (favelas), com uma população de 316,829 habitantes e uma taxa de crescimento anual de 9,84%. Em 1970, os jovens aumentou para 273, com uma população de 761,755 habitantes, hoje, Lima tem uma população 2.000 pueblos jovenes (favelas) e vivem 2'623, 000 habitantes, cerca de 31% da população metropolitana.<ref>http://arquitecturahuachafa.blogspot.com.ar/2011/11/lima-barriadas-y-pueblos-jovenes.html</ref>São compostas de barracos mal construídos que geralmente não têm água corrente, e outros serviços básicos. Na aparência e cultura, eles são semelhantes às favelas do Brasil. O crime é galopante.<ref> Jean-Claude Driant, Las Barriadas de Lima, Historia e interpretacion</ref>


No Uruguai são chamados de Cantegril. O nome é uma ironia, pois Cantegril é um dos bairros mais caros do internacional balneário de [[Punta del Este]]. <ref>{{citar web|url=http://www.elpais.com.uy/opinion/editorial/cara-dolorosa-montevideo-ciudad-contribuyentes.html |título=A painful face of Montevideo|data=2013-06-28|publicado=[[El País (Uruguai)|EL PAIS]]}} {{es icon}}</ref>
A maior villa miséria do mundo está localizada na Cidade do México.<ref>Mike Davis, Planet of Slums [« Le pire des mondes possibles : de l'explosion urbaine au bidonville global »], La Découverte, Paris, 2006 (ISBN 978-2-7071-4915-2)</ref><ref>[http://www.ibtimes.com/5-biggest-slums-world-381338 5 Biggest Slums in the World], International Business Times, Daniel Tovrov, IB Times (December 9, 2011)</ref><ref>Craig Glenday (Editor), Guinness World Records 2013, Bantam, ISBN 978-0-345-54711-8; see page 277</ref>
De acordo com os dados de 2007, 6% do total da população do Uruguai (174.393 pessoas) vivia em cantegriles.<ref>[http://www.ine.gub.uy/fase1new/TotalPais/Cuadro4_00_A.XLS INE - Censo Fase 1 2004: Población en asentamientos irregulares por sexo, según departamento.] {{Wayback|url=http://www.ine.gub.uy/fase1new/TotalPais/Cuadro4_00_A.XLS |date=20130615010337 }} {{es icon}}</ref>
 
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No Uruguai são chamados de Cantegril. O nome é uma ironia, pois Cantegril é um dos bairros mais caros do internacional balneário de Punta del Este. <ref>{{citar web|url=http://www.elpais.com.uy/opinion/editorial/cara-dolorosa-montevideo-ciudad-contribuyentes.html |título=A painful face of Montevideo|data=2013-06-28|publicado=[[El País (Uruguai)|EL PAIS]]}} {{es icon}}</ref> De acordo com os dados de 2007, 6% do total da população do Uruguai (174.393 pessoas) vivia em cantegriles.<ref>[http://www.ine.gub.uy/fase1new/TotalPais/Cuadro4_00_A.XLS INE - Censo Fase 1 2004: Población en asentamientos irregulares por sexo, según departamento.] {{Wayback|url=http://www.ine.gub.uy/fase1new/TotalPais/Cuadro4_00_A.XLS |date=20130615010337 }} {{es icon}}</ref> {{ referencias }} {{Portal3|Geografia}}
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Edição das 20h44min de 2 de fevereiro de 2020

Fala-se de villas miséria às favelas formadas por vivendas precárias encontradas na Argentina,Uruguai, México e Peru .

Em Argentina tomam seu nome do romance de Bernardo Verbitsky Villa Miseria también es América (1957), onde se descrevem as condições dos migrantes internos durante a Década Infame. na área de Buenos Aires, a maioria deles com abundáncia de imigrantes do Peru, Bolivia e Paraguai. Ultimamente organizaram "tours" pagos de visitantes estrangeiros atraídos pelo fenómeno.

Seu equivalente peruano são Povos jovens(Pueblo Jovén em Espanhol), grandes favelas que cercam Lima e outras cidades do Peru. Muitas dessas cidades se desenvolveram em distritos importantes de Lima, como Villa El Salvador e Comas. O crescimento dos Pueblos Jovenes foi causado pelas grandes ondas de migração das áreas rurais circundantes ou de todo o país. Este último é o caso na capital peruana Lima. Em 1961, havia 139 pueblos jovenes (favelas), com uma população de 316,829 habitantes e uma taxa de crescimento anual de 9,84%. Em 1970, os jovens aumentou para 273, com uma população de 761,755 habitantes, hoje, Lima tem uma população 2.000 pueblos jovenes (favelas) e vivem 2'623, 000 habitantes, cerca de 31% da população metropolitana.[1]São compostas de barracos mal construídos que geralmente não têm água corrente, e outros serviços básicos. Na aparência e cultura, eles são semelhantes às favelas do Brasil. O crime é galopante.[2]

A maior villa miséria do mundo está localizada na Cidade do México.[3][4][5]

No Uruguai são chamados de Cantegril. O nome é uma ironia, pois Cantegril é um dos bairros mais caros do internacional balneário de Punta del Este. [6] De acordo com os dados de 2007, 6% do total da população do Uruguai (174.393 pessoas) vivia em cantegriles.[7] Predefinição:Referencias Predefinição:Portal3


 

  1. http://arquitecturahuachafa.blogspot.com.ar/2011/11/lima-barriadas-y-pueblos-jovenes.html
  2. Jean-Claude Driant, Las Barriadas de Lima, Historia e interpretacion
  3. Mike Davis, Planet of Slums [« Le pire des mondes possibles : de l'explosion urbaine au bidonville global »], La Découverte, Paris, 2006 (ISBN 978-2-7071-4915-2)
  4. 5 Biggest Slums in the World, International Business Times, Daniel Tovrov, IB Times (December 9, 2011)
  5. Craig Glenday (Editor), Guinness World Records 2013, Bantam, ISBN 978-0-345-54711-8; see page 277
  6. Predefinição:Citar web Predefinição:Es icon
  7. INE - Censo Fase 1 2004: Población en asentamientos irregulares por sexo, según departamento. Predefinição:Wayback Predefinição:Es icon