A violência política contra as mulheres negras (pesquisa)
A pesquisa "A Violência Política Contra Mulheres Negras" realizada pelo Instituto Marielle Franco, em parceria com a Justiça Global e Terra de Direitos, tem como objetivo mapear e analisar os diferentes tipos de violência política contra candidatas negras durante as eleições municipais de 2020 no Brasil. O estudo destaca a urgência de desenvolver mecanismos para garantir o livre exercício político das populações negras e indígenas, especialmente mulheres, visando promover a segurança e proteção dessas mulheres na arena política.
Autoria: Informações do verbete reproduzidas pela Equipe do Dicionário de Favelas Marielle Franco a partir de outras fontes.
Sobre[editar | editar código-fonte]
O problema da violência política no Brasil é histórico e tem raízes estruturais refletidas em nossa sociedade.
É uma violência que se manifesta de várias formas: agressões físicas, psicológicas, morais, sexuais, virtuais, institucionais, raciais, de gênero, LGBTQI+fóbicas entre outras.
É cometida contra candidatas, eleitas, nomeadas ou na atividade da função pública.
A pesquisa A Violência Política Contra Mulheres Negras propõe-se a mapear quais tipos de violência política tem se manifestado contra o corpo de candidatas negras e quais os efeitos que a violência política têm na vida dessas mulheres no âmbito das eleições municipais de 2020.
O exercício desta violência política pode influenciar na tentativa, ingresso ou permanência de mulheres negras na vida política, afetando assim os rumos da democracia brasileira.
Neste estudo preliminar, desenvolvido pelo Instituto Marielle Franco, em parceria com a Justiça Global e Terra de Direitos, pretendemos evidenciar a urgência da elaboração de mecanismos que garantam o direito ao livre exercício político das populações negras e indígenas, em especial as mulheres, assim como a segurança e proteção daquelas que colocam seu corpo a disposição para a política.
Objetivos[editar | editar código-fonte]
- Mapear quais tipos de violência política tem se manifestado contra o corpo de candidatas negras;
- Analisar o cenário da violência política eleitoral contra mulheres negras nas eleições de 2020;
- Visibilizar e pautar o impacto que este tipo de violência tem sobre a vida política das mulheres negras do Brasil;
- Contribuir para a produção de medidas efetivas para superar e mudar esse cenário no país.
Metodologia[editar | editar código-fonte]
- O desenvolvimento desta pesquisa foi realizado com mulheres negras candidatas comprometidas com a Agenda Marielle Franco.
- Utilizamos um questionário online composto por um total de 41 perguntas, sendo 33 perguntas fechadas e 8 perguntas abertas, e dividido pelos blocos: Perfil sociodemográfico das candidatas, mapeamento da ocorrência de violência política contra mulheres negras e denúncias e relatos.
- As candidatas responderam durante o período de 21 a 28 de outubro. A amostra da pesquisa conteve a participação de 142 mulheres negras candidatas, de 21 estados do Brasil pertencentes a 93 municípios, com todas as regiões do país abrangidas.
Ver também[editar | editar código-fonte]
- A radical imaginação política das mulheres negras brasileiras (livro)
- Iniciativa Direito à Memória e Justiça Racial
- Minha carne: diário de uma prisão (livro)
- União de Negras e Negros pela Igualdade (Unegro)
Notas e referências[editar | editar código-fonte]
Site da pesquisa - A violência política contra as mulheres negras.[1]