BK - Abebe Bikila Costa Santos

Por equipe do Dicionário de Favelas Marielle Franco
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Abebe Bikila Costa Santos (Rio de Janeiro, 20 de março de 1989), conhecido pelo seu nome artístico BK', é um rapper, escritor e compositor brasileiro considerado um dos nomes mais influentes do cenário do rap brasileiro. Em sua letra, apresenta como seus principais temas a violência policial, desigualdade, racismo, suas conquistas, farras e reviravoltas em sua vida pessoal. BK' nasceu no Rio de Janeiro, no bairro de Jacarepaguá, na zona oeste.

Seu nome, Abebe Bikila, é uma homenagem a um atleta etíope de mesmo nome. Antes de se tornar rapper aos 28 anos, Abebe era um produtor de vídeos e acadêmico de cinema, mas já esboçava suas letras de rap na adolescência.

Autoria: Alexandre Colmenero a partir da Wikipédia[1]

2016: Início e Castelos & Ruínas[editar | editar código-fonte]

BK estreou no cenário do Rap Nacional com o lançamento do álbum Castelos & Ruínas em parceira com o coletivo Pirâmide Perdida Records, uma gravadora independente. O álbum contou com a produção dos beatmakers El Lif e JXNV$, a participação do rapper Luccas Carlos em duas faixas e com o back-vocal da vocalista Ashira em uma delas.

Seu lançamento foi amplamente aclamado no meio Underground, antes de ser endossado pelo MC Marechal, que sinalizou BK como o "futuro do rap", dando projeção nacional ao cantor. C&R acabou figurando nos debates sobre qual seria o melhor álbum nacional do ano de 2016, vencendo votações populares nos websites da RedBull e Genius. O sucesso e o reconhecimento que o BK recebeu com seu fenômeno o lançou em outros projetos de destaque no de 2016, como as cyphers Favela Vive e Poetas no Topo, com artistas consagrados do gênero, e o projeto independente de seu coletivo, Pirâmide Perdida, Vol. 7.

2017-2019: EPs e Gigantes[editar | editar código-fonte]

Em 2017, lançou o seu primeiro extended play, Antes dos Gigantes Chegarem, Vol. 1, com três faixas. Segundo o próprio artista, é uma síntese das ideias trabalhadas em Castelos & Ruínas. Ainda em 2017 deu sequência ao seu trabalho com a segunda parte do EP Antes dos Gigantes Chegarem, Vol. 2, descrito como um prelúdio ao seu próximo álbum de estúdio, Gigantes, lançado em 2018. O álbum foi eleito o 21º melhor disco brasileiro de 2018 pela revista Rolling Stone Brasil e um dos 25 melhores álbuns brasileiros do segundo semestre de 2018 pela Associação Paulista de Críticos de Arte.

2020: O Líder em Movimento[editar | editar código-fonte]

Capa do Álbum O Líder em Movimento

Em 2020, logo após o início da pandemia de Covid-19 no Brasil, é lançado O Líder em Movimento, terceiro álbum de estúdio solo do artista da Pirâmide Perdida, BK', sendo o primeiro que o artista assina com seu nome de batismo, Abebe Bikila. As faixas do álbum seguem paralelo a ascensão da direita conservadora no Brasil, do obscurantismo e negacionismo, Covid-19 e protestos do movimento BLM, “O Líder em Movimento” denuncia a vida na periferia, o racismo e a apropriação da cultura negra no país e no mundo. O disco não possui participações, com a intenção de ser um projeto mais pessoal.

O Líder em Movimento narra a trajetória de um líder negro que, apesar de objetivar fortalecer a própria comunidade, tem momentos egóicos e megalomaníacos até perceber que um povo unido através da horizontalização do poder é um povo mais motivado e, portanto, mais forte para lutar pelas mudanças que almeja.

2021 até hoje: Cidade do Pecado e Icarus[editar | editar código-fonte]

Capa do Álbum Icarus

Em 11 de maio de 2021 foi lançado, através da gravadora Gigantes, o EP Cidade do Pecado. Usando batidas mais próximas do Funk e do Samba mas sem perder o seu flow característico, BK' encontra espaço em sua nova sonoridade para abordar alguns dos temas mais pessoais de sua carreira. As cinco canções que compõem o trabalho trazem um grande tom de desabafo, além de serem resultado de um período de reflexão interna.

Um ano e meio após o EP experimental, o BK' lança o seu último álbum de estúdio. Icarus é álbum que trata de uma perspectiva contemporânea e urbana, ele traça um paralelo da sociedade atual com o mito de Ícaro, que reflete sobre os desejos humanos e o perigo da ambição, associando o labirinto presente no mito a vários crimes e distúrbios sociais, como o racismo, a pobreza e a fome.

O álbum conta com participações de peso, como L7NNON, Major RD, Julia Mestre, Bebé, Luccas Carlos e Marina Sena.

Ver também[editar | editar código-fonte]

Repper Fiell

788 (música)

Djonga

Wikipédia