Censo de favelas e a produção autônoma de dados

Por equipe do Dicionário de Favelas Marielle Franco

O presente verbete é derivado do painel relacionado ao Ciclo de debates sobre produção de conhecimentos e memórias em favelas e periferias, realizado em 2023 com o objetivo de discutir, a partir do diálogo com lideranças comunitárias e pesquisadores, a produção de conhecimentos e a preservação de memórias em/de favelas e periferias do Rio de Janeiro. O ciclo foi composto por cinco mesas, cada uma com um tema específico que se relaciona com a produção de conhecimentos. Este verbete trata especificamente sobre a quinta mesa.

Autoria: Equipe do Dicionário de Favelas Marielle Franco

Mesa 5 - Censo de favelas e a produção autônoma de dados[editar | editar código-fonte]

Mesa 5 - Censo de favelas e a produção autônoma de dados


A quinta mesa do Ciclo de debates sobre produção de conhecimentos e memórias em favelas e periferias ocorreu em 8 de dezembro de 2023 na Galeria Providência, uma galeria de arte a céu aberto localizada no Morro da Providência.

O evento foi mediado por Richarlls Martins, coordenador do grupo de instituições e redes sociais que formulou o Plano de Enfrentamento à COVID-19 nas Favelas do Rio de Janeiro, que deriva na Lei 8972/20 e destina R$ 20 milhões da Alerj à Fiocruz para a implementação de ações de mitigação dos efeitos da pandemia nas favelas. Richarlls também faz parte do 90x Favelas, Plano Integrado de Saúde nas Favelas do Rio de Janeiro, que busca enfrentar os desafios impostos pela pandemia com uma abordagem integrada e colaborativa.

Além dele, participaram outras três lideranças comunitárias e/ou pesquisadores de favelas e periferias:

  • Régis Coli, doutor em ciências sociais e Professor Adjunto do Programa de Pós-Graduação do IPPUR/UFRJ;
  • Hugo Oliveira, mestre em comunicação, Diretor Executivo da Galeria Providência e membro do Comitê Gestor do Cais do Valongo;
  • Dalcio Marinho, geógrafo, especialista em produção de dados e Coordenador geral do Censo Populacional da Maré.

Hugo Oliveira abre o evento e contextualiza sobre a produção de dados no Censo da Providência. Dalcio Marinho fala sobre as motivações para realizar um censo local e enfatiza que o IBGE não aborda questões específicas e particularidades de territórios favelados e periféricos. Richarlls propõe que a Fiocruz promova um diálogo com o IBGE para apresentar dados como o Censo da Providência e outras iniciativas semelhantes. Régis indica que o objetivo dos censos produzidos pela população favelada é dar protagonismo aos moradores para que possam expressar suas necessidades e desejos para o território.

Gravação do evento no YouTube[editar | editar código-fonte]

Transcrição do evento[editar | editar código-fonte]

Outras mesas do ciclo[editar | editar código-fonte]

Mesa 1 - Memórias e produção de conhecimentos sobre violências

Mesa 2 - Memórias faveladas e as Políticas Públicas

Mesa 3 - Infraestrutura e meio ambiente

Mesa 4 - Pandemia nas favelas e periferias

Ver também[editar | editar código-fonte]